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Protestos e golpe militar…

Cantar o hino nacional e propor a extinção de partidos políticos nos recentes protestos, são uns dos exemplos usados pela atual esquerda para identificar o que seria um possível golpe de estado no Brasil.

Ainda que seja comparável ao AI-5, não é o momento para se alarmar.

Mas algumas páginas na internet já propagam ferozmente a ideia, seja como alerta, seja como força de organização mesmo.

É o caso do site Sociedade Militar e grupos formados no facebook de cunho “contra comunismo”. Um destes com a grande peculiaridade de envolver protestantes no manifesto anti-comunista. Além de outros grupos que falam em revolução comunista.

Um balaio de gato só.

E cada dia que as movimentações acontecem, misturam-se cada vez mais as ideologias.

E quem não está preparado, acaba se deixando levar por qualquer letra que se lê.

Sem entender a real intenção.

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Ainda é confuso

A onda de protestos por todo o Brasil, sem dúvidas provocou uma mobilização seja nas ruas, seja nas rodas conversas – virtuais ou presenciais.

Fala-se mais em protestos do que em futebol ou novela. Incrível.

Porém, ainda há confusão ideológica. Muitos não sabem pelo que exatamente se luta.

Porque não muitas reclamações a se fazer, muitos segmentos sociais insatisfeitos.

E isso gera uma sobreposição de reivindicações. Um se acha mais prejudicado que o outro.

E não é bem assim.

O foco é a mudança para o bem de todos. Ou pelo menos deveria.

Pensar que sua causa é mais importante que a do outro provoca autoritarismos e desunião.

E acreditar na distância entre nós não é o caminho.

Pelo menos não o correto.

 

Com redação de Aline Alencar

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“Partido não!”, o novo grito

Manifestantes queimam bandeira do PT na Paulista / Carla Bigatto/BandNews FM

Manifestantes queimam bandeira do PT na Paulista / Carla Bigatto/BandNews FM

O movimento Vem pra rua, São Luís, assim como os outros protestos fora do país, tem uma peculiaridade: o ojeriza a partidos políticos.

Desde a mobilização nas redes sociais, pedia-se que representantes de partidos, seja lá qual fosse, não levantassem a bandeira durante o protesto.

Até aí , muito compreensível, pois o país está se formando por pessoas cada vez mais desiludidas com partidos políticos, relacionando-os apenas à disputa do poder pelo poder.

Contudo, não se pode exagerar. Arrancar a bandeira do militante à força e queimá-la, como fizeram com a bandeira do PSTU, no protesto da quarta-feira (19),  em São Luís, beira ao autoritarismo.

Assim como agredir fisicamente o próprio militante, como alguns fizeram em outras cidades do país.

A ideia é interessante, é até louvável, mas não se pode exagerar.

Perde-se a coerência. É o mesmo que tomar partido, por incrível que pareça.

Pois o inimigo agora é outro.

E o foco, cadê?

Com redação de Aline Alencar

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Ribamarenses repudiam politicalha promovida por grupo ligado a Flávio Dino

COLÃO 2Políticos ligados ao chefão do comunismo no Maranhão, Flávio Dino, tentaram, sem sucesso, transformar em palanque político um movimento popular ocorrido na noite da última quinta-feira (20) na cidade de São José de Ribamar.

Organizado por representantes dos mais variados segmentos da sociedade ribamarense, o “Vem pra Rua São José de Ribamar” teve como objetivo chamar a atenção das autoridades sobre a importância de executar ações ligadas ao tema mobilidade urbana, tal como o melhoramento do transporte coletivo que serve a população do município.

A exemplo do que aconteceu em São Luís e em outras cidades brasileiras, os organizadores do movimento, a maioria jovens, deixou bem claro nas convocações feitas nas redes sociais que não aceitariam a politização do evento que, felizmente, transcorreu de forma pacífica.

No entanto, o policial civil Arnaldo Colaço, juntamente com um grupo de candidatos derrotados ao cargo de vereador, todos do PSB e PC do B, resolveram, mais uma vez, utilizar da politicalha.

Travestidos de populares, eles se infiltraram no movimento para, tão somente, desferir impropérios contra o prefeito Gil Cutrim e outros integrantes do seu grupo político, numa ação clara de desrespeito para com aqueles que, de verdade, estavam na rua reivindicando melhorias.

Filiado ao PSB e ligado ao deputado estadual Bira do Pindaré, cuja ala no PT defende, briga e se submete a todo tipo de sorte pela candidatura de Dino ao Governo em 2014, Colaço, só para relembrar, obteve pouco mais de quatro mil votos na eleição para prefeito e ficou mais conhecido em São José de Ribamar depois de copiar o plano de governo da cidade paulista de São Bernardo do Campo e apresentá-lo ao povo e Justiça Eleitoral como sendo seu.

COLAO 3Recentemente, ele e o próprio Bira foram acusados de promover e incentivar invasões de unidades habitacionais do programa federal Minha Casa Minha Vida construídas na cidade em troca de votos para Dino.

Ao fazer uso da palavra, o policial civil e seus “companheiros”, ao invés de prestar solidariedade ao movimento, apenas repetiram o discurso/besteirol de “fora oligarquia”, “fora representantes da oligarquia”, situação que foi veementemente reprovada pelos populares legítimos que participavam do ato.

Não podemos deixar políticos e candidatos derrotados nos fazerem de fantoche. Este movimento é nosso! É dos jovens que querem mudança e não é pra servir de palanque politico – disse o jovem Marcus Parga nas redes sociais.

O advogado Edson Júnior, um dos organizadores do movimento, demonstrou toda a sua insatisfação com os referidos políticos ao escrever, também nas nas redes sociais, o seguinte comentário:

A partir de hoje não participarei de nenhum ato público em São José de ribamar. .. seja qual for o objetivo. .. ficarei cego e mudo… Não sou oportunista e não uso a boa fé das pessoas.