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Palácio dos Leões já discute abandonar Nelma Sarney na disputa pelo TJ-MA…

Governador Carlos Brandão já admite a possibilidade de candidatura única do desembargador Froz Sobrinho à presidência da Corte, o que selaria a paz no tribunal e amenizaria o desgaste entre os poderes vivido desde o início de 2023; só falta combinar com a desembargadora, que está de férias

 

Nelma Sarney foi uma das primeiras a estar com Brandão no Palácio dos Leões, mas o governador deve abandonar o projeto de fazê-la presidente do TJ-MA

O governador Carlos Brandão (PSB) dá sinais de que não apoiará mais a candidatura da desembargadora Nelma Sarney ao comando do Tribunal de Justiça do Maranhão; diante do avanço do desembargador José de Ribamar Froz Sobrinho, Brandão já admite recuar, em nome do consenso no tribunal e da paz entre os poderes Executivo e Judiciário.

A informação foi dada em primeira mão no blog do jornalista Domingos Costa, que adotou um viés mais harmonioso entre TJ-MA e o próprio Palácio dos Leões; segundo Costa, será oferecido à desembargadora Sarney a presidência no biênio 2026/2027. (Leia aqui)

Este blog Marco Aurélio d’Eça apurou, por outro lado, que o recuo do Palácio dos Leões em relação ao apoio a Nelma Sarney se dá pelo temor de um novo revés na corte, como o ocorrido no caso Flávio Costa. (Entenda aqui, aqui, aqui, aqui e aqui)

Quando assumiu o segundo mandato de governador, Carlos Brandão reforçou um processo de aproximação com o grupo do ex-presidente José Sarney que vinha ocorrendo desde a campanha eleitoral.

A desembargadora Nelma Sarney foi uma das primeiras a ser recebida, ainda em março, pelo governador, que também recebeu o próprio Sarney em Palácio dos Leões, após oito anos de ausência do ex-presidente da República, fato publicado neste blog Marco Aurélio d’Eça no post “O fim do exílio no Palácio dos Leões…”. 

A candidatura de Nelma Sarney ao comando do TJ-MA passou a ser trabalhada no Palácio dos Leões. Tanto que ela teve um dos papéis importantes na tentativa de manutenção do advogado Flávio Costa na lista de candidatos da OAB-MA a uma vaga no tribunal; ocorre que Brandão entrou em rota de colisão com o atual presidente, Paulo Velten, exatamente por causa de Costa; e foi derrotado.

Nelma Sarney já disputou duas eleições no Tribunal de Justiça, mas em ambas enfrentou a antipatia do então governador Flávio Dino e acabou derrotada; o grupo Sarney apostava que a aliança com Brandão garantiria, finalmente, a chegada da magistrada ao posto.

Em viagem pelo exterior, de férias, a desembargadora Sarney ainda não se manifestou sobre o acordo que pode tirá-la novamente do páreo.

Mas há quem diga que ela aceitará de bom grado…

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Dinistas e brandonistas trocam farpas sobre relação com Sarney explorada na mídia nacional…

Aliados do governador e do ministro da Justiça na mídia maranhense acusam uns aos outros de incentivar um racha entre os dois e de trazer de volta ao centro do poder político o grupo liderado pelo ex-presidente da República, hoje a principal força no Governo do Estado, com ao menos quatro secretários

 

Os olhares entre eles já não são os mesmos, mas Flávio Dino e Brandão ainda tentam manter as aparências

A matéria do jornal O Globo sobre a reaproximação do governador Carlos Brandão com o ex-presidente José Sarney foi publicada cinco dias depois do encontro dos dois, na famosa casa da família Sarney, no Calhau; Brandão fez um gesto de delicadeza a Sarney, que se recuperava de uma queda dias antes.

Desde a publicação do jornal carioca, aliados de Dino e de Brandão na mídia maranhense trocam acusações sobre de quem é o interesse de vender à mídia nacional essa volta dos Sarney ao centro do poder.

