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“Quem não pode com o pote não pega na rodilha…”

Lideranças políticas ouvidas por este blog Marco Aurélio d'Eça sobre as idas e vindas na relação entre o governador Carlos Brandão e o grupo do ex-governador Flávio Dino apontaram que a exoneração do vice Felipe Camarão da Seduc - depois cancelada - encerrou o atual governo

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Roberto Rocha opina: “sem Brandão nenhum aliado de Flávio Dino se reelege”

Ex-senador comentou postagem deste blog Marco Aurélio d’Eça – que mostra a tomada de controle da sucessão estadual pelo governador – e analisa que esta situação levará o agora ministro do STF a renunciar para ser ele próprio, o candidato do PT ao governo em 2026

 

Para Roberto Rocha, a decisão de Brandão de ter o comando da sucessão levará Flávio Dino a renunciar no Supremo para disputar em 26

Como sempre ocorre com as postagens deste blog Marco Aurélio d’Eça – que influenciam diretamente os círculos do poder no Maranhão – o mesmo ocorreu com a postagem “De como  Brandão agora controla o jogo da sucessão em 2026”, com forte rebuliço entre as lideranças estaduais.

Um dos comentários mais contundentes foi feito pelo ex-senador Roberto Rocha; ele reconhece a força do Palácio dos Leões – que “comanda, mas não controla, a sucessão no Maranhão desde sempre” –  e diz que sem o apoio do governador, os remanescentes do dinismo estarão todos fora do poder a partir de 26.

Com Brandão no comando dos Leões na campanha de 2026, e com o apoio do Sarney, significa que estarão rompidos [ele e Flávio Dino]. Neste caso, nenhum aliado de Flávio Dino se reelege. Nenhum!”, enfatiza o ex-senador.

Roberto Rocha já anunciou – inclusive neste blog Marco Aurélio d’Eça – que será candidato novamente em 2026, ao Senado ou ao governo.

Nesta condição, avalia que “a relação doentia de Flávio Dino como poder” o levará a renunciar ao cargo no Supremo Tribunal Federal para ser novamente candidato a governador, já em 2026.

[Ele] devolve o cargo a Lula, que negociará com o Senado para indicar o novo presidente, mas desta vez dele (leia-se: Jaques Wagner do PT), e daria o cargo de ministro do STF ao atual senador Rodrigo Pacheco”, prevê Roberto Rocha.

Na avaliação do senador, Dino seria candidato pelo próprio PT, neutralizando os acenos do próprio Brandão ao presidente Lula e tendo o Governo Federal contra o poderio do Palácio dos Leões.

“Pois sabe que disputar sem as ‘jubas dos leões’, pelo contrário, contra, é água pra navio. Ainda mas sendo Sarney o ‘dono do mar’”, conclui, ironizando a retomada da relação de Brandão com o grupo do ex-presidente.

E esta, sim, é uma avaliação para se aguardar e conferir…

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De como Brandão agora controla o jogo da sucessão em 2026…

Com o poderoso cacife do controle da máquina do Palácio dos Leões, governador vem ocupando cada vez mais espaços de poder e dando as cartas na mesa de negociações para formação da chapa que vai disputar governo e Senado

 

Os dinistas gabam-se de terem vencido os leões do Palácio em 2014, mas reconhecem as circunstâncias da época; em 2026 podem tirar a teima

Ensaio

Até o início deste 2024, nenhum analista político – este blog Marco Aurélio d’Eça incluído – acreditava que o governador Carlos Brandão (PSB) alcançasse as condições para controlar a própria sucessão em 2026.

Aqui mesmo neste portal foram diversos os posts apontando um Brandão encurralado pelas forças que o elegeram e sem aliados de peso para impor seu pensamento:

Mas todas estas análises partiam do princípio de que seria o agora ministro do Supremo Tribunal Federal Flávio Dino – onde ele estivesse – quem daria as cartas na sucessão, emparedando o governador e forçando-o a seguir seu plano hegemônico. (Entenda aqui, aqui, aqui, aqui  e aqui)

Essa história começou a mudar a partir de maio, quando Brnadão alcançou as condições para conduzir o processo político que desembocaria no projeto eleitoral, o que foi registrado neste blog Marco Aurélio d’Eça sob o titulo “De como Brandão tenta criar canal próprio de articulação com Lula…”. 

