Month: outubro 2014

As indicações do futuro governo Flávio Dino (PCdoB) demonstram, até agora, um claro loteamento do poder, beneficiando círculos de amigos, cotas partidárias e indicações de lideranças políticas.

Marcelo Tavares e Márcio Jerry: cargos políticos

São os acordos de campanha sendo cumpridos com a cessão de espaços de poder.

Até parece o início da gestão de Edivaldo Júnior (PTC), em São Luís, marcada pela ascensão da “Turma do Batista”, dos “amigos do pai”, e dos “indicados dos partidos”.

Analisand0-se criteriosamente, não há qualquer indicação técnica na montagem das pastas de Dino.

Nem mesmo o consultor empresarial Ted Lago, indicado para o comando do Porto do Itaqui, mostra-se adequado do ponto de vista técnico, uma vez que jamais teve qualquer relação com a área portuária – pelo menos não se tem conhecimento.

Rodrigo Lago: passivo familiar

O advogado Rodrigo Lago – filho do ex-deputado Aderson Lago, denunciado no escândalo Ópera-Prima e outros que tais envolvendo o governo do primo, Jackson Lago (PDT) – terá dificuldades para comandar a transparência do governo, diante de tal passivo.

Passivo a ser cobrado também pelas pastas de controle, como a Controladoria-Geral e a Corregedoria-geral, órgãos que tendem a ser minimizados por sua atuação.

Qual a relação do representante comercial Clayton Noleto, do PCdoB de Imperatriz, com o setor de obras, com estradas e com a infraestrutura estadual?

Mais do que delegado, Jefferson Portela é um, militante político na Secretaria de Segurança. E mostrou pouco preparo para o posto já na primeira indicação, quando foi demitido após peitar a titular da pasta.

A nomeação de Neto Evangelista (PSDB), em que pese a força de vontade e a juventude do parlamentar, atende, em primeiro lugar, apenas aos interesses da família Leitoa, de Timon, que quer por que quer o suplente Rafael Leitoa (PDT) na Assembleia.

Ted Lago: apenas expectativa

De todos os indicados até agora – à exceção dos secretários da área política, que, como o próprio nome já diz, devem ser políticos – apenas a chefe do Cerimonial Telma Moura, um cargo menor na estrutura, tem qualificações adequadas para o posto.

E ainda faltam as contemplações do PSB, do PPS, do PDT, do PP, da parte do PT que esteve com Dino e de figuras como José Reinaldo Tavares (PSB), Simplício Araújo (SDD), Dedé Macêdo (PP), João Castelo (PSDB), Tema Cunha e Domingos Dutra.

O loteamento, portanto, vai continuar.

E no caso de Holandinha, deu no que deu…

Neto ao lado de Flávio: secretário

O deputado estadual Neto Evangelista (PSDB) vai ser o secretário de Desenvolvimento Social no governo Flávio Dino (PCdoB).

O nome dele foi confirmado hoje, e o deputado falou agora há pouco com o titular do blog.

– É uma secretaria importante e um desafio. Estamos prontos para encará-lo – disse o parlamentar.

A Sedes é a responsável no estado pelas ações do programa Bolsa-Família. Curiosamente, o comunista Dino põe um tucano para gerenciar no estado um dos principais programas do PT.

O PSDB era´o único partido da base aliada que ainda não havia indicado nomes para o novo governo.

Segundo Evangelista, as lideranças do PSDB ainda discutem com o governador eleito para que a pasta seja mantida em sua integridade.

É possível que apenas o setor de Agricultura Familiar seja desmembrado em uma nova pasta.

No lugar de Neto Evangelista na Assembleia Legislativa, a partir do ano que vem, assumirá o suplente Rafael Leitoa (PDT), da família do ex-prefeito de Timon, Chico Leitoa (PDT).

Pelo menos dois auxiliares do prefeito Edivaldo Holanda Júnior ainda devem ser levados para o governo; PDT, PSB, PPS e PSDB ainda aguardam espaços

O governador eleito Flávio Dino (PCdoB) definiu, até agora, apenas os nomes de sua cota pessoal para compor o seu secretariado.  São nomes de sua relação familiar e de amizade, e membros do PCdoB.

Mas ele já tem outros nomes postos para decidir como aproveitá-los.

Da gestão do prefeito Edivaldo Júnior (PTC), por exemplo, podem ser deslocados o presidente da Func, Chico Gonçalves, e o secretário de Educação, Geraldo Castro Sobrinho.

Gonçalves ainda não tem pasta definida, mas já comunicou a Holandinha que irá para o governo. Castro pode assumir a pasta das Cidades – já que conhece o setor, com uma experiência de quase um ano no setor da habitação da própria prefeitura.

Mas a Secid é cobiçada também pelo PSB, que já indicou o deputado eleito José Reinaldo Tavares, de olho também na Saúde.

O PDT deve comandar a Secretaria de Educação.

Na tentativa de contemplar a legenda, o governador eleito quer nomear o empresário Márcio Onaisser para a Agricultura, o que não é visto como cota pela cúpula pedetista.

O PPS quer a Secretaria de Ciência e Tecnologia, cobiçada também pelo PP, do deputado federal Waldir Maranhão.

Para a pasta, o nome mais forte é o professor Sofiani Labidi.

Mas a legenda de Eliziane Gama pode optar também pela Secretaria de Cultura – cuja indicação é o produtor cultural Walter Maresia. Ele disputa o posto com o presidente do Gdam, Cláudio Adão, indicado por movimentos sociais.

Os dois cogitam ainda a Secretaria de Igualdade Racial, que pode ser absorvida por outra, e que tem o pesquisador Sílvio Bembem (Rede) como outro interessado.

Dos partidos aliados, apenas o PSDB ainda não indicou nomes e nem postos no futuro governo – pelo menos publicamente.

Nos próximos dias, Flávio Dino deve anunciar outros nomes – destas ou de outras pastas.

Ele pretende concluir as indicações de se governo até dezembro…