Governador não conseguiu agregar legendas ou lideranças que o seu vice-governador Carlos Brandão necessita para ter as condições de ser indicado candidato único na base e agora terá dois caminhos: aceitar as candidaturas de Weverton e Simplício ou forçar um racha entre os aliados que atingirá sua própria candidatura a senador
Faltando cinco dias para a reunião em que o governador Flávio Dino (PSB) tentará impor o nome do seu vice, Carlos Brandão (PSDB), como candidato único em sua base, o cenário continua desfavorável ao tucano, com a maioria dos partidos e lideranças vinculados ao senador Weverton Rocha (PDT) e com o secretário Simplício Araújo (Solidariedade) mais candidato do que nunca.
Sessenta dias depois de ter anunciado Brandão como sua “escolha pessoal”, Dino não conseguiu entregar ao vice nenhuma liderança e nenhuma legenda.
Dos 13 partidos que restaram na base dinista, sete estão com Weverton Rocha: PDT, DEM, PP, PRB, PSL, Rede Sustentabilidade e Cidadania, embora parte dos líderes deste último tenham declarado apoio a Brandão.
Restam a Brandão apenas o seu próprio PSDB, e os partidos que Flávio Dino controla: PCdoB, PSB; o governador tenta desesperadamente o apoio do PT, mas enfrenta a resistência nacional pela relação histórica do ex-presidente Lula com Weverton.
Aliados do vice-governador anunciam para este fim de semana uma forte ofensiva de cooptação de lideranças, usando toda a estrutura da máquina do governo, o que enfrenta resistência do próprio Palácio dos Leões.
Diante deste cenário, resta a Flávio Dino dois caminhos para viabilizar Brandão:
1 – aceitar as candidaturas de Weverton e Simplício como alternativas dentro do seu campo político e seguir como candidato a senador de todos;
2 – Impor o nome de Brandão a qualquer custo, forçando um racha entre os aliados que atingirá sua própria candidatura de senador.
Esta é a realidade que Flávio Dino enfrentará na reunião de segunda-feira.
A menos que decida empurrá-la mais pra frente…