Ele conseguiu:

  • se Flávio Dino tinha ele próprio acesso a Lula e ao PT; Brandão agora tem o Sarney;
  • se os dinistas têm o próprio Flávio Dino no STF; Brandão agora tem Nunes Marques;
  • se Dino tinha Felipe Camarão e Weverton para 2026, Brandão tem Orleans e Iracema;

Aliado histórico de Flávio Dino e tido como alternativa do grupo dinista para 2026, o senador Weverton Rocha (PDT) já tinha, ele próprio, uma visão clara do que seria o Maranhão político após a ida do ex-governador para o STF, como foi registrado no post “‘Todo mundo no mesmo patamar’, diz Weverton sobre ida de Flávio Dino para o Supremo…”.

O problema é que, numa briga em que todos são do “mesmo top”, vence quem tem as melhores armas ao seu dispor.

E hoje é Brandão quem comanda os Leões da praça Pedro II…

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Ao atacar Maura Jorge, comunistas esquecem trajetória do seu próprio partido no MA

Citando nominalmente a prefeita de Lago da Pedra – e outros políticos e lideranças não-alinhadas à ideologia de esquerda – deputados Márcio Jerry, Rodrigo Lago e Júlio Mendonça fazem uma espécie de patrulha na base do governo Carlos Brandão, escondendo o fato de que foi o governo Flávio Dino quem abriu espaço para todas as expressões políticas, de esquerdistas a direitistas, de bolsonaristas a sarneysistas

 

Agora no PP, de André Fufuca, Maura Jorge passou a ser hostilizada por comunistas ao manter relações institucionais com o governo Brandão

Análise da Notícia

Tem repercutido muito mal nas redes sociais e aplicativos de troca de mensagens os ataques do deputado federal Márcio Jerry e dos estaduais Júlio Mendonça e Rodrigo Lago (todos do PCdoB) à prefeita de Lago da Pedra, Maura Jorge (PP). Nestes espaços é vista incoerência dos parlamentares diante da trajetória do próprio PCdoB no Maranhão.

Para chegar ao poder, num passado não tão distante, o PCdoB, uniu-se com toda sorte de siglas partidárias, inclusive de direita, abrindo mão de qualquer regulamento estatutário e coerência ideológica.

Márcio Jerry questiona em suas redes sociais as relações de Maura Jorge com o governo Carlos Brandão (PSB); essa patrulha é replicada na Assembleia Legislativa por Rodrigo Lago e Júlio Mendonça, que pregam o banimento ou isolamento não apenas da prefeita, mas de todas as lideranças da chamada direita, e do bolsonarismo, inclusive a deputada estadual Mical Damasceno (PSD), aliada de primeira hora de Brandão.

Para chegar ao poder em 2014, Flávio Dino precisou fazer alianças à esquerda, mas, principalmente, com os setores à direita e mais conservadores do estado.

O próprio Brnadão, que foi seu vice em dois mandatos, pertencia ao PSDB, partido antagônico ao  PCdoB e à esquerda lulista; antes mesmo do governo Brandão começar, em 2022,  Dino e o seu PCdoB  já haviam resgatado os sarneysistas, por exemplo, contra quem ele se elegeu e reelegeu.

Neste terceiro governo Lula, o  PT nacional tem buscado alianças com todas as correntes políticas, em busca de governabilidade, o que se reflete no slogan “União e Reconstrução”.

