Deputado comunista minimiza papel de Sarney na redemocratização…

Jornalista e ativista político, Márcio Jerry – que atuava no movimento estudantil em 1984 – afirma que o ex-presidente foi um dos articuladores contra a emenda Dante de Oliveira, que deveria estabelecer as eleições diretas para presidente já em 1985

 

SARNEY COM OS MILITARES NA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA. Versões de uma história de 40 anos no Brasil

História

Em postagem nas redes sociais, o deputado federal e presidente regional do PCdoB, Márcio Jerry, minimizou o papel do ex-presidente José Sarney (MDB) no processo de redemocratização do país.

  • para Márcio Jerry, os atores principais foram “Ulisses Guimaraes, Leonel Brizola, Lula, Franco Montoro, Miguel Arraes e Tancredo Neves”;
  • Sarney, segundo o parlamentar foi contra a emenda Dante de Oliveira, das “Diretas Já”, mas se beneficiou do processo chegando à presidência.

“Entre os que trabalhavam pela derrota da emenda estava o então senador José Sarney, que menos de um ano seria empossado presidente, após eleição da chapa liderada por Tancredo Neves no Colégio Eleitoral”, afirmou Márcio Jerry.(Leia aqui)

O senador José Sarney está sendo homenageado nesta terça-feira, 18, no Congresso Nacional, pela sua importância histórica no processo de redemocratização; o tema já foi abordado neste blog Marco Aurélio d’Eça, no post “O março da redemocratização é o mesmo do golpe militar…”.

.”Mas para Márcio Jerry, a liderança de Ulisses Guimarães e a força das mobilizações em todo o país foram fundamentais para a eleição de Tancredo Neves.

“Como militante do movimento estudantil secundarista participei ativamente da campanha das diretas; e depois do comitê em apoio a Tancredo Neves no Colégio Eleitoral. Com luta restabelecemos a democracia e com luta hoje a mantemos viva e cada vez mais forte”, afirmou o parlamentar comunista.

Entre as autoras da proposta de homenagem a Sarney no Congresso Nacional está a senadora Eliziane Gama (PSD)…

“Sarney 9.4: a política brasileira nunca precisou tanto”, diz articulista

João Carlos Silva, do Diário do Poder, lembra os 40 anos da redemocratização brasileira – a serem completados em 15 de março – fala de sua importância histórica e ainda tem espaço para falar do Chicobol, lendário espaço de lazer e cultura capitaneado por Chiquinho Escórcio

 

NO EIXO DA DEMOCRACIA. Sarney travou uma solitária batalha para conciliar os interesses dos militares e a necessidade premente de eleições diretas no Brasil

O articulista João Carlos Silva, do portal Diário do Poder, lembrou em artigo publicado na última quinta-feira, 27, a importância do ex-presidente José Sarney (MDB) para a história política e para o momento atual do Brasil; para o jornalista, o Brasil nunca precisou tanto de Sarney e de sua sabedoria.

“Na política, vale sua direção. É através dela que o Brasil vai entender seu futuro. Nesses 40 anos de redemocratização, José Sarney lá está aos 94 iluminados”, destacou João Carlos. (Leia a íntegra aqui)

  • Sarney foi o primeiro presidente civil após 20 anos de ditadura militar;
  • ele conduziu a história para garantir a primeira eleição direta, em 1989.

No último sábado, 21, este blog Marco Aurélio d’Eça publicou artigo do próprio Sarney, em que ele faz um alerta sobre o momento político vivido na atualidade.

“Escrevo sobre a divisão que vemos hoje no Brasil: a casa está dividida, justamente pelo ódio que perpassa pela política brasileira. E uma casa dividida não prospera. Disso já sabemos nós, cristãos”, destacou o ex-presidente. O jornalista do Diário do Poder completa: “Era um tempo de outro Brasil. Nada como ler e conhecer história”.

No artigo, o jornalista lembra do Chicobol, espaço de cultura, lazer e esporte capitaneado pelo ex-senador Chiquinho Escórcio (MDB) um dos mais antigos e leais aliados do ex-presidente. O  Chicobol é frequentado pelas principais figuras do poder em Brasília.