Os brandonistas veem na matéria os dedos de Dino para tentar expor Brandão em Brasília, como responsável por trazer de volta a política que ele, Dino, havia derrotado ainda em 2014; e lembram que, antes de Brandão, o próprio Dino já havia se aproximado do grupo do ex-presidente da República.

Dinistas mais afoitos falam até em um tal “esquema carcomido”, em texto que ora põe os Sarney como vítimas da maldade dos que “querem forçar o rompimento do do governador com o ministro”, ora vê os próprios Sarney como interessados nesse afastamento.

Há também os que tentam por panos quentes, sabe-se lá com que objetivo, uma vez que os fatos e movimentos estão aí para quem quiser ver.

Enquanto a arraia miúda vai se esforçando para entender – ou até conter – o racha, Dino e Brandão vão dando recados um ao outro, forçando-se mutuamente a tomar, primeiro, a decisão do rompimento.

Com seu poder em Brasília, Dino tenta represar interesses do governo Brandão.

Que em resposta usa o poder de Sarney para furar o bloqueio a Lula.

Até que uma hora a corda arrebenta…

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Grupo Sarney derrota Flávio Dino e fica com o DNIT no Maranhão…

Ministro da Justiça tentava emplacar no cargo o aliado e ex-secretário de infraestrutura Clayton Noleto, mas o MDB reivindicou ao presidente Lula  a nomeação do ex-deputado federal João Marcelo Souza, filho do ex-senador João Alberto de Souza

 

Unido no MDB, grupo Sarney – com apoio dos Brandão – teve mais força que Dino para ficar com o controle do DNIT no Maranhão

O blog Marco Aurélio d’Eça vem mostrando desde o início do governo Lula (PT) aspectos de uma guerra surda entre o ministro da Justiça Flávio Dino (PSB) e o grupo do ex-presidente José Sarney pelo controle do DNIT no Maranhão.

Ainda me março, o Ensaio “Weverton ocupa espaços no governo Lula enquanto Dino disputa com Brandão e os Sarney…” mostrava que o ministro enfrentava resistência para nomear o ex-secretário de Infraestrutura Clayton Noleto para a superintendência do DNIT.

Em 18 de maio, matéria exclusiva do blog Marco Aurélio d’Eça deixava bem mais clara a “batalha de Dino com os Sarney pelo comando do DNIT no Maranhão”.

– O órgão sempre foi espaço do MDB maranhense, ligado historicamente ao grupo Sarney. Membros do grupo já até indicaram o ex-deputado João Marcelo, filho do ex-senador João Alberto, fiel aliado do ex-presidente José Sarney – dizia o post.

Na semana que passou, o MDB sarneysista ouviu do ministro dos Transportes, Renan Filho, e do próprio presidente Lula (PT) que o DNIT ficará mesmo sob o controle do grupo Sarney.

A Dino coube algumas compensações, como o Ibama, que ele decidiu distribuir entre aliados mais próximos a exemplo do ex-presidente da Assembleia Legislativa Othelino Neto (PCdoB).

E  MDB se mantém poderoso no setor de Transportes…

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Para petista, Brandão consolida resgate do grupo Sarney…

Ex-secretário de Esportes e um dos maranhenses com maior acesso à cúpula do governo Lula, Márcio Jardim analisa que o retorno da família do ex-presidente ao poder foi iniciado pelo próprio Flávio Dino, ainda no primeiro mandato

 

Recorte feito a partir de montagem de Jardim, com dois momentos do resgate dos Sarney

O petista Márcio Jardim, ex-secretário de Esportes e um dos maranhenses com mais acesso à cúpula do PT,  comentou nesta quinta-feira, 18, a entrega do MDB pela família Sarney ao controle do governador Carlos Brandão (PSB).

Para Jardim, Brandão consolida o resgate político da família do ex-presidente da República.