Se coerência é o critério, tá na hora de os deputados do PCdoB olharem para a própria trajetória e aprender com Lula, Flávio Dino e Sarney, que souberam e sabem muito bem o significado de pluralidade e coalisão. (Releia aqui, aqui e aqui)

Nas redes sociais, os comentaristas não têm perdoado a incoerência dos comunistas; entre os pedidos mais harmoniosos, há os que sugerem aos deputados largar as redes sociais e começar, efetivamente, a trabalhar pelo Maranhão, por que, para além de brigas partidárias, a realidade da população é o que mais importa,

Ou pelo menos deveria…

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O relógio contra Brandão gira a favor de Camarão…

Com apenas dois anos e um mês de mandato, governador age para assegurar blindagem na era pós-governo e costura uma base que garanta a ele poder sentar na mesa com força política em 2026, por que a cada ano que passa, o vice-governador começa a aumentar o fluxo de políticos em torno de si, pela expectativa de poder que manterá ao longo de 2024, 2025 e 2026

 

Carlos Brandão e Felipe Camarão estão literalmente entrelaçados até 2026,mas cada um ouve o tic-tac do relógio como uma melodia diferente

Ensaio

O jornalista Leandro Miranda publicou em seu portal Marrapá, na última sexta-feira, 23, texto que aponta o vice-governador Felipe Camarão (PT) como herdeiro político de Flávio Dino, sobretudo pela posição de porta-voz de Lula no Maranhão.

De acordo com Miranda, Camarão é, ao lado do próprio governador Carlos Brandão (PSB), “o mais relevante cabo eleitoral do estado”; mas o portal faz uma comparação bem clara sobre o status do governador e o do vice-governador:

– Enquanto Brandão tem o ponteiro do relógio contra si, Camarão começa a ser reconhecido como sucessor natural da cadeira do Palácio dos Leões, beneficiado pela expectativa de poder de prefeitos em busca de reeleição, de novos e velhos líderes políticos, e de candidatos que aguardam chancela para as eleições deste ano.

 

A precisa observação do portal Marrapá encontra eco em postagem deste blog Marco Aurélio d’Eça, publicada na série “A era-pós Dino”, com o título “O papel de Felipe Camarão…”.

Não há dúvida de que o relógio que gira contra Brandão, faz o mesmo movimento em favor do seu vice-governador.

Talvez por isso, Brandão trabalhe nestes exatos dois anos e um mês que faltam de mandato para consolidar uma base política de peso e uma espécie de blindagem pós-governo, com indicação de parentes e aliados a postos-chave no Judiciário, nos órgãos de controle e na própria política.

  • já mandou para o Tribunal de Contas do Estado o sobrinho Daniel Itapary;
  • atua para eleger ao mesmo TCE-MA seu advogado pessoal Flávio Costa;
  • Conseguiu articular em Brasília a ida do seu ex-procurador-geral para o Tribunal Eleitoral;
  • tem entre os postulantes à vaga de desembargador no Tribunal de Justiça a prima Ana Brandão;
  • a sobrinha Mariana Brandão surge como opção para compor a chapa do candidato a prefeito Duarte Júnior;
  • outro sobrinho, Orleans Brandão, é tido como potencial candidato a deputado federal, mas fala-se em vice e até candidato a governador em 26.

Brandão é um político clássico, na melhor definição da palavra.

Ele conhece os meandros do jogo de poder e sabe como posicionar as peças a seu favor, além de ter frieza e inteligência emocional, um adicional que transforma qualquer liderança em fora-de-série.

Felipe Camarão é aquilo que se chama de garoto, sem a passagem pelo teste das urnas, com pouca experiência no embate político-eleitoral, mas com carisma suficiente para mobilizar massas; e tem o trunfo de estar na única cadeira com poder de definir o futuro do governador em 2026.

Se Brandão for candidato ao Senado, Camarão será, incondicionalmente, governador com possibilidade de reeleição; caso contrário, pode disputar vaga na Câmara Federal, ser novamente vice ou mesmo concorrer ao Senado.

