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Os caminhos políticos-eleitorais de Eduardo Braide…

Sem partido, pressionado por vereadores e distante de aliados, prefeito de São Luís tem apoio popular à sua gestão e o trunfo de estar sem partido, o que pode direcioná-lo para qualquer rumo até 2024, quando deverá concorrer à reeleição

 

A relação direta com o eleitor fortalece Braide, que tem ainda o trunfo de poder escolher seu caminho partidário

Ensaio

A reunião de membros da gestão de Eduardo Braide (Sem partido) com representantes do governo Carlos Brandão (PSB) repercutiu na imprensa maranhense como um primeiro gesto de aproximação entre os dois mandatários. (Entenda aqui)

E numa primeira análise, o que poderia ser um ponto fraco de Braide – a ausência de grupo consolidado ao seu redor – pode se transformar em seu principal trunfo nas eleições de 2024.

Com relação difícil na Câmara Municipal desde o início do mandato – o que deve piorar daqui pra frente – o prefeito de São Luís não tem partido forte, nem grupo de peso; e ainda deve sofrer com o ressentimento de aliados derrotados nas eleições de outubro.

Mas o jeito Braide de ser – personalista, lobo solitário e isolado politicamente desde a época de deputado estadual – pode levá-lo ao rumo que quiser para preparar a reeleição, incluindo uma aproximação com Brandão, que tem fortes aliados também ligados ao prefeito.

O governo Brandão tem dois candidatos assumidos à prefeitura: o deputado federal eleito Duarte Júnior (PSB) e o presidente eleito da Câmara Municipal, vereador Paulo Victor (PCdoB); para conseguir ao menos a neutralidade do Governo do Estado, o prefeito pode escolher uma gama de partidos da base do governo.

Por outro lado, tem partidos de peso entre oposicionistas ou independentes, como o PSD, de Edilázio Júnior, o PSC, de Aluisio Mendes, o PL de Josimar Maranhãozinho e o PDT de Weverton Rocha; são caminhos naturais para o prefeito, obviamente com o complicador do resultado das eleições das eleições de 2022.

O que significaria, por exemplo, Braide no MDB de Roseana Sarney ou no PSDB controlado pela senadora Eliziane Gama, ambas com postura mais neutras na dicotomia estadual?

Mas estas, obviamente, são outras histórias…

Marco Aurélio D'Eça

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