Movimento iniciado pelo ex-governador Flávio Dino (PSB) ainda no seu primeiro mandato à frente do governo estadual – frisou Jardim.

Atuando atualmente na Secretaria de Comunicação da Prefeitura de Maricá (RJ), Márcio Jardim tem fortes ligações com o vice-presidente nacional do PT, deputado federal Washington Quaquá, o que garante certa presença nos bastidores petistas.

De fato, Flávio Dino começou a se aproximar do ex-presidente José Sarney ainda antes das eleições de 2018. Mas sua relação com a família é bem mais antiga, como contada neste blog Marco Aurélio d’Eça, no post “Flávio Dino e sua relação histórica com o grupo Sarney…”

A relação deu uma esfriada durante as eleições de 18, por causa da disputa de Dino com Roseana Sarney, mas voltou a crescer em 2022.

À época, Dino recorreu ao prestígio de Sarney para fazê-lo membro da Academia Maranhense de Letras, como revelado no post “Flávio Dino dá mais um passo no sonho de ser Sarney…”

Durante a campanha de 2022, coube ao governador Carlos Brandão (PSB) reabilitar todo o grupo Sarney, entregando espaços de poder aos sarneysistas; o gesto chegou a irritar Dino, que temia ser visto como sarneysista em sua fase política nacional, que estava iniciando.

A surpresa maior veio exatamente com a entrega do MDB ao controle de Carlos Brandão, que muitos viram como uma nova provocação do Palácio dos Leões a Flávio Dino.

Com o controle do MDB, Brandão ganha um partido de peso para chamar de seu e fortalece sua independência política em relação a Flávio Dino.

E o grupo Sarney só agradece…

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Flávio Dino e grupo Sarney disputam comando do DNIT no Maranhão

Ministro da Justiça tenta controlar a indicação dos cargos federais, mas enfrenta resistência de setores que sempre deram as cartas no estado, o que pode ter levado, inclusive, o MDB para o controle do governador Carlos Brandão

 

Marcus Brandão e toda a cúpula do grupo Sarney no Maranhão; MDB no controle dos cargos federais

Dono de poderoso cacife no governo Lula (PT), o ministro da Justiça Flávio Dino (PCdoB) tem conduzido toda a distribuição dos cargos federais no Maranhão.

Coube a Dino indicar ou dar a anuência para senadores e deputados federais indicar aliados, como ocorreu na Codevasf, no Iphan, no Incra e deve se repetir também na Pesca e outros órgãos federais no estado.

Mas Dino tem enfrentado um poderio histórico para emplacar o comando do DNIT, para onde ele tenta mandar o ex-secretário de Infraestrutura Clayton Noleto.

O órgão sempre foi espaço do MDB maranhense, ligado historicamente ao grupo Sarney. Membros do grupo já até indicaram o ex-deputado João Marcelo, filho do ex-senador João Alberto, fiel aliado do ex-presidente José Sarney.

A nomeação de Marcelo vinha sendo empacada pela resistência de Flávio Dino, que tem força política substancial na cúpula do governo.

Mas o grupo Sarney bateu o pé e se reforçou com o MDB nacional, que decidiu apoiar a articulação e buscou o apoio de ninguém menos que o governador Carlos Brandão (PSB).

Essa articulação explicaria a ida do irmão do governador, o diretor da Assembleia Marcus Brandão, para o comando do MDB maranhense.

A entrada de Marcus no partido passa agora pela definição do comando do DNIT, atravessa as eleiçoes de 2024 e desemboca na sucessão de Brandão, em 2026.