Só precisa manter em dia o tic-tac do relógio…

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Ministério Público tem elementos para prisão de Alessandro Martins…

Desembargadores do Tribunal de Justiça manifestaram-se nesta quarta-feira, 21, sobre os riscos que o ex-empresário apresenta à sociedade e dizem já haver elementos necessários para abertura de um inquérito contra ele, que foi levado coercitivamente pela Polícia para prestar esclarecimentos sobre denúncia de vítima de calúnia, difamação e invasão de domicílio

 

Martins conduzido por policiais civis nesta quarta-feira, 21, em denúncia de invasão de domicílio; empresário pode ser preso ou internado compulsoriamente

O ex-empresário Alessandro Martins já pode ter a prisão preventiva pedida pelo Ministério Público com base no rol de fatos possivelmente criminosos atribuídos a ele ao longo dos últimos dois meses; Martins foi levado para prestar depoimento nesta quarta-feira, 21, mesmo dia em que desembargadores cobraram uma posição do parquèt em relação aos riscos que ele representa à sociedade. 

Este blog Marco Aurélio d’Eça foi o primeiro a apontar, ainda em janeiro, os riscos que Alessandro Martins representa a ele e a terceiros neste seu retorno às manchetes maranhenses, após responder a processos por fraude na venda de veículos no início dos anos 2000.

– O novo Alessandro Martins, no entanto, não apenas inspira cuidados, mas mostra-se ameaçador. E ameaça não é mais um mero caso de meme na internet… – ponderou este blog Marco Aurélio d’Eça, no post “Comportamento de Alessandro Martins dá sinais de desequilíbrio…”.

De lá para cá, são inúmeros os episódios ameaçadores protagonizados por ele, que justificam um pedido de prisão preventiva ou mesmo de internação compulsória:

  • ameaça velada a vários desembargadores e membros do judiciário maranhense, inclusive com citação de nomes;
  • assédio moral – e sexual – seguido de exposição midiática de mulheres, sem autorização, em suas redes sociais;
  • ameaça a mulheres e homens em ambientes públicos de São Luís;
  • fraude em notícias em torno de si, com falsificação de páginas de internet legalmente estabelecidas;
  • falsidade ideológica ao se dizer chefe da guarda presidencial do ex-presidente José Sarney;
  • invasão do apartamento de um homem, com xingamentos, calúnia e difamação contra ele.

Foi, inclusive, a invasão destes aparamento que levou á condução coercitiva de Alessandro Martins nesta quarta-feira, 21, condução esta que pode se transformar em prisão preventiva, basta que o Ministério Público queira.

Elementos para isso já existem vários…

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PDT ressente-se de Eduardo Braide, mas Brandão nem quer ouvir falar do PDT…

Presidente regional da legenda, senador Weverton Rocha resiste a uma aproximação do prefeito de São Luís por que imagina-se imposto pelo presidente Lula na chapa com os atuais governador e vice-governador em 2026, situação que enfrenta resistências declaradas do próprio Palácio dos Leões

 

Para ver esta bandeira, de novo, tremulando firme em 2026, Weverton precisa definir os rumos como líder, sem mágoas, ressentimentos, sentimentalismos ou frustrações

Análise de conjuntura

Com a candidatura do ex-vereador Fábio Câmara mantendo-se em 2024, corajosamente, como terceira via na tentativa de polarização entre o prefeito de São Luís, Eduardo Braide (PSD), e o deputado federal Duarte Júnior (PSB), o PDT, partido do senador Weverton Rocha, tem uma difícil projeção eleitoral para 2026.

Os pedetistas ressentem-se fortemente de Eduardo Braide, mas são rechaçados abertamente pelo governador Carlos Brandão (PSB).

Weverton sonha desde o início de 2023 que o presidente Lula irá impor seu nome na eventual chapa do vice-governador Felipe Camarão (PT) e do atual governador Carlos Brandão (PSB) como um dos postulantes ao Senado; o próprio Weverton deixou claro isso na matéria do jornal O Estado de S. Paulo, que teve forte repercussão na mídia maranhense.