“O mundo político brasileiro lá se reúne para ouvir ” causos ” de Francisco Escorcio , o Chiquinho. O lugar está no Google. Virou referência nacional. Francisco Escorcio foi tudo na vida pública. Muito querido por todos. Ele conhece José Sarney como ninguém. No Chicobol toda enciclopédia se completa pela trajetória da vida democrática brasileira. Sarney está incluso em todas suas páginas. Nesses momentos de polarização, suas palavras enriquecem conciliações. Precisamos disso. Seus 94 anos muito nos importa”, ressaltou.

No momento de reafirmação da democracia e na luta contra o ressurgimento de golpistas, as homenagens pelos 40 anos de redemocratização tornam Sarney essencial neste momento político. “A política brasileira nunca precisou tanto como agora. E José Sarney com seus 9.4 está aí para ajudar o navio não entrar em águas turbulentas”.

O aniversário da redemocratização deve ser comemorado no Congresso Nacional em 15 de março…

Após encontro com Eliziane, Sarney ensina: “o ódio alimenta o ódio”…

Ex-presidente da República faz um alerta aos políticos brasileiros – maranhenses incluídos – sobre a necessidade de se repensar as relações com adversários; e afirma: “casa dividida não prospera”

 

HORA DE ARRUMAR A CASA. Brandão em passeio com Sarney pelo Palácio dos Leões: “casa dividida não prospera”, alerta ex-presidente

Prestes a completar 4o anos desde a sua ascensão à presidência da República, ato que encerrou a ditadura militar no Brasil, o ex-presidente José Sarney (MDB) escreveu nesta sexta-feira, 21, uma exortação à paz na política; ao criticar o clima de ódio que domina a política no Brasil – Maranhão incluído – Sarney lembrou que “o ódio alimenta o ódio”.

  • curiosamente, o artigo do ex-presidente foi escrito dois dias depois de ele receber em sua residência de Brasília, a senadora Eliziane Gama (PSD);
  • no Maranhão, Eliziane tem sido uma das mais efetivas defensoras da unidade dos grupos do governador Carlos Brandão (PSB) e do ministro Flávio Dino.

“Também resultado desse mal, escrevo sobre a divisão que vemos hoje no Brasil: a casa está dividida, justamente pelo ódio que perpassa pela política brasileira. E uma casa dividida não prospera. Disso já sabemos nós, cristãos”, ensina Sarney.

O ex-presidente direcionou o artigo à política brasileira – à divisão ideológica radical resultante do surgimento do bolsonarismo, que foi abraçado pela extrema direita a partir de 2018 – mas pode ser usada também na política maranhense, hoje protagonizada pela guerra fratricida entre dinistas e brandonistas.

Sobretudo pelo fato de o artigo ter sido publicado após a visita de Eliziane; a senadora já esteve com o governador Carlos Brandão e com o vice-governador  Felipe Camarão (PT) em busca da paz entre os dinistas e brandonistas. (Relembre aqui e aqui)

  • Sarney ressalta que sempre teve adversários políticos, mas nunca os considerou inimigos;
  • o ex-presidente pregou que, hoje, no Brasil, o ódio existe de lado a lado “e deve acabar”.

“O ódio hoje é real. E deve acabar. Ele é a semente que desponta como o instrumento de divisão não só dos políticos, como do povo brasileiro. Não é difícil encontrarmos dentro das famílias discussões acaloradas e situações difíceis em que as posições são dogmáticas”, pregou José Sarney.

O artigo do ex-presidente foi publicado em diversos jornais, portais e sites do país.

Leia a íntegra abaixo:

Eu, muitas vezes, em entrevistas, artigos, disse que, ao longo da vida, nunca tive capacidade de sentir ódio. E isso considero que me fez e faz muito bem. O ódio traz como consequência maior o ressentimento, e este, a amargura, que faz muito mal a nós próprios e deforma o nosso modo de viver.

