Vinte e seis dias antes da lista de delações ser divulgada – e três dias após a Procuradoria da República encaminhar os relatórios ao STF – governador conseguiu uma Certidão da Câmara Federal, com detalhes explicativos sobre as acusações que lhe pesavam
O governador Flávio Dino (PCdoB) tem tentado justificar de todas as formas o fato de ele ter conseguido, 26 dias antes de a delação vir à tona, uma certidão da Câmara Federal, com supostas explicações para as acusações que pesam contra ele na Operação Lava Jato.
A certidão apresentada por Dino é do dia 17 de março; mas a delação contra ele só foi tornada pública no dia 11 de abril. (Releia aqui)
Ou seja, 26 dias depois.
Não há como o comunista explicar este vazamento ao Supremo Tribunal Federal, que vai investigar o repasse de informações privilegiadas.
Para tentar se explicar, o comunista e seu partido, o PCdoB, tem dito que ele buscou a certidão por que a imprensa especulava sobre delações.
Ora, a imprensa especula sobre delações contra Dino desde 2015, quando a Lava Jato chegou ao seu ápice.Este blog trouxe vários post sobre o tema.
Mesmo assim, ele nunca foi buscar certidão alguma para se defender.
Além disso, nenhum blog, jornal ou emissora de rádio ou TV divulgou detalhes sobre a acusação a Dino, que só vieram à tona com a quebra do sigilo do inquérito.
Ninguém sabia, sequer, da existência do tal Projeto de Lei 2279/2007, de interesse da Odebrecht e que gerou o caixa 2 de R$ 200 mil ao comunista.
Mas Dino já tinha uma certidão, quase um mês antes, detalhando exatamente este projeto, que ninguém, além dos investigadores da Lava Jato, havia tratado antes.
Agora, o comunista delatado na Lava Jato tenta acusar a imprensa de ter vazado a acusação contra ele desde o ano passado.
Porquê, então, ele não apresentou, à época, essa mesma certidão que apresentou agora?
O fato é que Flávio Dino soube antes que sua delação viria à tona pelas mãos do ministro Edison Fachin.
E tentou se antecipar aos fatos.
Mas se antecipou para tentar explicar um crime cometendo outro crime.
É simples assim…