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Ecos de 2020: Brandão tenta adiar debate sucessório, mas aliados se movimentam freneticamente…

Interesse de diversos membros da base governista na disputa pela Prefeitura de São Luís só aumenta e pode criar um clima de instabilidade na relação política do Palácio dos Leões; esse clima levou ao erro cometido pelo então governador Flávio Dino e que resultou na derrota do grupo nas eleições de três anos atrás

 

Carlos Brandão na posse como governador: ele prefere esperar sobre debate em São Luís, mas seus aliados se movimentam em guerra surda na base

Ensaio

No início de janeiro, o blog Marco Aurélio d’Eça participou da coletiva de imprensa do governador Carlos Brandão (PSB) na solenidade de transmissão do cargo no Palácio dos Leões; e perguntou a ele sobre a sucessão municipal e o risco de divisão na base com vários candidatos.

Brandão respondeu que ainda não era época de debater a sucessão e que iria trabalhar para fortalecer as ações do governo, buscando a unidade na base e, no tempo certo, discutir a formação de uma candidatura que reúna todos em um só palanque.

De lá para cá, a movimentação de candidatos a prefeito na base do governo só aumentou.

Já são sete interessados, incluindo o ex-prefeito Edivaldo Júnior – a caminho do PV – que retomou à aliança liderada até 2022 pelo agora ministro da Justiça Flávio Dino.

São candidatos governistas à prefeitura os deputados federais Pedro Lucas Fernandes (União Brasil), Duarte Júnior (PSB) e Márcio Jerry (PCdoB), além do deputados estaduais Dr. Yglésio e Carlos Lula (ambos do PSB) e o vereador Paulo Victor (PCdoB), sem falar no próprio Edivaldo.

Não há dúvida de que as candidaturas acabam por canibalizar-se dentro da própria base na busca por espaços; e pode levar ao mesmo erro cometido pelo então governador Flávio Dino nas eleições de 2020, que resultou na derrota para Eduardo Braide (PSD).

Como político, Brandão tem bem mais experiência que Flávio Dino, e sabe a importância de se trabalhar, com força e peso político, um único nome para as disputas eleitorais, unindo toda a base.

Ele tem o nome de sua preferência e a força política para viabilizá-lo, como fez na Federação dos Municípios (Famem), com Ivo Rezende, e na Assembleia Legislativa, com Iracema Vale (PSB).

Esperar enquanto todos se movimentam freneticamente é um risco que pode reproduzir o cenário de 2020, a menos que Brandão já vislumbre também uma possibilidade de ignorar reeleição do próprio Eduardo Braide.

Mas esta é uma outra história…

Marco Aurélio D'Eça

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