E deve frear os ímpetos hegemônicos de Flávio Dino em relação aos cargos federais…

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Flávio Dino avança sobre posições dos Sarney no Maranhão

Aparente desinteresse de Roseana Sarney pelas questões políticas e a perda do mandato de Adriano Sarney favorecem o ministro da Justiça a tomar não apenas partidos mas também espaços de poder maranhense da família do ex-presidente da República, segundo apontam portais e blogs maranhenses

 

Flávio Dino e Márcio Jerry trabalham para controlar todos os partido de centro-esquerda no Maranhão; e apostam nos cargos federais para atrair aliados

O ministro da Justiça Flávio Dino (PSB) – e seu lugar-tenente no Maranhão, deputado federal Márcio Jerry (PCdoB), estariam por trás da articulação que pode levar o ex-prefeito Edivaldo Júnior ao Partido Verde.

A informação é do blog Marrapá.

Dino e Jerry trabalhariam para ter Edivaldo na Federação Partidária composta por PV, PCdoB e PT, garantindo nomes para a montagem de uma chapa principal nas eleições de 2024.

Foi o Marrapá o primeiro a revelar as articulações de Edivaldo e PV; já o blog do jornalista Gláucio Ericeira publicou a negativa do próprio Adriano Sarney, para quem a “informação não procede”.

Mas é justamente a perda de espaços de poder do grupo Sarney que tem levado Flávio Dino e Márcio Jerry a avançarem em espaços antes controlados pela família do ex-presidente.

No comando do Ministério da Justiça, Flávio Dino tem poder no governo Lula não apenas para indicar cargos federais no Maranhão, mas também tem força política para controlar os partidos de centro-esquerda, o que sempre sonhou, incluindo o PV de Adriano.

E ganha força pelo aparente desinteresse da deputada federal eleita Roseana Sarney (MDB) pelas questões política e pela pera de mandato de Adriano.

Nesta quinta-feira, 19, o governador Carlos Brandão (PSB), aliado de Flávio Dino, reuniu líderes do PSB, do PCdoB e do PT – sem a presença do PV, que também compõe a federação partidária – para discutir exatamente a distribuição de cargos federais no Maranhão.

A reunião teve reação do deputado federal reeleito Aluisio Mendes (PRB), antigo aliado dos Sarney, segundo revelou nesta sexta-feira, 20, o blog do jornalista Gilberto Léda.

Mas como se vê, a movimentação do grupo de Flávio Dino reforça o antigo ditado “Rei morto, rei posto”…

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Família Sarney no palanque de Flávio Dino em 2022…

Adesão do deputado estadual Adriano Sarney à candidatura do vice-governador Carlos Brandão é o desfecho da aproximação que o governador Flávio Dino vem buscando com a família do ex-presidente José Sarney desde 2018 – e que culminou com sua eleição à Academia Maranhense de Letras

 

Adriano é o primeiro membro da família Sarney a aderir à escolha de Flávio Dino para o governo; mas outros membros do grupo já estavam com o governador

Uma cena inimaginável há 10 anos atrás deve ficar comum nas eleições de 2022: membros da família Sarney pedindo votos no mesmo palanque do governador  Flávio Dino (PSB),

Esta possibilidade tornou-se mais real nesta quinta-feira, 16, quando o deputado estadual Adriano Sarney (PV) anunciou apoio ao vice-governador  Carlos Brandão (PSD), “escolha pessoal” para as eleições de 2022.

A adesão de Adriano é o desfecho de uma aproximação que Flávio Dino vem fazendo da família do ex-presidente José Sarney desde 2018 – e que culminou com sua eleição, a pedido de Sarney, à Academia Maranhense de Letras.

O grupo Sarney – que inclui políticos, empresários e a força do Grupo de Comunicação Mirante – está em sua maioria alinhado a Flávio Dino há pelo menos um ano; a resistência ainda se dá pelos ex-governadores Edison Lobão e Roseana  Sarney (ambos do MDB).

A tendência é que a própria família do ex-presidente apoie a eleição de Flávio Dino ao Senado.

