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As perdas e ganhos de Weverton e Brandão…

Quase 30 dias depois da definição das candidaturas dos dois aliados de Flávio Dino, vice-governador atraiu alguns apoiadores do senador, mas perdeu partidos relevantes no processo de construção das coligações eleitorais

 

Brandão tenta avançar sobre as bases de Weverton, pode levar deputados federais, mas perdeu ao menos quatro legendas que dava como certas em suas fileiras

Análise de conjuntura

Prestes a completar 30 dias, o processo de escolha pessoal do governador Flávio Dino (PSB) – que consolidou o senador Weverton Rocha (PDT) e o vice-governador Carlos Brandão (PSDB) como principais candidatos ao Governo do Estado – não alterou de forma relevante o cenário eleitoral de outubro.

Weverton continua líder nas pesquisas, em tendência de alta consistente, ainda que pequena, como confirmaram DataIlha e Exata; Brandão ganhou votos a partir de Dino, mas ainda briga com outros candidatos pela segunda vaga no segundo turno com outros candidatos.

A obtenção de apoios após a escolha de Flávio Dino produziu pequenas mudanças, de lado a lado.

Brandão iniciou processo de aliciamento de lideranças que parece ter atraído o deputado federal Pedro Lucas Fernandes (ainda no PTB); mas o parlamentar, se confirmar mesmo o apoio ao vice, terá ainda que encontrar um partido que abrigue sua candidatura à reeleição.

Outro deputado federal que Brandão já dá como certo em suas fileiras é André Fufuca, este sim, com o controle de um partido forte, o PP.

Ocorre que, se declarar apoio ao vice-governador, Fufuca pode perder apoios de prefeitos importantes, como o de Balsas, Dr. Erik (PDT), e de Pinheiro, Luciano Genésio (PP), colégios eleitorais onde obteve quase a metade dos seus votos em 2018.

Por outro lado, no processo de cooptação, a “escolha pessoal” de Flávio Dino perdeu quatro partidos importantes: o PRB, o União Brasil, o Cidadania e o PSDB.

Os dois primeiros partidos mantiveram-se na base do senador Weverton, quando os brandonistas já os davam como certos nas fileiras do vice. Já o PSDB e o Cidadania serão controlados, em federação partidária, pela senadora Eliziane Gama, uma das principais aliadas do senador pedetista.

Ao fim dos primeiros 30 dias de campanha polarizada entre Weverton e Brandão, o senador mantém-se à frente das pesquisas, e com sua base de apoios praticamente intactas, com algumas perdas municipais aqui e ali, exatamente como ele próprio previra ainda em setembro, em post já publicado no blog Marco Aurélio D’Eça.

A batalha por alianças deve se intensificar nos próximos meses, com reflexos das alianças nacionais, o que deve definir também o caminho do PT, única legenda da base dinista ainda indefinida quanto ao Governo do Estado.

Mas esta é uma outra história…

Marco Aurélio D'Eça

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