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Dinistas e brandonistas trocam farpas sobre relação com Sarney explorada na mídia nacional…

Aliados do governador e do ministro da Justiça na mídia maranhense acusam uns aos outros de incentivar um racha entre os dois e de trazer de volta ao centro do poder político o grupo liderado pelo ex-presidente da República, hoje a principal força no Governo do Estado, com ao menos quatro secretários

 

Os olhares entre eles já não são os mesmos, mas Flávio Dino e Brandão ainda tentam manter as aparências

A matéria do jornal O Globo sobre a reaproximação do governador Carlos Brandão com o ex-presidente José Sarney foi publicada cinco dias depois do encontro dos dois, na famosa casa da família Sarney, no Calhau; Brandão fez um gesto de delicadeza a Sarney, que se recuperava de uma queda dias antes.

Desde a publicação do jornal carioca, aliados de Dino e de Brandão na mídia maranhense trocam acusações sobre de quem é o interesse de vender à mídia nacional essa volta dos Sarney ao centro do poder.

Os brandonistas veem na matéria os dedos de Dino para tentar expor Brandão em Brasília, como responsável por trazer de volta a política que ele, Dino, havia derrotado ainda em 2014; e lembram que, antes de Brandão, o próprio Dino já havia se aproximado do grupo do ex-presidente da República.

Dinistas mais afoitos falam até em um tal “esquema carcomido”, em texto que ora põe os Sarney como vítimas da maldade dos que “querem forçar o rompimento do do governador com o ministro”, ora vê os próprios Sarney como interessados nesse afastamento.

Há também os que tentam por panos quentes, sabe-se lá com que objetivo, uma vez que os fatos e movimentos estão aí para quem quiser ver.

Enquanto a arraia miúda vai se esforçando para entender – ou até conter – o racha, Dino e Brandão vão dando recados um ao outro, forçando-se mutuamente a tomar, primeiro, a decisão do rompimento.

Com seu poder em Brasília, Dino tenta represar interesses do governo Brandão.

Que em resposta usa o poder de Sarney para furar o bloqueio a Lula.

Até que uma hora a corda arrebenta…

Marco Aurélio D'Eça

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