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Sinais de nazismo cada vez mais claros entre os bolsomínions

Da referência ao copo de leite do presidente, na quinta-feira, 28, passando pela marcha das tochas, liderada por Sara Winter até o desfile a cavalo na manhã de domingo, ficam cada vez mais fortes as referências a Hitler e a Mussolini nas ações do presidente e de seus aliados

 

A live com o copo de leite – no mesmo dia em que eclodiram manifestações anti-racistas nos EUA – foi simbólico para as pretensões bolsonaristas

De uma hora para outra – e em meio à guerra civil nos Estados Unidos fruto do assassinato de um negro por um policial branco – o presidente Jair Bolsonaro aparece, na quinta-feira, 8, em transmissão na internet segurando um copo de leite.

A reação foi imediata, mas seus apoiadores trataram de negar as referências simbólicas à supremacia branca, o que caiu por terra no dia seguinte, quando o blogueiro Allan dos Santos fez o mesmo gesto com o copo de leite seguido da expressão “entendedores entenderão”.

No mundo inteiro, apologia ao nazismo ou uso de seus símbolos é considerado crime; para fugir às punições legais, os neonazistas trataram de criar uma simbologia cifrada, perceptível apenas aos que seguem os postulados de Hitler. (Saiba mais aqui)

A marcha das tochas de Sara Winter, que usa o nome, coincidentemente, de uma das maiores defensoras do nazismo na história

Na noite de sábado foi a vez da militante Sara Winter desfilar por Brasília acompanhada de um grupo com tochas, nos moldes dos nazistas.

E na manhã de domingo o próprio Bolsonaro volta à cena, agora montado em um cavalo, outra referência clara aos desfiles nazistas, fascistas e imperais.

São sinais, muitos sinais.

Bolsonaro a cavalo saudando os seus “súditos” na manhã de domingo, em Brasília; referências subliminares aos impérios

As mensagens cifradas e subliminares do fascismo e do nazismo em terras tupiniquins levou a uma mensagem do decano do Supremo Tribunal Federal, ministro Celso de Mello, aos seus pares, no fim de semana. 

– É preciso resistir à destruição da ordem democrática para evitar o que ocorreu na República de Weimar, quando Hitler, após eleito por voto popular (…) não hesitou em romper e em nulificar (…) a Constituição, impondo ao País um sistema totalitário de poder viabilizado pela edição, em março de 1933, da Lei (nazista) de Concessão de Plenos Poderes (ou Lei Habilitante) que lhe permitiu legislar sem a intervenção do Parlamento germânico! – alertou Mello.

O próprio ministro fez referência à defesa de uma intervenção militar por grupos bosonaristas como risco claro da vola de uma ditadura militar ao Brasil. 

– “Intervenção militar”, como pretendida por bolsonaristas e outras lideranças autocráticas que desprezam a liberdade e odeiam a democracia, nada mais significa, na novilíngua bolsonarista, senão a instauração, no Brasil, de uma desprezível e abjeta diradura militar – desabafou o ministro. 

São sinais; muitos sinais…