Conheci um homem que tinha uma alma pura, o deputado Djalma Marinho. Era uma figura muito conhecida e respeitada na Câmara dos Deputados. Foi candidato a presidente da Casa. Perdeu. Eu e o deputado Nelson Marchezan fomos a sua casa prestar-lhe solidariedade. Com o meu jeito de não cultivar sentimentos negativos, disse-lhe: “Djalma, não guarde ressentimentos.” Ele me respondeu: “Sarney, eu não guardei dinheiro na vida, que é coisa boa, lá vou guardar ódio e ressentimento, que não prestam para nada?”. Foi ele que, depois, na comissão que presidia, recusou-se a cumprir uma ordem do governo para processar o deputado Moreira Alves, em 1968, quando o país estava sob as normas do AI-5. Renunciou ao cargo de presidente e, repetindo o espanhol Calderón de La Barca, marcou a Casa com a célebre frase: “Ao rei tudo, menos a honra”.

Mas quero falar também das consequências do ódio, que muitos escritores registraram na literatura, como Tolstói, cuja personagem feminina vai ao suicídio sucumbida pelo ódio; Dostoiévski, com o alerta de que “o ódio alimenta o ódio”; Shakespeare, com o seu Otelo, o Mouro de Veneza, cujo ciúme o leva a matar sua fiel esposa, Desdêmona, um destino de ódio construído pelo relato falso de infidelidade por Iago, um suboficial preterido numa promoção.

Também resultado desse mal, escrevo sobre a divisão que vemos hoje no Brasil: a casa está dividida, justamente pelo ódio que perpassa pela política brasileira. E uma casa dividida não prospera. Disso já sabemos nós, cristãos.

Na política brasileira, eu, que por mais de meio século a acompanho como espectador, interlocutor, participante e até como protagonista, nunca vi uma época em que os homens se dividissem entre uns adeptos do diabo e outros, de Deus. De tal modo que a luta política extravasou para um nível em que uns são conduzidos à salvação e outros, condenados à perdição.

Eu, pessoalmente, sempre tive adversários. E a estes nunca considerei inimigos. Essa concepção de adversários como inimigos foi proposta por Carl Schmitt, jurista oficial do Terceiro Reich, para quem a política era uma guerra, na qual devíamos eliminar os contrários e levá-los até a morte — como ocorreu na Alemanha com a morte de milhões de judeus. O ódio ao inimigo também justificou, logo depois da Revolução Russa, a violência e crueldade dos comunistas aos milhões de perseguidos e eliminados. O exemplo simbólico e maior na Rússia talvez tenha sido o fuzilamento da família inteira do Czar Nicolau II, que hoje pela Igreja Oriental foi considerado santo.

Eu era deputado no Rio de Janeiro quando ouvi Carlos Lacerda, o maior orador a que assisti no parlamento, defender-se — no processo que moveram contra ele por ter divulgado um telegrama secreto, que envolvia o Jango e o Peron, num tempo em que os discursos tinham títulos, a que chamou de A corrida dos touros embolados — daqueles que o acusavam de uma maneira odienta, retrucando com a seguinte denúncia: “Aqui até o ódio é fingido”.

Não é o que ocorre hoje no Brasil. Situação repelida por todos nós. O ódio hoje é real. E deve acabar. Ele é a semente que desponta como o instrumento de divisão não só dos políticos, como do povo brasileiro. Não é difícil encontrarmos dentro das famílias discussões acaloradas e situações difíceis em que as posições são dogmáticas.

O ódio leva até ao que está sendo apurado no processo sobre a inacreditável proposta de assassinato, a ser cumprido nas figuras do presidente e do vice-presidente e de um ministro do Supremo Tribunal Federal. O caso segue o devido processo legal — somos um Estado de Direito — no Supremo e depois, tudo devidamente apurado, haverá a punição prevista na lei dos responsáveis.

O ódio é danoso, cruel, indigno, divisionista. Por julgá-lo assim, quero vê-lo extirpado do nosso país. Sou partidário do diálogo, de ver o próximo como objeto de convergência e não da divergência. Por tudo isso e mais, não há palavras suficientes que definam o mal que o ódio produz. Somos irmãos e como irmãos devemos viver em paz. Que os dirigentes e líderes do país viajem por outros caminhos que não este, o do ódio. Por isso, só me cabe encerrar dizendo: Ódio não!

José Sarney recebe Eliziane Gama, com quem dialoga sobre redemocratização…

Ex-presidente completará em março 4o anos de sua chegada ao comando do país, após período de ditadura militar; conversa com a senadora se dá em momento de reforço da democracia no país

 

BEBENDO NA FONTE. Eliziane Gama e José Sarney tornaram-se grandes amigos após período de aposentadoria política do ex-presidente

O ex-presidente da República José Sarney (MDB) recebeu nesta quarta-feira, 19, a senadora Eliziane Gama (PSD); os dois conversaram sobre o processo de redemocratização do país e os 40 anos da posse de Sarney, dando fim à ditadura militar. 

