Transexuais, travestis e transgêneros já podem usar na universidade o nome que escolherem, de acordo com a sua identidade de gênero, que constará de todos o documentos da vida acadêmica
A Universidade Federal do Maranhão passou a adotar oficialmente a Resolução 242, do Conselho Universitário, que garante a alunos, servidores e professores o direito a escolher o nome com o qual desejem ser chamado, de acordo com sua identidade de gênero.
O nome social irá constar em todos os registros, documentos e atos da vida acadêmica.
A pró-reitora de Ensino, Isabel Ibarra, afirma que, através da resolução a UFMA, está atendendo a um direito de uma parcela da comunidade acadêmica que deseja ser reconhecida pela sua identidade de gênero.
Para requerer o nome social deve-se usar a plataforma SIGAA. Logo após, a solicitação é homologada pela coordenação do curso.
Com isso todos os documentos da UFMA, incluindo listas de frequência serão emitidos com o nome social e os documentos externos também com o nome social e o nome civil um pouco menor ou no verso do documento.
Desgaste
A edição da Resolução da Ufma se deu por causa da luta de uma estudante de Hotelaria, Giulia Rodrigues.
– Senti na pele a necessidade de lutar por direitos que assegurassem o nome social – lembra ela.
O desgaste de explicar todo semestre a um professor o uso do seu nome social fez com que Giulia desse início a um processo para chamar a atenção para a causa.
– Eu iniciei minha indignação de forma silenciosa, colocava nas provas, trabalhos e seminários o lema da universidade (a universidade que cresce com inovação e inclusão social), sempre destacando o“inclusão social”, seja em negrito, itálico ou em aspas – destacou.
Para Giulia, a principal ferramenta de inclusão continua sendo o respeito.
– Essa medida é um convite. A universidade, agora, está de braços abertos para todos – ressaltou.
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