Month: setembro 2012

Weverton Rocha denunciou Castelo

O deputado federal Weverton Rocha (PDT) apresentou ontem à Câmara Federal discurso em que revela uma ação do Ministério Público Federal na Prefeitura de São Luís – nos moldes da realizada em Paço do Lumiar e que resultou na colocação de tornozeleiras de monitoramento em agentes públicos daquele município.

Segundo Weverton, a investigação do MPF também se dá no setor da Educação, e envolve algo como R$ 20 milhões.

– Já se sabe que, entre 2010 e 2012 não foram aplicados os recursos encaminhados pelo Governo Federal. O procedimento é o mesmo que ocorreu em Paço do Lumiar. Envolve o prefeito João Castelo (PSDB) e seus auxiliares do setor – disse o deputado.

O discurso de Weverton Rocha foi uma resposta a um panfleto que começou a ser distribuído nos finais de semana.

No material – que, segundo ele, fora confecionado pela campanha de Castelo – o pedetista aparece ao lado do candidato a prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PTC) e um texto mostra suas ações quando secretário de Juventude e de Esportes do governo Jackson Lago (PDT).

O panfleto diz também que o pedetista é escondido na campanha pelo próprio Edivaldo Holanda Júnior.

Além de cobrar um resultado prático das investigações do MPF nas contas da Prefeitura de São Luís, Weverton pretende denunciar o caso dos panfletos à Polícia Federal, como crime eleitoral.

– Nós temos provas suficientes da autoria criminosa do panfleto e vamos denunciar à Polícia Federal e à Justiça Federal – disse o parlamentar.

Weverton ocupa vaga na Câmara em substituição, primeiro a Holanda Júnior, depois a Pinto Itamaraty (PSDB), ambos de licença para assuntos particulares.

Os aliados da governadora Roseana Sarney (PMDB) ainda acreditam em uma arrancada de Washington Luiz (PT) nas eleições da capital maranhense.

Mas boa parte deles já discute sobre a conveniência política do apoio político no segundo turno – na eventualidade de uma disputa entre o prefeito João Castelo (PSDB) e o deputado federal Edivaldo Holanda Júnior (PTC).

Os defensores do apoio a Holandinha são hoje em maior número, sobretudo pela relação que mantêm com o pai homônimo do candidato.

Alguns pretendem declarar voto abertamente, outros ficarão apenas nos bastidores – ou apenas votarão e ponto.

No caso de Castelo, há emissários conversando, mas nada de forma mais ostensiva.

O prefeito aposta nos interesses eleitorais do rupo da governadora, em 2014, para buscar o apoio.

Castelo teve como secretário Ribamar Oliveira, da família que hoje doa para sua campanha

A revista Veja que está nas bancas traz esta semana matéria de duas páginas em que discorre sobre a relação que os candidatos a prefeito mantêm com outros políticos, com empresários e até com pessoas de vida duvidosa – e os riscos que isto pode trazer para o município com a eleição destas pessoas.

O texto joga luz sob uma importante faceta dos políticos.

Embora a maioria destes candidatos ainda  mostre contrangimento com as companhias, é fundamental para o eleitor saber que tipo de relação – e com quem – seu preferido mantém.

Washington: líder do PT alinhado à governadora Roseana Sarney

Nas eleições de São Luís, por exemplo, sabe-se que o prefeito João Castelo (PSDB) é tucano, tem como um dos articuladores da campanha o ex-governador José Reinaldo Tavares (PSB), que ver Flávio Dino (PCdoB) no Governo do Estado, mantém alianças com parte do PDT e recebeu doações do grupo empresarial liderado pelo empresário Roberto Albuquerque, que teve um membro da família – Ribamar Oliveira – na secretaria de Trânsito, logo no início do atual mandato castelista.

Holandinha tem Roberto Rocha como vice, Weverton e Othelino na base de apoio

Sabe-se também que Washington Luiz (PT) é vice-governador de Roseana Sarney (PMDB), tem o apoio de todos os partidos que compõem o grupo Sarney, e é da relação pessoal com o ex-presidente Lula e a atual, Dilma Rousseff (PT). No seu staff estão também o empresário Dimas Salustiano, ex-dono da faculdade São Luís, e o polêmico publicitário Erionaldson Castro, figura emblemática do PT.

De Holanda Júnior sabe-se que teve a candidatura assegurada pelo ex-deputado Flávio Dino (PCdoB) – como plataforma do próprio projeto para 2014 –  tem como vice o ex-sarneysista Roberto Rocha, é filho do também ex-sarnysista e ex-jackita Edivaldo Holanda e tem em sua base de apoio os ex-secretários Abdelaziz Santos e Julião Amin (ambos do PDT), o controverso deputado estadual Othelino Neto (PPS) e o deputado federal pedetista Weverton Rocha – que, inclusive, herdará a vaga de Holandinha na Câmara em caso de eleição.

Cabe aos adversários – e à imprensa – mostrar ao eleitor os traços pessoais e as alianças que os políticos tendam a manter obscuros.

Isto é legítimo e faz parte do processo democrático. E as revelações contadas na mídia e no horário eleitoral devem ser preservadas pela Justiça Eleitoral.

É com informações como estas que o eleitor embasará suas decisões eleitorais.

E evitará levar gato por lebre…

Da coluna Estado Maior, com edição

Agora na reta final da campanha, o candidatos à Prefietura de São Luís veem encurtadas as suas margens de mnobra e reduzido o tempo de que cada um dispõe para fazer a campanha no espaço mais cobiçado por todos: o horário eleitoral gratuito no rádio e na TV.

A partir de hoje, tanto os candidatos a prefeito quanto os aspirantes às 31 cadeiras da Câmara Municipal só terão mais uma dezena de programas – cinco ao meio-dia e cinco à noite.

Os candidatos a prefeito terão agora que redobrar seus esforços para convencer o eleitor de que são a melhor opção, ao mesmo tempo em que terão de monitorar seus concorentes, de modo a não permitir que eles lhe passem a perna, numa ciranda em que essas preocupações alcançam a todos.

O prefeito João Castelo (PSDB) vai dispor de 19 minutos para tentar, em 10 programas, reverter a tendência de queda e consolidar sua ida para o segundo turno. Edivaldo Holanda Júnior (PTC) disporá de pouco mais de 25 minutos para embalar a candidatura.

Washington Luiz (PT) terá aida 66 minutos para intensifuicar a apresentação das suas propostas e cativar o eleitorado. Na sequência, o ex-prefeito Tadeu Palácio (PP) terá 26 minutos. Eliziane Gama (PPS) terá 7 minutos, Haroldo Sabóia (PSOL) ontará com seis minutos, o mesmo tempo de Marcos Silva (PSTU) e Ednaldo Neves (PRTB), com diferenças mínimas de segundos.

Como se vê, agora é a hora do famoso “tudo ou nada”.