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Caso Décio: se ninguém falar, a polícia também ignora…

Décio: assassinado em 23 de abril

Há mais de uma semana nenhuma informação oficial surge em relação ao assassinato do jornalista Décio Sá.

E se este blog nada fala, a polícia também faz de conta que não é com ela, já que boa parte da imprensa decidiu seguir sua determinação de sigilo.

Nem as audiências com as testemunhas, que estavam sendo repetidas uma a uma, continuaram.

Este blog apurou que muitos dos que seriam ouvidos simplesmente foram dispensados, “para outra data”.

No “cascavilhamento” diário de informações que este blog promove, apurou que tudo continua em banho-maria.

Uma coisa aqui outra ali, uma checagem de informação a mais… e só.

Nada que se possa, pelo menos, acreditar que de se estar no caminho certo.

O silêncio é o maior adversário da elucidação do caso…

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Quebra de sigilo telefônico no caso Décio…

Décio: várias ligações serão investigadas

Mais de 30 números de telefones já tiveram o sigilo quebrado pela Justiça, a pedido dos delegados que investigam a morte do jornalista Décio Sá.

A polícia acredita que, a sequência de ligações entre um número e outro, facilitará na percepção do provável esquema para o assassinato do jornalista.

Décio Sá fez e recebeu várias ligações nos dias que antecederam sua morte.

A polícia cruza as informações destes números para saber quem ligou para quem entre os que conversaram com Décio.

O objetivo é saber, por exemplo,  que relação há entre os que ligaram para o jornalista e outras que também constam da relação de ligações.

A polícia já conseguiu receber informações de algumas operadoras, mas outras mostram má-vontade no fornecimento dos dados.

Entre as ligações efetuadas e recebidas por Décio Sá no dia do crime, estão números de jornalistas, de colegas de redação, muitos de políticos e até de policiais e magistrados.

Mas o foco se dá naquelas ligações efetuadas entre as últimas três horas antes e três horas depois do crime.

Tanto as feitas e recebidas por Décio quanto as trocadas entre pessoas que, eventualmente, falaram com ele…

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Quebra do sigilo telefônico pode elucidar morte de Décio Sá…

Décio Sá: quse sempre ao telefone, como mostra imagem da Mirante

As ligações feitas e recebidas pelo jornalista Décio Sá no dia do seu assassinato – e nos dias anteriores ao crime – podem levar a polícia a desvendar o que o levou para a morte.

Como fontes em todo o Maranhão, Décio passava boa parrte do tempo de trabalho ao telefone, sempre colhendo informações ou trocando impressões com políticos, autoridades e outros jornalistas.

Em uma destas ligações pode estar a chave, ou pelo menos um indício, do que pode ter levado ao seu assassinato.

No dia do crime, Décio Sá chegou à redação do jornal O EstadoMaranhão por volta das 19 horas.  Em duas ocasiões, ele falou com alguém sobre alguma coisa  sobre uma mulher da qual tinha uma matéria a fazer. Perguntou se o interlocutor era ou não ligado a esta mulher.

Também falou com alguém que parecia querer sua presença. Ele respondeu que falaria “por telefone mesmo”.

O jornalista foi o último repórter da equipe de Política a deixar a redação, por volta das 22 horas – e usando o telefone, como mostram as imagens do sistema de segurança da empresa.

Sabe-se hoje que Décio conversou com três pessoas no intervalo entre a saída da redação e sua morte. 

O jornalista Luís Cardoso o convidou para um jantar no Restaurante Dona Maria, mas ele informou estar indo para o restaurante Estrela do Mar, onde se encontratria com alguém.

Já no local, foi alcançado pelo suplente de vereador Fábio Câmara, que o convidou para comer macarrão no Sushibar. Ele optou pela caranguejada do local onde estava.

O último a falar com Décio foi o vice-prefeito de Barra do Corda, Aristides Milhomem (PSD), exatamente na hora em que ele estava sendo alvejado.

– Eu estava falando com ele, quando ouvi zoada e ele parou de falar. Como não sabia o que ocorrera, liguei várias vezes, sem sucesso. Então liguei para Fábio Câmara e disse a ele que alguma coisa tinha acontecido com Décio – contou Aristides, ao titular deste blog, ainda na madrugada do crime.

É possível que Décio tenha falado com várias outras pessoas desde a saída da Mirante até o local do crime.

Estas conversas podem revelar muita coisa…