A habilidade política de Fernando Sarney…

Vice-presidente eleito da CBF não apenas destruiu uma rede de proteção ao ex-presidente Edinaldo Rodrigues como manteve-se em posto estratégico, mobilizando setores importantes da República

 

HÁBIL NEGOCIADOR. Fernando Sarney mostrou articulação política capaz de mobilizar a República em torno da eleição na CBF

Sem entrar no mérito da estatura do presidente eleito da Confederação Brasileira de Futebol, Samir Araújo Xaud, a eleição na entidade exibiu de forma inequívoca a habilidade política do maranhense Fernando Sarney.

  • FS não apenas desmontou a rede de proteção judicial do ex-presidente Edinaldo Rodrigues;
  • o maranhense também mostrou prestígio político para se manter em um posto estratégico;
  • e ainda mobilizou setores inteiros da República, sem a necessidade de desgaste político.

Filho do meio do ex-presidente José Sarney, Fernando José Macieira Sarney sempre foi visto nos bastidores da política maranhense como o mais habilidoso e político dentre os filhos do ex-presidente.

Ele consegue reunir em sua personalidade tanto o carisma da ex-governadora Roseana Sarney quanto a inteligência do ex-ministro Sarney Filho, dando a essas características pitadas próprias de articulação, amabilidade e espírito conciliador.

  • a classe política nunca entendeu por que Fernando Sarney nunca quis disputar um cargo eletivo;
  • para muitos, é ele o verdadeiro herdeiro político de José Sarney, com trânsito em todas as correntes.

Ao longo dos anos ele optou por manter-se nos bastidores, construindo relações, unindo grupos e somando alianças.

Quando surgiu nos holofotes públicos – como neste episódio da CBF – só reforçou a ideia de sua habilidade política.

E mostrou também que a política perde muito sem sua presença efetiva…

Com Brandão afastado do dinismo, grupo Sarney vira referência no governo…

Governador está cada vez mais próximo do ex-presidente José Sarney, tem o Grupo Mirante como parceiro prioritário na mídia e conta com expoentes sarneysistas em sua base

 

DISTANTE DE UNS, PRÓXIMOS DE OUTROS. Brandão com Roseana e Sarney, principal conselheiro político do governador nos dias atuais

Ensaio

Ao mesmo tempo em que enquadra os remanescentes do grupo do agora ministro do Supremo Tribunal Federal Flávio Dino sobre as eleições de 2026, o governador Carlos Brandão (PSB) tem demonstrado uma forte afinidade com o chamado grupo Sarney, ou o que restou dele politicamente.

  • Brandão tem no ex-presidente José Sarney (MDB) sua principal fonte de conselhos políticos;
  • pertencente à família do ex-presidente, o Grupo Mirante é seu parceiro prioritário na mídia;
  • e é com sarneysistas que Brandão se mostra mais à vontade após afastamento de Flávio Dino.

“Eu sempre me aconselhei com o presidente Sarney e seus conselhos têm servido para que a gente possa conduzir o Maranhão com muita harmonia entre os Poderes, dialogando muito, para que a gente possa fazer um grande governo”, admitiu, Brandão, ainda em 2024, quando – concidentemente, se aproximou mais do ex-presidente à medida que a relação com Flávio Dino chegava ao auge do desgaste. (Lembre aqui)

Atualmente, Brandão tem entre seus principais aliados expoentes sarneysistas ainda com forte atuação política, como o deputado federal Hildo Rocha e o presidente da Federação dos Municípios, Roberto Costa (ambos do MDB); foi em Bacabal, onde Cosa é prefeito, aliás, que Brandão fez o duro discurso, entendido como recado ao vice-governador Felipe Camarão (PT) e aos remanescentes do dinismo.

  • os sarneysistas são hoje muito mais próximos dos Brandão do que dos dinistas;
  • essa afinidade reforça a resistência à candidatura do dinista Felipe Camarão.

“O que disse em Bacabal vou repetir: não vamos apoiar candidato que não esteja alinhado com o grupo”, reforçou Brandão, em evento de homenagem a Sarney nesta segunda-feira, 5, reafirmando o polêmico discurso do domingo, 4, em Bacabal. (Leia aqui)

Coincidência ou não, foi a partir do realinhamento com o grupo Sarney – e a busca cada vez mais frequente do ex-presidente da República como conselheiro do governo – que Brandão passou a se afastar dos antigos aliados ligados a Flávio Dino.

