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Artista maranhense critica cultura e não poupa nem governo, nem prefeitura…

Cantor, compositor, radialista e produtor cultural, Beto Ehong desmonta Carlos Brandão e Eduardo Braide por atrasos no pagamento das atrações culturais – o governo não pagou sequer “o maior São João do mundo” – e distribui bordoadas irônicas também para o secretário Yuri Arruda; sobrou até para Flávio Dino, “que nem a branca foi pior”

 

Governo e prefeitura devem muito no setor cultural, artística e economicamente

O produtor cultural, cantor e compositor Beto Ehong tem viralizado nas redes sociais com uma série de vídeos em que critica, com ironia, o desinteresse e a falta de expertise do setor cultural, tanto o do Governo do Estado quanto o da Prefeitura de São Luís. 

Ehong não poupa críticas a Brandão – “picolé de chuchu, sem carisma e sem projeto” – e a Eduardo Braide, com seus respectivos secretários do setor; em Yuri Arruda – que admitiu ele próprio não conhecer nada de cultura – o artista bate forte.

– Aquele mesmo que disse que não entende nada de cultura, que era bolsomínion e que, assim, do nada, por uma canetada mudou de lado? Prometeu “o maior São João do Mundo” e na verdade deixou foi todo mundo puto, por que amarrou o santo do pau oco bem no rabo do boi. Todo mundo não, por que os artistas de fora, que não aceitam tocar pra receber dois anos depois, saíram daqui todos felizes – provoca Ehong.

Eduardo Braide entrou na saraivada do artista maranhense por vender uma São Luís nas redes sociais que, segundo ele, não existe na realidade.

– O prefeito é sabido demais. Investiu pesado na infraestrutura… mas das redes sociais. Eu, por exemplo, queria morar nas redes sociais da prefeitura, coisa linda demais – provocou.

Beto Ehong: perfomance e influência na cena cultural do Maranhão

Mas nem mesmo o governador Flávio Dino – “que prometeu nos libertar do grupo Sarney e só aumentou a miséria no Maranhão” – é poupado das críticas; Beto Ehong ironiza até mesmo a nomeação do ministro para o Supremo Tribunal Federal, e analisa sua política cultural nos oito anos de governo, comparando: “nem a Branca foi pior…”.

– Todo mundo sabe o que Flávio fez. O Maranhão continuar na miséria é só um detalhe desimportante. E agora o homem é juiz do STF; eu mesmo torci por isso, por que ele disse que vai usar as redes sociais só pra falar do Botafogo – ironizou.

Sobra ainda para o ex-prefeito Edivaldo Júnior (sem partido), que o artista põe na conta de Flávio Dino ao eleger alguém “terrivelmente evangélico”, pouco afeito ao setor cultural.

Não ficou ninguém de fora na crítica e Beto Ehong ao estado cultural do Maranhão

Artista renomado em São Luís, Beto Ehong é autor de Maria de Jesus, ópera-rock que conta a história dos desassistidos e virou sucesso no início dos anos 2000; ele também é produtor do festival “Carcará Mundi”, que realiza “no braço” desde 2006.

Neste aspecto, ele disse que reconhece ter cometido a ousadia de ir pessoalmente à Secretaria de Cultural tomar satisfações sobre um projeto de incentivo protocolado ainda no ano passado.

– Foi o adjunto quem me atendeu, e teve a gentileza de dizer que iriam me ligar no dia seguinte; Já passou o carnaval, já passou “o melhor São João do mundo”, que a Secma inclusive deve até hoje e, poxa!, ninguém me ligou! – debocha o artista. 

A manifestação crítica de Beto Ehong – “mas sem perder a ironia jamais” – ecoa em outros setores da cultura maranhense, também ressentidos pelo abandono do governo e da prefeitura, que priorizam artistas nacionais – pagos a peso de ouro – em suas festas populares.

Entenda aqui o aqui o contexto da  da obra de Beto Ehong…

Marco Aurélio D'Eça

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