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SMTT e SSP firmaram desde agosto compromisso para interligar ônibus ao Ciops

Por iniciativa do vereador Álvaro Pires, o secretário de Transporte Diego Rodrigues e o secretário de Segurança Maurício Ribeiro assinaram documento se comprometendo a interligar as câmeras com reconhecimento facial do sistema de bilhetagem eletrônica – dos ônibus e dos terminais – ao sistema integrado da Segurança Pública; cinco meses depois, mais um motorista morreu sem que tivesse monitoramento no veículo que dirigia

 

Documento assinado por Diego Rodrigues e Maurício Ribeiro teve Álvaro Pires como testemunha, mas nunca saiu das gavetas da SMTT ou da Sejusp

 

Análise da Notícia

Este blog Marco Aurélio d’Eça publicou em 8 de agosto de 2023 o post “Por indicação de Álvaro Pires, SMTT vai integrar sistema de bilhetagem eletrônica ao Ciops…”.

Tratava-se de uma iniciativa do vereador tucano para garantir mais segurança aos usuários e profissionais que atuam no transporte coletivo de São Luís, aproveitando a implantação do sistema de bilhetagem eletrônica, que ocorreria já naquela época, em todo o sistema controlado pela Prefeitura de São Luís.

 Uma vez que o Novo Sistema de Bilhetagem, que dispõe de câmeras com biometria facial, esteja interligado ao CIOPS, eu não tenho dúvidas que iremos coibir assaltos e demais crimes cometidos dentro do nosso transporte coletivo”, empolgou-se o vereador, à época, durante a reunião entre os dois secretários.

Ônibus e terminais de integração podem até dispor de câmeras internas de segurança; o problema é que elas não funcionam

Álvaro Pires tinha razão do entusiasmo; ele chegou a sugerir, inclusive, que os ônibus fossem numerados no teto, para facilitar a localização pelas câmeras do sistema de segurança; a imagem que ilustrou o post de agosto mostra claramente Diego Rodrigues e Maurício Ribeiro segurando o papel em que firmaram o compromisso.

Mas o tempo passou e nada foi efetivado pela gestão do prefeito Eduardo Braide (PSD) ou pelo governo Carlos Brandão (PSB).

O ônibus usado nesta segunda-feira, 22, pelo motorista Francisco Vale da Silva, 48, assassinado na Avenida dos Franceses, pertencia ao Transporte Metropolitano,  controlado pela Agência de Mobilidade Urbana do governo Brandão; estava com as câmeras sem funcionar, embora elas estivessem instaladas no veículo. (Leia aqui)

É mais uma prova de que , na maioria das vezes, durante as tragédias, só o que há é muito blablablá de autoridades…

Marco Aurélio D'Eça

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