Se a aproximação tem poder para influenciar em sua decisão de 2026, só o tempo dirá…

Em homenagem dos Correios, Juscelino Filho destaca trajetória de Sarney…

Proposto pelo deputado federal quando comandou o Ministério das Comunicações, o selo “Homenagem à Redemocratização do Brasil” traz a imagem do ex-presidente

 

SARNEY VIVE!!! Juscelino homenageia ex-presidente com discurso e selo dos Correios

Ao lado do ex-presidente da República José Sarney, aniversariante e homenageado da noite, o deputado federal Juscelino Filho (União Brasil), participou do lançamento do selo postal institucional “Homenagem à Redemocratização do Brasil”, realizado pelos Correios, na quinta-feira, 24, no Centro de Convenções – Centro Histórico de São Luís.

“Hoje é um momento histórico para o Brasil e em especial para nosso Maranhão. É uma honra estar ao lado do ex-presidente José Sarney e prestar essa homenagem ao maior político e líder do nosso país, por sua grande contribuição nos 40 anos da redemocratização do Brasil. Sarney é uma das figuras centrais da política brasileira: homem de Estado, intelectual, defensor da cultura e dos direitos civis. Ele fez da política um compromisso com o país e sempre levou o nome do Maranhão com muito orgulho. Aos 95 anos, carrega uma biografia ativa, construída com a presença, palavra e influência ao longo de décadas vividas. É impossível falar da política brasileira nos últimos 60 anos, sem passar pelo nome de José Sarney”, destacou Juscelino Filho.

  • o selo traz uma foto do ex-presidente José Sarney, primeiro civil a assumir a Presidência da República após o regime militar;
  • e a de Tancredo Neves, líder político e símbolo das Diretas Já, eleito presidente em 1985, mas que faleceu antes de tomar posse;
  • A imagem usada pelos Correios pertence a Sonja Rêgo, cedida pelo acervo da Empresa Brasileira de Comunicação (EBC).

“As homenagens que tenho recebido pelo Brasil nos 40 anos da democracia tem me trazido alegria; mas essa, de iniciativa do ex-ministro Juscelino Filho, é a mais especial e me tocou profundamente por ser concedida aqui no meu Maranhão, minha terra, meu chão, minha paixão”, discursou, emocionado, o ex-presidente.

HISTÓRIA DO BRASIL. O carinho demonstrado pelo deputado emocionou o ex-presidente

A honraria marca a importância da democracia brasileira, materializada com o selo postal, proposta do deputado Juscelino Filho, quando esteve à frente do Ministério das Comunicações (MCom).

José Sarney trem recebido diversas homenagens pelos seus 95 anos, completados nesta quinta-feira, 24.

Da Assessoria, com edição do blog

Deputado comunista minimiza papel de Sarney na redemocratização…

Jornalista e ativista político, Márcio Jerry – que atuava no movimento estudantil em 1984 – afirma que o ex-presidente foi um dos articuladores contra a emenda Dante de Oliveira, que deveria estabelecer as eleições diretas para presidente já em 1985

 

SARNEY COM OS MILITARES NA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA. Versões de uma história de 40 anos no Brasil

História

Em postagem nas redes sociais, o deputado federal e presidente regional do PCdoB, Márcio Jerry, minimizou o papel do ex-presidente José Sarney (MDB) no processo de redemocratização do país.

  • para Márcio Jerry, os atores principais foram “Ulisses Guimaraes, Leonel Brizola, Lula, Franco Montoro, Miguel Arraes e Tancredo Neves”;
  • Sarney, segundo o parlamentar foi contra a emenda Dante de Oliveira, das “Diretas Já”, mas se beneficiou do processo chegando à presidência.

“Entre os que trabalhavam pela derrota da emenda estava o então senador José Sarney, que menos de um ano seria empossado presidente, após eleição da chapa liderada por Tancredo Neves no Colégio Eleitoral”, afirmou Márcio Jerry.(Leia aqui)

O senador José Sarney está sendo homenageado nesta terça-feira, 18, no Congresso Nacional, pela sua importância histórica no processo de redemocratização; o tema já foi abordado neste blog Marco Aurélio d’Eça, no post “O março da redemocratização é o mesmo do golpe militar…”.

.”Mas para Márcio Jerry, a liderança de Ulisses Guimarães e a força das mobilizações em todo o país foram fundamentais para a eleição de Tancredo Neves.