– Minha ideia é tentar reconduzir o mandato de senador em 2026, com apoio do Lula – admitiu o senador pedetista. Mas a resposta a ele veio no mesmo dia, por intermédio do deputado federal Rubens Pereira Júnior (PT).

– Tem gente que traiu Flávio Dino, rompeu com ele, tentou derrotá-lo e agora, vejam só, tenta ser herdeiro político dele. É cada uma hahahahaha!!! – provocou o neopetista.

Pereira Júnior tem quase nenhum peso político no Maranhão, mas fala como uma espécie de boneco de ventríloquo do governador, que abriga o seu pai, Rubens Pereira, na Secretaria de Articulação Política; é, portanto, um recado direto do Palácio dos Leões à primeira tentativa do senador do PDT de figurar na mesma chapa de Brandão em 2026.

Rocha e o seu PDT ressentem-se de Braide pelo papel que o prefeito não desempenhou nas eleições de 2022: apoiado incondicionalmente pelo partido em 2020, ele simplesmente ignorou as eleições de 2022, levando o senador a um vexatório terceiro lugar, inclusive em São Luís.

Mas se o PDT resiste a uma aproximação com Braide, tampouco tem espaço no grupo de Brandão, que já tem suas próprias dores de cabeça para montar sua chapa de 2026 com o ministro André Fufuca (PP) e a senadora Eliziane Gama (PSD) postulando as vagas no Senado, como este blog Marco Aurélio d’Eça revelou no post “Brandão e a difícil equação para o Senado em 2026…”.

Weverton Rocha tem dois anos para construir um caminho próprio rumo às eleições de 2026, mas precisa se definir se gravitará em torno dos remanescentes do dinismo, esperando a imposição da vaga por Lula na chapa de Brandão – e ouvindo provocações e rechaços – ou se constrói uma alternativa que abra-lhe outros caminhos como líder.

Mas para isso, deve curar-se da mágoa, do revanchismo e do ressentimento…

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Simplício Araújo vê “um ano perdido para o Maranhão”…

Ex-secretário de Indústria e Comércio e ex-candidato a governador diz que, ao contrário de outros estados – que se esforçam, para buscar investimentos – o governo maranhense usa a máquina pública apenas para campanhas eleitorais; e provoca: “Cite uma grande ação ou obra construída e entregue pelo governo do Maranhão em 2023”

 

Gráfico mostra o Maranhão nos níveis da Venezuela em desenvolvimento humano, situação que se agravou desde Flávio Dino e se mantém com Brandão

 

O ex-candidato a governador Simplício Araújo fez um duro balanço do estado sob o governo Brandão (PSB) em 2023; e viu “um ano perdido para o Maranhão”.

– Enquanto os demais estados brasileiros potencializam esforços para atração de investimentos, desenvolvimento e geração de empregos, o maranhense assiste o governo usar a máquina pública apenas para campanhas eleitorais – afirmou Simplício, que foi secretário de Indústria e Comércio no governo Flávio Dino.

O ex-candidato é a segunda liderança política em menos de uma semana a desenhar um quadro desolador como balanço do primeiro ano de gestão do governo Brandão.

Na semana passada, o presidente regional do Partido Novo, Leonardo Arruda, criticou duramente a gestão do governador, que segundo ele, é  calçada apenas em aumento de arrecadação com aumentos de impostos, mas inchando a máquina pública com excesso de secretarias e de parentes.

– Brandão está sem perdido, sem rumo e sem projeto – afirmou Arruda.

Simplício Araújo entende que sem gestão – o que falta no governo Brandão – o Maranhão não tem chances de se desenvolver

As críticas das lideranças encontram respaldo nos números oficiais, que mostram um Maranhão afundado na miséria, com índices sociais vergonhosos e sem nenhum tipo de desenvolvimento econômico, alcançando níveis de Venezuela, como mostrou o ex-senador Roberto Rocha, com base em números do Índice de Desenvolvimento Humano.