Acompanhou Eliziane o irmão, Eliel Gama, presidente do Ibmec-MA.

  • Sarney chegou à presidência em março de 1985, após 20 anos de ditadura militar;
  • o encontro entre os dois se dá em meio ao debate sobre os riscos de novo golpe no país.

“Conversamos sobre conjuntura política e sobre o futuro do nosso estado. A visita acontece há menos de um mês de completarmos 40 anos desde que Sarney assumiu a presidência do Brasil, passando a ser o primeiro governante civil depois de 20 anos de ditadura militar”, ressaltou a senadora.

Eliziane Gama tem estado bem mais próxima de Sarney desde que se elegeu senadora, em 2018; o ex-presidente sempre admirou sua trajetória política, desde quando ela chegou à Assembleia em 2006.

Em julho de 2024, a senadora e o ex-presidente  chegaram a conversar sobre uma eventual candidatura dela à presidência do Sendo o que não se confirmou; esta reunião foi registrada neste blog Marco Aurélio d’Eça, no post “As articulações de Eliziane Gama e José Sarney…”.

O Congresso Nacional e a Presidência da República preparam uma série de atos para festejar os 4o anos da redemocratização.

Que se dá em meio ao combate contra os fantasmas do golpe militar.

Que insistem em vaga pelo país…

Pedro Lucas vai propor à Câmara Federal medalha a José Sarney…

Parlamentar maranhense entende que a Casa deve reconhecer a história política do ex-presidente da República, um dos políticos mais influentes nos o século XX e XXI da história do Brasil

 

RECONHECIMENTO HISTÓRICO. Ao lado do pai Pedro Fernandes, Pedro Lucas esteve com José Sarney, a quem vai homenagear com medalha na Câmara Federal

O deputado federal Pedro Lucas Fernandes (União Brasil) anunciou nesta terça-feira, 4, que vai propor à Câmara Federal a outorga da Medalha do Mérito Legislativo ao ex-presidente da República José Sarney (MDB).

Acompanhado do pai Pedro Fernandes, prefeito de Arame, o parlamentar esteve com o próprio Sarney, para comunicar a decisão. 

“Hoje, ao lado do prefeito Pedro Fernandes, tive a honra de visitar o ex-presidente José Sarney para um produtivo diálogo sobre a política nacional e maranhense. Sarney é um homem ativo da política brasileira, que merece todo reconhecimento pelo seu trabalho, por isso, em breve iremos homenageá-lo com a Medalha do Mérito Legislativo, maior honraria da Câmara dos Deputados”, revelou o deputado.

Presidente da República no período pós-Ditadura, Sarney foi responsável pela redemocratização do Brasil; e passou a conduzir a política, no Maranhão e no Brasil, nos últimos 60 anos, mantendo-se influente ainda hoje, do alto dos seus 94 anos.

Pedro Lucas foi eleito neste fim de semana líder do União Brasil na  Câmara dos Deputados… 

A operação José Sarney…

Em Brasília, ex-presidente vai acompanhar as últimas articulações pelo Senado, mas vai tratar com Lula também sobre a base no Maranhão

MISSÃO DE PAZ. Sarney deve dizer a Lula que apenas o próprio presidente pode reunificar brandonistas e dinistas

O ex-presidente José Sarney (MDB) desembarcou em Brasília esta semana para uma tradição política e uma missão de paz.

  • a tradição é acompanhar – e, se possível, se envolver – na eleição para a presidência do Senado;
  • a missão de paz tem a ver com as dificuldades de pacificação na base do governo Brandão.

Por mais que ambos os lados já admitam reunificar o grupo para as eleições de 2026, o nível de desconfiança entre dinistas e brandonistas é tamanho que inviabiliza qualquer movimento.

  • o grupo de Brandão – notadamente seus familiares – continua a achar que o vice-governador Felipe Camarão (PT) se movimenta muito afoitamente;
  • Já os dinistas – sobretudo a base de deputados federais e estaduais – cobram de Brandão um gesto concreto de apoio ao vice-governador do PT.