Inclusive com a  possibilidade de um suplente na chapa…

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Grupo Sarney começa a se aproximar de Edivaldo Júnior…

Sem opções na oposição e entre os nomes da base do governo Flávio Dino – apesar dos acenos de Carlos Brandão – aliados da ex-governadora Roseana Sarney veem no ex-prefeito de São Luís uma forma de contrapor o projeto de poder representado pelo atual governador

 

Roseana já conversou com os membros do PV e do PSD sobre alianças em torno de Edivaldo Júnior, como forma de contrapor Flávio Dino

Os aliados da ex-governadora Roseana Sarney (MDB) e os remanescentes do grupo Sarney começaram a ver na candidatura do ex-prefeito de São Luís, Edivaldo Júnior (PSD), a opção para contrapor o projeto de poder capitaneado pelo governador  Flávio Dino (PSB).

Edivaldo já está, inclusive, filiado a um partido da base sarneysista; e seus operadores já se reuniram com Roseana.

Para os sarneysistas – que são assediados também pelo vice-governador Carlos Brandão (PSDB) – Edivaldo representa a melhor opção para contrapor Flávio Dino.

Na avaliação dos principais aliados de Roseana, a soma de suas intenções de votos com as de Edivaldo garantem, no mínimo, a presença do ex-prefeito no segundo turno; para os roseanistas, a alta rejeição da ex-governadora tende a ser reduzida pelo carisma do próprio Edivaldo.

Mas Carlos Brandão também começa a fazer gestões para ter em seu palanque a estrutura sarneysista e os cerca de 30% do eleitorado que o grupo detém.

Luiz Fernando opera em favor de Carlos Brandão entre os sarneysistas; e já levou o ex-marqueteiro de Roseana para a campanha do vice-governador

Com Brandão já estão remanescentes de peso do grupo Sarney, como o secretário Luiz Fernando Silva, o ex-presidente da Assembleia Arnaldo Melo (MDB), o deputado federal Gastão Vieira (PROS), e o ex-secretário de Comunicação de São Luís, Joaquim Haickel, além de vários outros deputados estaduais e prefeitos.

Mas Haickel chegou a publicar artigo, neste fim de semana, em que acena para esta aliança sarneysista em torno do ex-prefeito de São Luís.

O marqueteiro da campanha de Brandão é o jornalista Sérgio Macedo, ex-secretário de Roseana e ex-superintendente do Grupo Mirante.

Mesmo assim, expoentes do PSD, do MDB e do PV entendem que a maior parte do grupo estará mesmo no palanque de Edivaldo Júnior,

Por entender que esta é a melhor opção de sobrevivência do grupo…

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Eleições 2020 marcam fim do ciclo sarneysista no Maranhão

Conceito de grupo político criado a partir da ascensão do ex-presidente José Sarney ao governo do Maranhão, em 1966, é encerrado neste processo eleitoral em que, pela primeira vez em 50 anos, não há uma candidatura que envergue oficialmente seus postulados

 

José Sarney ao tomar posse no governo, em 1966; ciclo que durou 50 anos chega oficialmente ao fim nestas eleições de 2020

Ensaio

As eleições de 2020 em São Luís vão encerrar, oficialmente, o ciclo do chamado “grupo Sarney” na história política do Maranhão.

Pela primeira vez em 50 anos, nenhum dos candidatos a prefeito enverga qualquer relação oficial com o conceito de grupo criado a partir da ascensão do ex-presidente ao poder, em 1966.

Nem mesmo o neto de José Sarney, o deputado estadual Adriano Sarney – que tem postura absolutamente independente em relação ao legado da família – pode ser apontado como sarneysista.

Outro aspecto que demonstra o fim do ciclo sarneysista é o espalhamento de seus antigos membros por diversas candidaturas, tanto da oposição quanto da base do governo Flávio Dino (PCdoB).

Historicamente, o início do fim do sarneysismo pode ser apontado em 1994, com a chegada de Roseana Sarney ao governo, o que iniciou a era chamada roseanismo.

Desde então, começou um ciclo de decadência sarneysista – no conceito de grupo – que culminou com a derrota em 2014, para o atual governador Flávio Dino.