“Como militante do movimento estudantil secundarista participei ativamente da campanha das diretas; e depois do comitê em apoio a Tancredo Neves no Colégio Eleitoral. Com luta restabelecemos a democracia e com luta hoje a mantemos viva e cada vez mais forte”, afirmou o parlamentar comunista.

Entre as autoras da proposta de homenagem a Sarney no Congresso Nacional está a senadora Eliziane Gama (PSD)…

“Sarney 9.4: a política brasileira nunca precisou tanto”, diz articulista

João Carlos Silva, do Diário do Poder, lembra os 40 anos da redemocratização brasileira – a serem completados em 15 de março – fala de sua importância histórica e ainda tem espaço para falar do Chicobol, lendário espaço de lazer e cultura capitaneado por Chiquinho Escórcio

 

NO EIXO DA DEMOCRACIA. Sarney travou uma solitária batalha para conciliar os interesses dos militares e a necessidade premente de eleições diretas no Brasil

O articulista João Carlos Silva, do portal Diário do Poder, lembrou em artigo publicado na última quinta-feira, 27, a importância do ex-presidente José Sarney (MDB) para a história política e para o momento atual do Brasil; para o jornalista, o Brasil nunca precisou tanto de Sarney e de sua sabedoria.

“Na política, vale sua direção. É através dela que o Brasil vai entender seu futuro. Nesses 40 anos de redemocratização, José Sarney lá está aos 94 iluminados”, destacou João Carlos. (Leia a íntegra aqui)

  • Sarney foi o primeiro presidente civil após 20 anos de ditadura militar;
  • ele conduziu a história para garantir a primeira eleição direta, em 1989.

No último sábado, 21, este blog Marco Aurélio d’Eça publicou artigo do próprio Sarney, em que ele faz um alerta sobre o momento político vivido na atualidade.

“Escrevo sobre a divisão que vemos hoje no Brasil: a casa está dividida, justamente pelo ódio que perpassa pela política brasileira. E uma casa dividida não prospera. Disso já sabemos nós, cristãos”, destacou o ex-presidente. O jornalista do Diário do Poder completa: “Era um tempo de outro Brasil. Nada como ler e conhecer história”.

No artigo, o jornalista lembra do Chicobol, espaço de cultura, lazer e esporte capitaneado pelo ex-senador Chiquinho Escórcio (MDB) um dos mais antigos e leais aliados do ex-presidente. O  Chicobol é frequentado pelas principais figuras do poder em Brasília.

“O mundo político brasileiro lá se reúne para ouvir ” causos ” de Francisco Escorcio , o Chiquinho. O lugar está no Google. Virou referência nacional. Francisco Escorcio foi tudo na vida pública. Muito querido por todos. Ele conhece José Sarney como ninguém. No Chicobol toda enciclopédia se completa pela trajetória da vida democrática brasileira. Sarney está incluso em todas suas páginas. Nesses momentos de polarização, suas palavras enriquecem conciliações. Precisamos disso. Seus 94 anos muito nos importa”, ressaltou.

No momento de reafirmação da democracia e na luta contra o ressurgimento de golpistas, as homenagens pelos 40 anos de redemocratização tornam Sarney essencial neste momento político. “A política brasileira nunca precisou tanto como agora. E José Sarney com seus 9.4 está aí para ajudar o navio não entrar em águas turbulentas”.

O aniversário da redemocratização deve ser comemorado no Congresso Nacional em 15 de março…

Após encontro com Eliziane, Sarney ensina: “o ódio alimenta o ódio”…

Ex-presidente da República faz um alerta aos políticos brasileiros – maranhenses incluídos – sobre a necessidade de se repensar as relações com adversários; e afirma: “casa dividida não prospera”

 

HORA DE ARRUMAR A CASA. Brandão em passeio com Sarney pelo Palácio dos Leões: “casa dividida não prospera”, alerta ex-presidente

Prestes a completar 4o anos desde a sua ascensão à presidência da República, ato que encerrou a ditadura militar no Brasil, o ex-presidente José Sarney (MDB) escreveu nesta sexta-feira, 21, uma exortação à paz na política; ao criticar o clima de ódio que domina a política no Brasil – Maranhão incluído – Sarney lembrou que “o ódio alimenta o ódio”.

  • curiosamente, o artigo do ex-presidente foi escrito dois dias depois de ele receber em sua residência de Brasília, a senadora Eliziane Gama (PSD);
  • no Maranhão, Eliziane tem sido uma das mais efetivas defensoras da unidade dos grupos do governador Carlos Brandão (PSB) e do ministro Flávio Dino.