Sarney deve dizer diretamente ao presidente Lula (PT) que é preciso uma intervenção direta do Palácio do Planalto para garantir a unidade no Maranhão 

Mas há um porém…

Entre os sarneysistas, há quem veja na guerra entre dinistas e brandonistas a tempestade perfeita para uma volta do grupo em 2026.

Mas esta é uma outra história…

Todos em volta de Marcus Brandão….

Presidente estadual do MDB recebe manifestações de apoio das principais lideranças do MDB e do grupo do governador Carlos Brandão, ressalt5ando seu papel de homem-forte do Maranhão

 

ELOGIO DE PESO. Sob olhares de emedebistas, amigos e familiares do homenageado, Sarney destaca o papel de Marcus Brandão no atual momento político do estado

Do ex-presidente José Sarney ao deputado estadual Ricardo Arruda, todas as lideranças do MDB maranhense que discursaram nesta segunda-feira, 2, no encontro de prefeitos e lideranças do partido exortaram o poder do presidente estadual da legenda, Marcus Brandão.

  • a figura de Marcus Brandão no MDB se confunde com a do próprio governador Carlos Brandão, ainda no PSB;
  • todas as citações das lideranças puseram o presidente emedebista como uma espécie de alter-ego do governador.

Agradecer, acima de tudo, o apoio do Marcus Brandão. Mas acima de tudo, do governador  Carlos Brandão. Em nenhum momento me arrependi de termos convidado  Marcus para comandar o nosso partido. Ele vestiu a camisa do MDB e é disso que estamos precisando”, declarou a deputada federal Roseana  Sarney, que disse ter orgulho de tê-lo à frente da legenda.

Marcus é esse alicerce, esse amigo certo de todas as horas. Orgulham-se, saiam daqui orgulhosos, por que vocês estão hoje num grande partido. Marcus Brandão é igual ao nosso governador. Todo mundo gosta desconversar com ele, por que ele tem aquela palavra amiga. Ele é igual ao nosso governador: só briga com nosso governador quem quer brigar. Ele é um pacificador”, completou a presidente da Assembleia, Iracema Vale.

AMIGO DAS HORAS. Iracema destaca papel do seu diretor em sua articulação política

Todo-poderoso no MDB, na  Assembleia e no governo, Marcus Brandão tem sido visto por dissidentes e insurgentes como o ponto de dissensão entre a base do chamado dinismo e o governador.

Para os aliados mais próximos, no entanto, sua performance parece estar de acordo com o projeto governista.

E todos estão à sua volta…

Eliziane avança forte à presidência do Senado…

Com apoio aberto do ex-presidente José Sarney, muito próxima da primeira-dama Janja Lula e em articulação com o vice-presidente Geraldo Alckimin, senadora maranhense começa a incomodar o principal adversário, Davi Alcolumbre, que enfrenta rejeição nas bancadas do PP, do PL e do Republicanos

 

Eliziane Gama com Geraldo Alckmin: pauta oficial e conversa sobre a presidência do Senado

A senadora Eliziane Gama (PSD) esteve na semana que passou com o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB); a pauta oficial da reunião foi a instalação da ZPE de Bacabeira, mas o encontro descambou para a sucessão na presidência do Senado Federal.

A senadora maranhense é uma das candidatas que avançam forte para suceder o atual presidente Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

  • ela tem o apoio aberto e entusiasmado do ex-presidente José Sarney, que influencia pelo menos 11 senadores emedebistas;
  • muito próxima da primeira-dama Janja Lula, Eliziane articula com ela apoio na bancada feminina e entre governadoras;
  • a senadora maranhense tem recebido apoio estrutural do presidente do PSD, Gilberto Kassab, para percorrer os estados.

Eliziane tem o apoio do ex-presidente José Sarney, que tem aberto portas importantes para ela em Brasília

Além da articulação política feita por Eliziane na base do governo Lula (PT), ela tem uma vantagem adicional contra o senador Davi Alcolumbre (UB-AP), preferido de Pacheco: o senador amapaense enfrenta fortes resistências nas bancadas do PP, do PL e do Republicanas mais alinhadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). (Leia aqui)

Nesta sábado, este blog Marco Aurélio d’Eça alcançou a senadora em mais uma reunião de articulação.

Ela se prepara para visitar senadores em seus estados, com apoio do comando do PSD, e em parceria com a senadora Soraya Thronicke  (Podemos-MS), que também tenta se viabilizar.

Quando retornar de sua licença do Senado – provavelmente após as eleições municipais – Eliziane pretende mostrar aos aliados a viabilização de sua candidatura à presidência do Senado.

E a partir daí será com eles o complemento do projeto…

De como Brandão operou com Lula e Sarney pelos Lençóis Maranhenses na Unesco

Beleza natural do parque maranhense e o empenho do próprio governador fortaleceram a candidatura a patrimônio natural da humanidade, mas o apoio significativo do presidente e do ex-presidente ajudaram a fortalecer a proposta na entidade ligada à ONU

 

Os Lençóis Maranhenses são, oficialmente, Patrimônio Natural da Humanidade, título outorgado pela Unesco

O governador Carlos Brandão (PSB) almoçou em uma tarde de fevereiro de 2023, em Paris, ao som de La Vi en Rose, canção de Édith Piaf interpretada pela maranhense Anna Torres; com ele à mesa estava ninguém menos que e o então presidente da Conferência-Geral do Fundo das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), embaixador Santiago Irazabal Mourão.

Naquele almoço, Brandão entregou a Irazabal as versões em inglês e em francês de duas cartas:

  • uma delas tinha a assinatura do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (PT);
  • a outra era de ninguém menos que o ex-presidente José Sarney, colega do embaixador.

Os dois documentos tinham o mesmo objetivo: defender a candidatura do Parque dos Lençóis Maranhenses ao título de Patrimônio Natural da Humanidade, o que foi confirmado nesta sexta-feira, 25, em Nova Délhi, na Índia.

É de se respeitar o empenho do governador maranhense desde que os Lençóis Maranhenses passaram a figurar como potencial patrimônio da Humanidade pela Unesco; Brandão trabalhou politicamente desde o início para mostrar ao mundo que o parque está pronto para servir a partir de Barreirinhas, no Maranhão.

Mas sua articulação com Lula e Sarney teve papel importante neste processo.

Lula – que, na condição de presidente, assinou a carta por serem os lençóis os únicos candidatos do Brasil – é ninguém menos que um dos mais populares chefes de estado no mundo; E Sarney é simplesmente Sarney, intelectual de renome mundial, que esteve na presidência da República quando Santiago Irazabal Mourão iniciava sua carreira de embaixador.

E assim, com detalhes de bastidores como estes, o Maranhão ganha o terceiro patrimônio da Unesco…

Imagens do dia: as articulações de Eliziane Gama e José Sarney…

Candidata declarada à presidência do Senado Federal, senadora maranhense tem-se aproximado do ex-presidente da República, que tem forte influências nos corredores de Brasília, no MDB e no governo Lula (PT) e interesse direto em evitar a volta do senador Davi Alcolumbre ao comando da Casa

 

As duas imagens que ilustram este post têm apenas dois dias de diferença entre elas.

A primeira foi tirada no sábado, 13, no ato de filiação do ex-senador Chiquinho Escórcio ao MDB; a outra é desta segunda-feira, 15, de uma visita da senadora Eliziane Gama (PSD) ao ex-presidente da República José Sarney (MDB).

  • Eliziane declarou oficialmente a este blog Marco Aurélio d’Eça, no sábado, a candidatura à presidência do Senado;
  • a senadora maranhense tem a preferência da cúpula do PSD e da maioria da bancada feminina no Senado;
  • Sarney tem prestígio na bancada do MDB e forte influência em setores do governo Lula e do PT.

Eliziane se movimenta desde janeiro de 2023 em busca de viabilização para concorrer ao comando do Senado, como registrou este blog Marco Aurélio d’Eça no post “A faixa própria que Eliziane Gama constrói para 2026…”.

Ela sabe que joga contra poderosos do Senado e da Câmara, mas sabe também que se tiver o apoio do MDB, de Sarney, e do PT do presidente Lula, garante meio caminho para a vitória.

Garantindo ao Maranhão a primeira mulher a presidir o Senado em 200 anos de história…