Câmara Municipal

A Polícia Federal está há quase um ano investigando o delegado Pedro Meireles, acusado de envolvimento com a quadrilha de agiotas que mandou matar o jornalista Décio Sá.

O anúncio da abertura da investigação, divulgada sem citar o nome do delegado, foi feito no dia 26 de julho de 2012, mais de um mês depois de a quadrilha chefiada por Gláucio Alencar ter sido presa, quando vieram à tona as suspeitas contra Meireles. (Releia aqui)

Na sexta-feira passada, o superintendente da PF no Maranhão, Cristiano Sampaio, disse que  o caso ainda está em fase de apuração em sua superintendência.

– Existe um trabalho de apuração para que a gente possa definir responsabilidade, mas como o trabalho ainda está em curso, a Polícia Federal normalmente não fala das investigações em curso. Mas tão logo ela esteja concluída a Polícia Federal fará uma manifestação pública sobre isso – disse.

Prefeitos que depuseram à Justiça disseram ter sido vítimas de intimidação por parte do delegado da Polícia Federal.

Para fazer a investigação, a PF sequer afastou Meireles das funções. Ele continua atuando, no setor de combate a assalto a bancos.

Não há previsão de quando o inquérito contra ele seja concluído…

Uma intensa movimentação de bastidores está ocorrendo desde a sexta-feira passada entre vereadores de São Luís. A maioria quer deixar de realziar sessão legislativa nesta segunda-feria.

E se por preciso, e na quarta…

A tendência da Câmara é fechar as portas esta semana

Os vereadores não explicam os motivos que possam levar a Câmara a fechar as portas nesta semana, mas boa parte deles já decidiu que seguirá a orientação do comando da Casa.

Sem sessão, a Câmara não pode abrir discussões de comissões técnicas, muito menos de CPI.

Também não pode realizar manifgestações e nem receber represantes da sociedade organizada.

Mesmo assim, vereadores querem fechar as portas da Casa.

Até segunda ordem…

De acordo com o vereador Ricardo Diniz (PHS), a “suposta base de Edivaldo” não passa de especulação de Horonato Fernandes (PT), líder da base governista na Câmara Municipal de Vereadores.

O líder governista da Casa havia declarado que dos 31 vereadores, 25 declarariam apoio ao prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PTC).

A especulação seria real, se não fosse quase 100% da Casa contra o governo Edivaldo. Isto após o prefeito propor que os vereadores aceitem uma redução de R$ 500 mil nas emendas parlamentares já aprovadas dede 2012 e ainda sugerir que eles utilizem este dinheiro para pagamento dos SPs demitidos (reveja aqui).

E ainda há o fator de base alugada pelo prefeito na Câmara. Ainda nas últimas semanas do mês passado, o jornal O Estado Maranhão denunciou a tentativa de comprar vereadores para a base por meio do secretário de Articulação Política, Osmar Filho (PMDB).

Osmar estaria oferecendo a liberação de R$ 500 mil em emendas para o vereador que se declarar aliado de Holandinha.

Se corresponder às expectativas, de base aliada, será base alugada.

Coelho vai ter de apontar irregularidades à Câmara

O secretário de Abastecimento de São Luís, Marcelo Coelho (PSB), está encalacrado com a Câmara Municipal e com seus aliados na Prefeitura de São Luís.

Os vereadores membros de CPI instalada ontem deram dez dias para que ele aponte, com informações técnicas, todos os “vícios e irregularidades” que disse ter encontrado no programa – a ponto de determinar a sua suspensão em plena “Semana Santa”.

A afirmação gerou uma crise entre os aliados do prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PTC), uma vez que o “Bom Peixe” foi coordenado, até o final de 2012, por Júlio França, membro do PDT, principal partido da base de Holandinha.

Agora, Coelho –  indicado pelo vice-prefeito Roberto Rocha (PSB) – terá que provar a acusação que fez.

– Ele tem a responsabilidade de apontar [a fraude] porque partiu dele a denúncia – declarou o presidente da CPI, vereador Pedro Lucas Fernandes (PTB).

– Vamos apurar essas irregularidades apontadas pelo secretário e montar uma agenda de trabalho com metas e prazos. Temos 30 dias para colher as informações – completou o relator, Francisco Carvalho (PSL).

E agora, Marcelo Coelho???

Câmara: documentos serão base de suas ações

Cada vez mais isolado na Câmara Municipal de São Luís, o vereador Fábio Câmara (PMDN) pretende manter a mesma postura que caracterizou seu início de mandato.

Ele lamenta que parte dos vereadores, mesmo sem identificação com o prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PTC), tenha se alinhado à sua bancada.

– Manterei minha postura crítica em relação à administração de Edivaldo Júnior. E manterei por que sei que estarei com a verdade. E a verdade são os dados ruins deste governo. E contra a verdade, nem um batalhão consegue se impor – avaliou Câmara.

Em sua ediçãod e ontem, o jornal O EstadoMaranhão trouxe a informação de que 25 vereadores já haviam se declarado alinhados ao prefieto Edivaldo Júnior. Dos outros seis, ainda segundo a matéria, apenas Câmara deeria permanecer an oposição.

Na semana passada, este blog publicou dois textos – um deles baseado no mesmo jornal O EstadoMaranhão – apontando a tentativa de aliciamento de vereadores com oferta de liberação de R$ 500 mim em emendas.

A ação de cooptação dos vereadores foi confirmada pelos próprios articuladores da prefeitura: seu secretário de Articulação, Osmar Filho (PMDB), e o líder na Casa, Honorato Fernandes (PT).

Esta semana, a debandada começou…

Plenário da Câmara de São Luís: quase 50 mil por mês

Dede o ano passado, com a onda de reajustes e aumento no número de vereadores nas Câmaras Municipais, uma corrente de internet passou a pregar o fim do salário desta categoria de políticos.

O argumento do movimento é o de que o cargo de vereador deveria ser um dever público, como se fosse um trabalho voluntário.

A corrente pretende entregar agora um documento às autoridades brasileiras.

E alega que, apenas no Brasil, há salários para representantes populares.

Mas isso é uma mentira.

Em Nova York (EUA), um vereador recebe o equivalente a R$ 16 mil, ou sete vezes a remuneração de um assalariado médio. Na Câmara novaiorquina há 51 vereadores e, detalhe, não há a exigência de dedicação exclusiva.

Na Europa também é comum o pagamento de salário a vereadores. Em Paris e Londres, a remuneração varia de acordo com a a´rea em que o vereador atua, mas fica próxima ao salário médio de um francês, na casa dos R$ 5 mil.

Em Estocolmo, na Suécia, um vereador ganha uma ajuda de custo de cerca de R$ 350,00, o que representa 5% da renda mensal de um assalariado. Este valor pode subir a quase R$ 800,00 se o vereador fizer parte de um comitê.

Apenas na cidade do México os vereadores não recebem salários.

Lá, o mandato é de três anos, de forma honorária.

E sem nenhum tipo de remuneração…