“Também resultado desse mal, escrevo sobre a divisão que vemos hoje no Brasil: a casa está dividida, justamente pelo ódio que perpassa pela política brasileira. E uma casa dividida não prospera. Disso já sabemos nós, cristãos”, ensina Sarney.

O ex-presidente direcionou o artigo à política brasileira – à divisão ideológica radical resultante do surgimento do bolsonarismo, que foi abraçado pela extrema direita a partir de 2018 – mas pode ser usada também na política maranhense, hoje protagonizada pela guerra fratricida entre dinistas e brandonistas.

Sobretudo pelo fato de o artigo ter sido publicado após a visita de Eliziane; a senadora já esteve com o governador Carlos Brandão e com o vice-governador  Felipe Camarão (PT) em busca da paz entre os dinistas e brandonistas. (Relembre aqui e aqui)

  • Sarney ressalta que sempre teve adversários políticos, mas nunca os considerou inimigos;
  • o ex-presidente pregou que, hoje, no Brasil, o ódio existe de lado a lado “e deve acabar”.

“O ódio hoje é real. E deve acabar. Ele é a semente que desponta como o instrumento de divisão não só dos políticos, como do povo brasileiro. Não é difícil encontrarmos dentro das famílias discussões acaloradas e situações difíceis em que as posições são dogmáticas”, pregou José Sarney.

O artigo do ex-presidente foi publicado em diversos jornais, portais e sites do país.

Leia a íntegra abaixo:

Eu, muitas vezes, em entrevistas, artigos, disse que, ao longo da vida, nunca tive capacidade de sentir ódio. E isso considero que me fez e faz muito bem. O ódio traz como consequência maior o ressentimento, e este, a amargura, que faz muito mal a nós próprios e deforma o nosso modo de viver.

Conheci um homem que tinha uma alma pura, o deputado Djalma Marinho. Era uma figura muito conhecida e respeitada na Câmara dos Deputados. Foi candidato a presidente da Casa. Perdeu. Eu e o deputado Nelson Marchezan fomos a sua casa prestar-lhe solidariedade. Com o meu jeito de não cultivar sentimentos negativos, disse-lhe: “Djalma, não guarde ressentimentos.” Ele me respondeu: “Sarney, eu não guardei dinheiro na vida, que é coisa boa, lá vou guardar ódio e ressentimento, que não prestam para nada?”. Foi ele que, depois, na comissão que presidia, recusou-se a cumprir uma ordem do governo para processar o deputado Moreira Alves, em 1968, quando o país estava sob as normas do AI-5. Renunciou ao cargo de presidente e, repetindo o espanhol Calderón de La Barca, marcou a Casa com a célebre frase: “Ao rei tudo, menos a honra”.

Mas quero falar também das consequências do ódio, que muitos escritores registraram na literatura, como Tolstói, cuja personagem feminina vai ao suicídio sucumbida pelo ódio; Dostoiévski, com o alerta de que “o ódio alimenta o ódio”; Shakespeare, com o seu Otelo, o Mouro de Veneza, cujo ciúme o leva a matar sua fiel esposa, Desdêmona, um destino de ódio construído pelo relato falso de infidelidade por Iago, um suboficial preterido numa promoção.

Também resultado desse mal, escrevo sobre a divisão que vemos hoje no Brasil: a casa está dividida, justamente pelo ódio que perpassa pela política brasileira. E uma casa dividida não prospera. Disso já sabemos nós, cristãos.

Na política brasileira, eu, que por mais de meio século a acompanho como espectador, interlocutor, participante e até como protagonista, nunca vi uma época em que os homens se dividissem entre uns adeptos do diabo e outros, de Deus. De tal modo que a luta política extravasou para um nível em que uns são conduzidos à salvação e outros, condenados à perdição.

Eu, pessoalmente, sempre tive adversários. E a estes nunca considerei inimigos. Essa concepção de adversários como inimigos foi proposta por Carl Schmitt, jurista oficial do Terceiro Reich, para quem a política era uma guerra, na qual devíamos eliminar os contrários e levá-los até a morte — como ocorreu na Alemanha com a morte de milhões de judeus. O ódio ao inimigo também justificou, logo depois da Revolução Russa, a violência e crueldade dos comunistas aos milhões de perseguidos e eliminados. O exemplo simbólico e maior na Rússia talvez tenha sido o fuzilamento da família inteira do Czar Nicolau II, que hoje pela Igreja Oriental foi considerado santo.

Eu era deputado no Rio de Janeiro quando ouvi Carlos Lacerda, o maior orador a que assisti no parlamento, defender-se — no processo que moveram contra ele por ter divulgado um telegrama secreto, que envolvia o Jango e o Peron, num tempo em que os discursos tinham títulos, a que chamou de A corrida dos touros embolados — daqueles que o acusavam de uma maneira odienta, retrucando com a seguinte denúncia: “Aqui até o ódio é fingido”.

Não é o que ocorre hoje no Brasil. Situação repelida por todos nós. O ódio hoje é real. E deve acabar. Ele é a semente que desponta como o instrumento de divisão não só dos políticos, como do povo brasileiro. Não é difícil encontrarmos dentro das famílias discussões acaloradas e situações difíceis em que as posições são dogmáticas.

O ódio leva até ao que está sendo apurado no processo sobre a inacreditável proposta de assassinato, a ser cumprido nas figuras do presidente e do vice-presidente e de um ministro do Supremo Tribunal Federal. O caso segue o devido processo legal — somos um Estado de Direito — no Supremo e depois, tudo devidamente apurado, haverá a punição prevista na lei dos responsáveis.

O ódio é danoso, cruel, indigno, divisionista. Por julgá-lo assim, quero vê-lo extirpado do nosso país. Sou partidário do diálogo, de ver o próximo como objeto de convergência e não da divergência. Por tudo isso e mais, não há palavras suficientes que definam o mal que o ódio produz. Somos irmãos e como irmãos devemos viver em paz. Que os dirigentes e líderes do país viajem por outros caminhos que não este, o do ódio. Por isso, só me cabe encerrar dizendo: Ódio não!

José Sarney recebe Eliziane Gama, com quem dialoga sobre redemocratização…

Ex-presidente completará em março 4o anos de sua chegada ao comando do país, após período de ditadura militar; conversa com a senadora se dá em momento de reforço da democracia no país

 

BEBENDO NA FONTE. Eliziane Gama e José Sarney tornaram-se grandes amigos após período de aposentadoria política do ex-presidente

O ex-presidente da República José Sarney (MDB) recebeu nesta quarta-feira, 19, a senadora Eliziane Gama (PSD); os dois conversaram sobre o processo de redemocratização do país e os 40 anos da posse de Sarney, dando fim à ditadura militar. 

Acompanhou Eliziane o irmão, Eliel Gama, presidente do Ibmec-MA.

  • Sarney chegou à presidência em março de 1985, após 20 anos de ditadura militar;
  • o encontro entre os dois se dá em meio ao debate sobre os riscos de novo golpe no país.

“Conversamos sobre conjuntura política e sobre o futuro do nosso estado. A visita acontece há menos de um mês de completarmos 40 anos desde que Sarney assumiu a presidência do Brasil, passando a ser o primeiro governante civil depois de 20 anos de ditadura militar”, ressaltou a senadora.

Eliziane Gama tem estado bem mais próxima de Sarney desde que se elegeu senadora, em 2018; o ex-presidente sempre admirou sua trajetória política, desde quando ela chegou à Assembleia em 2006.

Em julho de 2024, a senadora e o ex-presidente  chegaram a conversar sobre uma eventual candidatura dela à presidência do Sendo o que não se confirmou; esta reunião foi registrada neste blog Marco Aurélio d’Eça, no post “As articulações de Eliziane Gama e José Sarney…”.

O Congresso Nacional e a Presidência da República preparam uma série de atos para festejar os 4o anos da redemocratização.

Que se dá em meio ao combate contra os fantasmas do golpe militar.

Que insistem em vaga pelo país…

Pedro Lucas vai propor à Câmara Federal medalha a José Sarney…

Parlamentar maranhense entende que a Casa deve reconhecer a história política do ex-presidente da República, um dos políticos mais influentes nos o século XX e XXI da história do Brasil

 

RECONHECIMENTO HISTÓRICO. Ao lado do pai Pedro Fernandes, Pedro Lucas esteve com José Sarney, a quem vai homenagear com medalha na Câmara Federal

O deputado federal Pedro Lucas Fernandes (União Brasil) anunciou nesta terça-feira, 4, que vai propor à Câmara Federal a outorga da Medalha do Mérito Legislativo ao ex-presidente da República José Sarney (MDB).

Acompanhado do pai Pedro Fernandes, prefeito de Arame, o parlamentar esteve com o próprio Sarney, para comunicar a decisão. 

“Hoje, ao lado do prefeito Pedro Fernandes, tive a honra de visitar o ex-presidente José Sarney para um produtivo diálogo sobre a política nacional e maranhense. Sarney é um homem ativo da política brasileira, que merece todo reconhecimento pelo seu trabalho, por isso, em breve iremos homenageá-lo com a Medalha do Mérito Legislativo, maior honraria da Câmara dos Deputados”, revelou o deputado.

Presidente da República no período pós-Ditadura, Sarney foi responsável pela redemocratização do Brasil; e passou a conduzir a política, no Maranhão e no Brasil, nos últimos 60 anos, mantendo-se influente ainda hoje, do alto dos seus 94 anos.

Pedro Lucas foi eleito neste fim de semana líder do União Brasil na  Câmara dos Deputados… 

A operação José Sarney…

Em Brasília, ex-presidente vai acompanhar as últimas articulações pelo Senado, mas vai tratar com Lula também sobre a base no Maranhão

MISSÃO DE PAZ. Sarney deve dizer a Lula que apenas o próprio presidente pode reunificar brandonistas e dinistas

O ex-presidente José Sarney (MDB) desembarcou em Brasília esta semana para uma tradição política e uma missão de paz.

  • a tradição é acompanhar – e, se possível, se envolver – na eleição para a presidência do Senado;
  • a missão de paz tem a ver com as dificuldades de pacificação na base do governo Brandão.

Por mais que ambos os lados já admitam reunificar o grupo para as eleições de 2026, o nível de desconfiança entre dinistas e brandonistas é tamanho que inviabiliza qualquer movimento.

  • o grupo de Brandão – notadamente seus familiares – continua a achar que o vice-governador Felipe Camarão (PT) se movimenta muito afoitamente;
  • Já os dinistas – sobretudo a base de deputados federais e estaduais – cobram de Brandão um gesto concreto de apoio ao vice-governador do PT.

Sarney deve dizer diretamente ao presidente Lula (PT) que é preciso uma intervenção direta do Palácio do Planalto para garantir a unidade no Maranhão 

Mas há um porém…

Entre os sarneysistas, há quem veja na guerra entre dinistas e brandonistas a tempestade perfeita para uma volta do grupo em 2026.

Mas esta é uma outra história…

Todos em volta de Marcus Brandão….

Presidente estadual do MDB recebe manifestações de apoio das principais lideranças do MDB e do grupo do governador Carlos Brandão, ressalt5ando seu papel de homem-forte do Maranhão

 

ELOGIO DE PESO. Sob olhares de emedebistas, amigos e familiares do homenageado, Sarney destaca o papel de Marcus Brandão no atual momento político do estado

Do ex-presidente José Sarney ao deputado estadual Ricardo Arruda, todas as lideranças do MDB maranhense que discursaram nesta segunda-feira, 2, no encontro de prefeitos e lideranças do partido exortaram o poder do presidente estadual da legenda, Marcus Brandão.

  • a figura de Marcus Brandão no MDB se confunde com a do próprio governador Carlos Brandão, ainda no PSB;
  • todas as citações das lideranças puseram o presidente emedebista como uma espécie de alter-ego do governador.

Agradecer, acima de tudo, o apoio do Marcus Brandão. Mas acima de tudo, do governador  Carlos Brandão. Em nenhum momento me arrependi de termos convidado  Marcus para comandar o nosso partido. Ele vestiu a camisa do MDB e é disso que estamos precisando”, declarou a deputada federal Roseana  Sarney, que disse ter orgulho de tê-lo à frente da legenda.

Marcus é esse alicerce, esse amigo certo de todas as horas. Orgulham-se, saiam daqui orgulhosos, por que vocês estão hoje num grande partido. Marcus Brandão é igual ao nosso governador. Todo mundo gosta desconversar com ele, por que ele tem aquela palavra amiga. Ele é igual ao nosso governador: só briga com nosso governador quem quer brigar. Ele é um pacificador”, completou a presidente da Assembleia, Iracema Vale.

AMIGO DAS HORAS. Iracema destaca papel do seu diretor em sua articulação política

Todo-poderoso no MDB, na  Assembleia e no governo, Marcus Brandão tem sido visto por dissidentes e insurgentes como o ponto de dissensão entre a base do chamado dinismo e o governador.

Para os aliados mais próximos, no entanto, sua performance parece estar de acordo com o projeto governista.

E todos estão à sua volta…