Mesmo assim, Brandão tenta aumentar os custos com um empréstimo de R$ 350 milhões já autorizado pela Assembleia Legislativa, e outro, de cerca de R$ 1 bilhão, que ainda depende de autorização do Senado.

Para Simplício Araújo, o que falta ao estado é gestão, que não se vê no governo Carlos Brandão; o ex-secretário encerrou sua crítica nas redes sociais com um desafio à população maranhense:

– Cite uma grande ação ou obra construída e entregue pelo governo do Maranhão em 2023…

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20 anos depois, Flávio Dino e Carlos Brandão vivem mesma situação de Roseana e José Reinaldo

Da mesma forma que em 2002, quando a hoje deputada federal deixou o governo, se elegeu senadora com forte influência nacional no primeiro mandato do presidente Lula – fazendo seu sucessor no Maranhão e rompendo com este pouco tempo depois – o hoje ministro da Justiça, também em destaque nacional, enfrenta a mesma situação com seu ex-vice, que era o principal auxiliar de Tavares há duas décadas

 

Flávio Dino vive hoje com Brandão as mesmas circunstâncias pessoais e políticas que Roseana viveu com José Reinaldo há 20 anos

Ensaio

O ministro da Justiça Flávio Dino (PSB) é para a história maranhense, hoje, o que a agora deputada federal Roseana Sarney (MDB) foi há 20 anos.

Assim como Roseana no início do primeiro mandato presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 2003, Dino hoje, em 2023 – quando Lula retorna ao poder – tem forte influência nacional e é cotado como opção presidencial

E assim como a emedebista à época, o socialista enfrenta, atualmente, situação de intenso desgaste com o sucessor eleito em sua chapa.

Liderança política maranhense mais ovacionada no Brasil em 2002, Roseana liderou o início da corrida pela sucessão do então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), mas acabou aliando-se a Lula. Tinha como vice no Maranhão o mais radical dos sarneysistas, José Reinaldo Tavares (então no PFL), mas dava mostras de não confiar nele para sua sucessão.

Havia outras opções no governo roseanista, como o então chefe da Casa Civil João Abreu, preferido por ela, e o então Secretário de Desenvolvimento Social, Luiz Fernando Silva, por própria conta e risco.

Liderança política maranhense mais ovacionada no Brasil em 2022, Flávio Dino chegou a ser cotado para a sucessão do presidente Jair Bolsonaro (PL), mas acabou aliando-se a Lula. Tinha como vice no Maranhão um ex-sarneysista histórico, Carlos Brandão (então no PSDB), mas não demonstrava definição em torno do seu nome para a sucessão no estado.

Havia outras opções no governo dinista, como o senador Weverton Rocha (PDT), mais alinhado ideologicamente ao próprio governador, e o secretário de Indústria e Comércio Simplício Araújo, por própria conta e risco.

Neste ponto da linha do tempo, faz-se necessário uma importante referência: vice de Flávio Dino em 2022, Carlos Brandão era o principal auxiliar de José Reinaldo, vice de Roseana em 2002.

Há várias versões para o rompimento de José Reinaldo e Roseana; a mais aceita historicamente diz que a ex-governadora fez questão de diminuir o seu então vice nos oito anos em que esteve no Palácio dos Leões, o que acirrou os ânimos da família Tavares, notadamente o da mulher dele, Alexandra.

Há várias versões para o estremecimento entre Flávio Dino e Carlos Brandão; a mais aceita diz que Dino diminuiu Brandão nos oito anos em que esteve no Palácio dos Leões, o que acirrou os ânimos da família Brandão, notadamente o do irmão caçula, Marcus Brandão.

A grande responsável pelo rompimento entre Tavares e Roseana, já às vésperas das eleições municipais de 2004, foi Alexandra, que decidiu ignorar o candidato sarneysista em São Luís, levando o marido a apoiar o prefeito pedetista Tadeu Palácio.

Nos bastidores da pré-campanha municipal de 2024, aponta-se Marcos Brandão como responsável pela articulação política que formará o palanque do irmão em São Luís, dificilmente o mesmo em que esteja Flávio Dino.

A história política maranhense mostra que Roseana tentou interferir no governo do sucessor, levando-o ao rompimento político e à primeira derrota do grupo Sarney em 40 anos de poder no Maranhão, em 2006.

À época, nem a força de Lula, reeleito em primeiro turno, foi capaz de garantir vitória de Roseana contra a força do Palácio dos Leões, com José Reinaldo à frente do governo e Jackson Lago embalando às forças antisarneysistas.

A história política maranhense se repete vinte anos depois.

Flávio Dino usa a força do cargo de ministro da Justiça para mostrar-se como único acesso a Lula em Brasília, o que tem levado Brandão a buscar nos próprios Sarney’s o caminho para furar o bloqueio dinista.

Versões dos bastidores do poder no Maranhão apontam que o ministro da Justiça – assim como Roseana em 2006 – aposta na força de Lula, em 2026, para voltar ao poder no Maranhão, embalado pelos mesmos garotos que estiveram com ele na reeleição de 2018.

Esta história já foi, inclusive, contada no blog Marco Aurélio d’Eça, no post “a doce ilusão que Flávio Dino cria entre aliados de Weverton e Eliziane…”.

Mas desta vez Lula será suficiente para enfrentar o rugir do Palácio dos Leões?!? E Brandão seguirá o mesmo caminho de José Reinaldo, abrindo mão de um mandato senatorial para derrotar o ex-aliado, repetindo a história de 2006?!?

A história poderá se repetir como farsa para alguns.

E para outros como tragédia…

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Com cerca de 30%, Braide tem voto consolidado para disputar reeleição em 2024…

Ao contrário do que apontam analistas políticos, percentual de votos registrados pelo atual prefeito não representa teto, mas uma base sólida, o que dá a ele, no mínimo, condições de garantir vaga em um eventual segundo turno e chances de ampliar vantagem sobre os adversários, levando em conta percentual de 59% de indecisos registrados na pesquisa espontânea Completa/TV Band

 

Braide tem base consolidada de 1/3 do eleitorado, força política e espaço para ampliar este índice até o início da campanha de 2024

Análise da notícia

Alguns analistas políticos de São Luís avaliaram os números da pesquisa do Instituto Completa/TV Band, divulgados na terça-feira, 18, como “fim da linha” para o prefeito Eduardo Braide (PSD), que estaria “estagnado na casa dos 30%” de intenção de votos.

Trata-se de um equívoco.

Os cerca de 30% de intenções de votos registrados em Braide – que pode chegar a 35%, dependendo do instituto – representa não um teto, mas uma sólida base de eleitores, faltando ainda mais de um ano para o início da campanha eleitoral.

Estes números mostram que Braide tem 1/3 do eleitorado antes mesmo de a campanha começar, o que significa que, desde já, ele tem garantido, no mínimo, uma vaga em um eventual segundo turno.

Mas o prefeito tem caminho aberto para crescer até o início da campanha, sobretudo levando-se em conta um dado também mostrado pela mesma imprensa que decretou o seu fim de linha: são 59% de eleitores ainda indecisos, segundo revelou a mesma pesquisa do Instituto Completa.

Com a força da máquina administrativa e uma gestão que, se não de excelência, pelo menos aceita pela população, o mais natural é que o prefeito consiga convencer estes eleitores, simplesmente pelo fato de que, se não o quisessem, já teriam optado por outro neste momento da campanha.

É preciso levar em consideração que a campanha ainda nem começou.

E quando começar, é Braide, e não os adversários, quem tem o maior poder de convencimento do eleitorado, seja pelo reconhecimento de sua gestão, seja pela força da máquina administrativa.

Tem espaço para vencer em primeiro turno; mas já tem, no mínimo, vaga garantida em um eventual segundo turno.

Para contrapor a sua força eleitoral, apenas outra máquina administrativa no front.

Mas quem estará à frente desta outra máquina?!?