10

“Eu não lhe prometi um mar de rosas”…

Juíza Alice nega pressões…

O título acima é um trecho de música da banda The Fever’s, sucesso da Jovem Guarda. Expressa bem a análise do caso dos juízes Alice de Souza Rocha e Paulo Augusto Moreira Lima.

A primeira teve autorizada ontem, no Tribunal de Justiça do Maranhão, seu pedido de transferência da 1ª Vara do Tribunal do Juri, onde presidia as investigações do assassinato do jornalista Décio Sá.

O outro, juiz de Goiás, determinou a prisão do bicheiro Carlinhos Cachoeira e pediu pra sair do caso no início da semana.

Alice nega que seu pedido de trasnferência tenha a ver com o caso Décio. Moreira Lima, por sua vez, assume que se sentiu ameaçado, mas nega que tenha agido por covardia.

O exemplo dos dois é um retrato da situação do serviço público no Brasil.

Juízes não vivem num mar de rosas. Na maioria dos casos, enfrentam situações adversas na condução de comarcas em ambientes de tensão, em localidades sem estrutura e cercado por ameaças de toda sorte.

Mas eles sabiam disso desde quando decidiram fazer o concurso público para ser juiz. Assim como o titular deste blog – e qualquer outro jornalista – sabia desde cedo os riscos inerentes à sua profissão.

Mas todos fizeram o juramento de servir ao povo, independentemente das condições que encontrassem.

Juiz Moreira Lima nega covardia

O problema está na praga  em que se tornaram os concursos públicos no Brasil. Pelo menos 95% dos concurseiros de plantão estão a fazer provas não para servir ao povo, mas pela atração do salário farto e das comodidades do cargo.

Um juiz, apesar das adversidades, ganha muitíssimo bem para o trabalho que faz.

Se um jovem bacharel em Direito tiver a noção exata dos riscos inerentes à profissão, saberá, certamente, valorizar o salário que recebe, enfrentanto estas adversidades e valorizando cada centavo que investiu na carreira que escolheu.

Mas, se o foco for apenas o alto salário – como imagina a maioria dos que fazem concurso para a área – certamente a missão de servir ao povo e o juramento que fizeram no início da carreira ficarão em segundo plano.

E estes nunca serão juízes de fato…

Marco Aurélio D'Eça

10 Comments

  1. Antenor Lima, o rei das respostas me responda aí:
    1) quem é teu padrinho?
    2) é duro ter inveja de quem estuda e passa no concurso?
    3) você acha justo ganhar um dinheirão só porque é conhecido de fulano de tal que é tio de não sei quem que é do partido tal que apóia fulano pra deputado?
    4) o fato de ter sido colocado onde você está foi enchente ou foi mão de gente?
    5) o que achas de estudar um pouquinho e passar em um concurso, e deixar de mamar nas tetas do dinheiro público e jogar o trabalho todo para as costas dos otários dos concursados?
    6) por fim, TU BATE PONTO?
    Abraço.

  2. Pela imensa responsabilidade que tem e o volume de trabalho existente, não acho que magistrados sejam tão bem remunerados assim. Quem ganha muitíssimo bem são vereadores, deputados e senadores. E ao contrário dos magistrados, trabalham pouco e são cheios de regalias. Em Brasília, por exemplo, trabalham de terça a quinta. Um absurdo total.Acho ridículo, parlamentares ganharem mais do que magistrados. E mesmo corruptos, muitos ainda conseguem se safar e se perpetuar na política. Quer apostar como o nobre Demostenes Torres ainda vai se safar?

  3. Sr. Marco o seu comentário é impertinente, pois, salário nada tem a ver com o risco da profissão exercida pelo agente público, se fosse assim não haveria policial e outros profissionais que ao ingressarem no serviço público o fazem por vocação e não pela remuneração. Os juízes, os jornalistas e os demais servidores que exercem atividade de risco não devem fazer o papel de mártir quando o Estado não lhes dá a devida segurança para o exercício de suas profissões. O Estado deve garantir a segurança dos seus agentes, principalmente dos juízes, já que esses exercem uma parcela da soberania estatal.

    Resp.; Nada a ver! Confundiu Tudo. Não entendeu alhos com bugalhos.

  4. Marcos,

    Vc sabe qual a primeira coisa que um concursado faz quando toma posse?

    Resposta: Querer aumento de salário!!

    Vc sabe qual é a segunda coisa?

    Resp.:ficar com ódio de quem não é concursado, mesmo quando este trabalha direito e sua contratação é legal.

    Vc sabe qual é a terceira coisa?

    Resp.: conspirar contra os não concursados, principalmente os que têm cargos de chefia e fazer o mau contra essas pessoas.

    Vc sabe qual é a quarta coisa?
    Resp.: pensar em fazer greve, mesmo estando em estágio probatório.

    Quintos… Etc…reclamações, egoísmos, etc.

    Marcos, eu quero é apostar, quando um concursado ler este comentário, ele será obrigado a concordar, talvez não concorde, pois talvez ele seja uma das poucas exceções.

    Att.

    Antenor

  5. Você é um idiota que não só fala idiotices, né? mas há quem concorde.

    Resp.: E você é um imbecil. E todo mundo concorda…

  6. Pior são as dezenas de milhares de CONTRATADOS, PRESTADORES DE SERVIÇOES, e ASSESSORES, que nem concurso fazem…ganham muito dinheiro e nem trabalham…FATO ESTE PÚBLICO E NOTÓRIO tanto no Governo do Maranhão quanto na Prefeitura de São Luis…
    Em total ofensa à Consituição…

    FAÇA UM POST SOBRE ISSO MARCO…MESMO QUE VOCÊ TENHA QUE CORTAR A PROPRIA CARNE!!!!

    Resp.: Já fiz vários. Pesquise no blog.

  7. Deixa ver se eu entendi. Entao nas entrelinhas vc ta dizendo que a Magistrada esta pensando so no seu bem estar e na sua comodidade, nao sendo uma Juiza de fato, por conviccao, mas ta somente em busca de um bom salario. Sabe que eu acho que voce tem razao. Abracos!

  8. Marco, sabe qual a diferença de Flavio Dino e Rubens junior ?????
    Nenhuma!! Ambos tem os pais com ficha suja! Hahhahahahhaha

  9. Parabéns pelo texto, D’Eça. A Corregedora Nacional de Justiça, Eliana Calmon, deixou bem claro em sua fala: não às ameaças aos juízes, mas que estes também não sejam covardes.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *