Eleições 2016

Deputado estadual eleito e presidente municipal do partido reafirma condição de oposicionista em São Luís e reforça tese da candidatura própria

Wellington também prega contra infiéis

O deputado eleito Wellington do Curso, reiterou o posicionamento da deputada Eliziane Gama, que decidiu pedir que membros do PPS deixem os cargos ocupados na Prefeitura de São Luís – ou deixem o partido.

– O PPS tem uma linha bem definida para as próximas eleições: terá candidatura própria em 2016. Portanto, concordo com Eliziane – afirmou Wellington.

O deputado eleito tem sido o principal aliado da colega Eliziane Gama no PPS, e também sonha com uma candidatura a prefeito, caso ela desista da disputa.

Batista: resposta e ironia

Em entrevista ao jornal O EstadoMaranhão, o secretário municipal de Comunicação, Batista Matos, principal alvo do posicionamento de Eliziane, criticou a postura da parlamentar, de expor as decisões partidárias.

E ironizou, diante de sua atual condição de trabalho:

– Estou tão preocupado com a responsabilidade que o cargo exige e em dar respostas à cidade, que não tenho tempo para ficar batendo boca pela imprensa.

A crise no PPS tem a ver com a disputa eleitoral de 2016…

O movimento do deputado federal Gastão Vieira – que anunciou a possibilidade de deixar o PMDB – tem um objetivo de curto prazo: ele pretende disputar as eleições de São Luís, em 2016.

Gastão: projeto para 2016

Exatamente por isso, ele procura novo partido.

No PMDB, o parlamentar terá que disputar espaços com outras lideranças, como a própria ex-governadora Roseana Sarney, o senador Lobão Filho, os deputados Ricardo Murad e Roberto Costa.

Gastão quer um partido que ele possa ter o controle, que possa montar diretórios em todo o estado, e que possa abrigar os seus prefeitos aliados.

E,  principalmente, que lhe garanta legenda para disputar a Prefeitura de São Luís.

É aguardar e conferir…

Com menos ou maior intensidade, os partidos maranhenses já trabalham com a perspectiva voltada para as eleições de 2016, a começar por São Luís. Alguns movimentos:

PMDB – O partido ainda não tem nomes para a disputa em São Luís. A ex-governadora Roseana Sarney, o senador Lobão Filho, os deputados Gastão Vieira, Ricardo Murad, Roberto Costa e o vereador Fábio Câmara são algumas das opções. O ex-prefeito Luis Fernando Silva ainda está na legenda, mas deve deixá-la.

PT – O PT também saiu do processo eleitoral de 2014 sem perspectiva de candidatura em 2016. Dois nomes no partido se manifestam interessados na disputa: o deputado federal José Carlos da Caixa e o suplente4 de deptuado estadual Yglesio Moyses. Mas as principais correntes partidárias querem o PT atrelado a um ou outro partido nas eleições ludovicenses. E ensaia apoio ao prefeito Edivaldo Júnior (PTC).

PSDB – Os tucanos de São Luís terão que se decidir entre o apoio ao prefeito Edivaldo Júnior, da base do governo Flávio Dino (PSDB), ou ter uma candidatura própria. O principal nome, Neto Evangelista, foi tirado da disputa pelo próprio Dino, em troca da Secretaria de Desenvolvimento Social.

PSB – O partido do senador Roberto Rocha pretende seguir em faixa própria nas eleições de 2016. Tem dois nomes como opções, a deputada Eliziane Gama e o ex-prefeito Luis Fernando Silva, que podem, inclusive, entrar na legenda. Mas Rocha terá que neutralizar a força dos Tavares – Marcelo e José Reinaldo – para ter o controle do partido.

PPS – É o partido da principal candidata em São Luís, a deputada Eliziane Gama, que lidera as pesquisas. Ela, no entanto, tem pouco controle da legenda, que tem vários membros empregados na gestão de Edivaldo Júnior. Eliziane pode tanto se manter no PPS, enquadrando os infiéis, como trocar de partido para viabilizar candidatura.

Da coluna Estado Maior, de O EstadoMaranhão

Luis Fernando é quadro para 2016

O ex-prefeito de São José de Ribamar, Luis Fernando Silva (ainda no PMDB), pode ter como opção partidária para 2016 o PSB, do senador eleito Roberto Rocha.

Ex-pré-candidato a governador,  o peemedebista deve, inclusive, atuar como consultor de Rocha no Senado.

O ex-prefeito tem a opção de disputar as prefeituras de São Luís ou de São José de Ribamar.

Tudo dependerá das articulações políticas com seus aliados em uma e na outra cidade.

Mas partido, ele certamente terá.

De uma forma ou de outra…

Wellington: no debate sucessório

O deputado estadual eleito Wellington do Curso (PPS), tem um compromisso público com a deputada Eliziane Gama (PPS).

– Se a deputada Eliziane for a candidata do PPS, eu a apoiarei, sem problemas.

Mas, se Eliziane recuar, ou deixar o partido, Wellington não pensará duas vezes:

– Aí, neste caso, serei candidato a prefeito pelo PPS.

Mas, se o PPS não lhe der legenda para a disputa, ele também não tem dúvida.

– Busco outro partido, mas me candidatarei a prefeito.

Wellington do Curso, o jovem empresário bem sucedido que chegou à Política com a mesma independência com a qual construiu seus negócios, deixa claro como será sua vida pública.

E entra definitivamente no jogo da sucessão…

Flávio Dino (PCdoB) foi eleito e tomou posse como governador. Assim retomam-se as discussões sobre os apoios e as sucessões municipais no Maranhão.

Em Imperatriz, o nome já teria sido acordado entre Dino e Sebastião Madeira antes mesmo das eleições acontecerem (reveja aqui).

Agora resta saber o nome do “ungido”…