É precipitado aos aliados da deputada federal Eliziane Gama (PPS) comemorar a fusão do seu partido com o PSB. Também é precipitado que os adversários vejam nisso o início do fim da candidatura de Eliziane.
A deputada precisa analisar o cenários com toda sabedoria – e com a expertise dos grandes líderes políticos – para entender qual o melhor passo a dar, sem correr riscos, inclusive de ficar impedida de concorrer.
É certo que o senador Roberto Rocha (PSB) vê em Eliziane Gama um trunfo para o seu projeto de concorrer ao governo em 2018: se ela se eleger prefeita com o seu apoio, ele entra com peso na disputa pelo governo.
Mas esta relação tende a ser boa para ambos os lados apenas em uma aliança partidária, não com Eliziane no próprio partido comandado por Rocha.
Seria então melhor para ela buscar um novo partido após a fusão?!?
Neste caso, Eliziane teria que ter a consciência de que, assim o fazendo, estaria liberando o PSB de obrigações. E Rocha poderia voltar a negociar com o próprio prefeito Edivaldo Júnior, indicando, por exemplo, o filho como vice de Holandinha.
Mas para onde iria a deputada?
Apesar da falta de solidariedade dos próprios colegas de legenda, o PPS – sem fusão – ainda é o melhor dos mundos para Eliziane.
Ela tem o apoio nacional da legenda, tem o controle da legenda no Maranhão e tem poder para definir o próprio futuro.
Em nenhum outro partido a deputada teria a mesma autonomia de que dispõe, hoje, no PPS.
A fusão PPS/PSB poderá, portanto, consolidar de uma vez por todas o favoritismo de Eliziane em São Luís.
Mas poderá, também, dificultar sua vida no jogo.
É aguardar e conferir…
Marco,
Com certeza não sou o melhor comentarista político que possa agradar os leitores do blog… mas só tenho um pequeno conselho a dar a deputada Eliziane: cuidado com atenção demasiada de seus atuais apoiadores, com tanto massagear do ego…
A política partidária, como todos nõs sabemos, é a mais especializada na arte da traição. Ainda há muita água a rolar por baixo da ponte, e muitas nuvens a se deslocarem pelos céus.
As peças do tabuleiro de xadrez ainda não foram total e/ou convenientemente postas. Então, o momento é da mais absoluta cautela e pés no chão.
RAPHAEL VILHENA
ela se apoderou da rede e vai pra lá.