Adriano e Roseana são representantes de duas gerações do legado sarneysista, mas cada um tem conceitos, ideologias e visão política distintas

Aos 90 anos, José Sarney é hoje o símbolo de um período histórico no Maranhão que oferece material para leituras e releituras ao longo dos últimos 25 anos.

Mas o conceito de grupo já não existe mais.

Os três principais representantes da família – Roseana, Adriano e Sarney Filho – carregam o legado histórico, mas cada um segue o próprio rumo conceitual e ideológico na política.

O que ficará ainda mais evidente a partir de 2022, quando novos atores protagonizarão novos rumos políticos no Maranhão.

É aguardar e conferir…

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Roberto Costa comanda revitalização do MDB no Maranhão…

Ao assumir a coordenação eleitoral do partido, deputado estadual abre diálogo com todas as forças políticas, colocando a legenda no centro das discussões de 2020 e 2022; e ainda reinseriu no debate a ex-governadora Roseana Sarney, hoje discutida, sem, vetos, em setores do governo e da oposição

 

Respeitado por Baleia Rossi, presidente nacional do MDB, Roberto Costa iniciou processo de revitalização do partido no Maranhão, tirando-o do risco iminente de ostracismo

Editorial

O deputado estadual Roberto Costa conseguiu uma proeza ao assumir a coordenação eleitoral do MDB no Maranhão: pôs de volta ao centro do debate uma legenda que caminhava para o ostracismo.

Para revitalizar o maior partido do Brasil, Costa abriu diálogo sem ranços e sepultou o sectarismo que ainda marca boa parte dos segmentos de governo e de oposição na política maranhense.

– Partido não pode ser sectário; a discussão sempre passa pelos ciclos municipais e estaduais. Já estamos discutindo 2022 e o importante é que, neste processo de 2020, o MDB passa a ser interessante para todos os partidos; todos querem o apoio do MDB – analisa o deputado.

Roberto Costa ressalta que em 2020 – sobretudo em São Luís – mesmo os partidos que gravitam em torno do governo Flávio Dino (PCdoB) buscam diálogo com os emedebistas, coisa impensada há dois anos atrás.

Na busca pelo diálogo franco, aberto e sem vetos – “coisa de amadurecimento mesmo”, ressalta ele – a postura do deputado reinseriu, inclusive, a ex-governadora Roseana Sarney no debate eleitoral.

– Conseguimos incluir Roseana no circuito. A postura do MDB alavancou o nome dela. Ela decidiu não disputar em São Luís, mas terá peso importante na escolha de um candidato – frisou Costa.

O deputado acrescenta que hoje, a ex-governadora é um nome a ser discutido por todas as correntes para 2022; e não mais com aquele ranço que imperava no Maranhão até 2018.

– Nós temos para 2022 uma candidatura direta do Carlos Brandão (PRB); também temos a do senador Weverton Rocha (PDT); precisamos nos posicionar. E o nome de Roseana surge como uma grande força neste cenário – indica.

A postura aberta do MDB trouxe Roseana de volta ao debate político-eleitoral e a pôs entre os nomes de 2022 a ser discutido por todos, sem vetos

Segundo Costa, acabou no Maranhão a dicotomia que imperava desde 1994; e isso faz com que o nome de Roseana seja discutido como opção, sem vetos ideológicos.

– Caso seja candidata a governadora, ela se insere entre as opções das várias alas alinhadas ao Palácio os Leões. E se disputar o Senado? Dependendo do cenário nacional, certamente terá apoio de todos, inclusive de setores do governo – diz o deputado, num exercício prognóstico que ressalta o amadurecimento de sua visão política.

E é este amadurecimento que Roberto Costa pretende incutir no MDB, tanto entre as novas lideranças como também entre os históricos do partido.

Conseguindo ou não, ele já tem um feito: o maior partido do país recupera seu espaço no debate eleitoral maranhense.

E este é um feito significativo no atual momento histórico…