Um crime anunciado naturalmente pela imprensa…

Ao tratar como se fosse normal uma suposta reunião entre o ministro do STF Flávio Dino e o governador Carlos Brandão – para aparar arestas políticas, o que é proibido pelo cargo que ele exerce – imprensa maranhense acaba por subverter a regra legal e o estado de Direito

 

ENCONTRO MARCADO. em qualquer circunstância pública, reunião de Carlos Brandão e Flávio Dino ultrapassa os limites legais do STF

O ministro do Supremo Tribunal Federal Flávio Dino estaria perto de cometer um crime contra o estado democrático de Direito, contra a separação dos poderes e contra a própria ordem jurídica do país. Pelo menos é o que se entende da principal notícia política que domina a imprensa maranhense nos últimos dias.

Emissoras de TV e de rádio, jornais, portais e blogs – este blog Marco Aurélio d’Eça incluído – tratam com a maior naturalidade uma suposta reunião entre Flávio Dino e o governador Carlos Brandão (PSB) para aparar as arestas políticas.  (Leia também aqui, aqui e aqui)

  • o que a imprensa do Maranhão está dizendo é que Flávio Dino estaria prestes a cometer um crime contra o STF;
  • alguns blogs chegaram a anunciar esta reunião para ontem, cancelada horas antes por decisão do próprio ministro;
  • se, de fato, a reunião tivesse ocorrido, ou ainda ocorrer, será uma agressão sem precedentes à separação dos poderes.

São crimes de responsabilidade dos Ministros do Supremo Tribunal Federal: (…) 3 – exercer atividade político-partidária”, diz o Artigo 39, da Parte Terceira, Título I, Capítulo I, da Lei nº 1079, de 10 de abril de 1950. (Leia a íntegra aqui)

Na verdade, o próprio noticiário da política do Maranhão nos últimos meses – este blog Marco Aurélio d’Eça novamente incluído – já deveria ter deixado o ministro em situação delicada diante do cargo que ocupa.

Nestas narrativas, Flávio Dino tem aparecido como o líder de um grupo político insatisfeito com os rumos do governo Carlos Brandão:

  • ele seria a cabeça por trás do empate de 21X21 entre os deputados Othelino Neto (SDD) e Iracema Vale (PSB) pela presidência da Assembleia;
  • também não teria aceitado a demissão de diversos ex-aliados de postos estratégicos no governo Brandão e tem trabalhado para reintegrá-los; 
  • estaria ainda forçando a barra com Brandão para que o vice-governador Felipe Camarão (PT) seja definido como candidato à sucessão de 2026.

O pior é que a própria classe política alimenta esta narrativa, corroborando a ideia de que, mesmo no STF, o ministro maranhense continua agindo politicamente pelos seus interesses.

Nesta quinta-feira, 5, após notícia de que o encontro estaria cancelado, surgiram novas versões, remarcando a reunião para segunda-feira, 9, ou terça-feira, 10.

E tudo como se fosse a coisa mais natural do mundo…

Qual é a oposição no Maranhão?!?

Racha interno que tem levado à crise na base do governo Carlos Brandão tem confundido analistas e observadores da cena política, mas os adversários do governador e dos eu grupo estão à espreita apostando na divisão interna para ocupar os espaços de poder

 

RACHA É SÓ RACHA. O que restar de um eventual rompimento entre dinistas e brandonistas é apenas mais um lado da base governista; a oposição está no outro lado do espectro

A mídia digital que acompanha a política, analistas e observadores da cena política acostumaram-se a chamar de oposição, nos últimos meses, o grupo formado por deputados federais e estaduais ligados ao agora ministro do Supremo Tribunal Federal Flávio Dino.

Trata-se de um equívoco. 

O que existe é um governo – o de Carlos Brandão (PSB) – na iminência de sofrer um racha em sua base, que vem sofrendo fissuras desde o início do mandato.

  • oposição no Maranhão, hoje, é o prefeito Eduardo Braide (PSD), que vem ocupando de forma habilidosa o vácuo deixado por este racha;
  • oposição é Dr. Lahésio Bonfim (Novo), embora não tenha construído bases nas eleições municipais e esteja mudo no processo;
  • oposição seria o senador Weverton Rocha (PDT), que se mantém calado a espera da melhor barca eleitoral para pular para dentro. 

A oposição terá o seu lado definido nas urnas. O governo é representado por quem está no governo, ficando ou não no cargo. Se fica no mandato, representa um lado, mas significa que este lado rachou e vai rachado, mas o mesmo lado. O outro lado é a oposição, não representada por A ou B, mas por um sentimento que alguém interpreta na campanha”, explica o ex-senador Roberto Rocha.

Por este entendimento de Rocha, haveria então três vias no atual processo:

  • 1 – um candidato oficial do governo, com apoio da máquina do Palácio dos Leões;
  • 2 – um candidato do que resultou do racha do governo, reunindo os insurgentes governistas;
  • 3 – um candidato da chamada oposição, aquele que representar projeto antagônico ao que está no poder.

Em outras palavras, levando em consideração a eleição nacional, será um candidato vinculado diretamente ao presidente Lula (PT), que pode ter ou não apoio do Palácio, e um candidato do projeto oposto ao de Lula, mais de centro-direita.

O que restar desses dois lados, estará entre os insurgentes.

Mas não necessariamente representarão a oposição.

Simples assim…

Uma aposta e uma escolha para 2026…

Ex-deputado Joaquim Nagib Haickel, experiente observador da cena política maranhense não vê mais chances reais de um entendimento entre o ministro Flávio Dino e o governador Carlos Brandão; e desenha futuros prováveis para a sucessão estadual

 

EXPERIÊNCIA E HISTÓRIA. Joaquim Haickel na antiga tribuna que homenageava seu pai: conhecimento para fazer prognósticos

Analista político e autor de um dos blogs de análises mais respeitados do Maranhão, o ex-deputado Joaquim Nagib Haickel expôs suas impressões sobre a guerra fratricida envolvendo os grupos do ministro Flávio Dino e do governador Carlos Brandão (PSB). 

Caso o governador queira deixar o governo para concorrer, em seu lugar assume o vice, que neste caso pertence ao grupo de Flávio Dino, o que por si só inviabilizaria tal projeto, pois não haveria confiança suficiente entre as partes, principalmente depois do episódio da eleição na Alema”, aponta Haikel.

O ex-deputado faz uma aposta e revela uma escolha para 2026:

  • A aposta: se fosse para apostar, eu apostaria que Brandão ficará no governo até o fim de seu mandato, e fará de tudo para eleger seu sucessor, dois senadores e uma grande bancada de deputados federais e estaduais…
  • A escolha: que Brandão e Felipe se desincompatibilizassem para concorrer ao Senado, e para seus lugares fossem escolhidos, na Alema, quem pudesse fazer uma transição sem litígios e traumas; e que a sucessão deles pudessem nos trazer pelo menos alguma esperança de dias melhores.

“Se a Justiça brasileira for minimamente séria, não sofrer influência espúria ou corporativismo”, o ex-parlamentar não vê chances de prosperidade na ação de Othelino Neto (Solidariedade) contra o resultado da eleição na Assembleia  Continue lendo aqui…

O futuro da relação de Flávio Dino e Brandão: repactuação ou desenlace?!?

Retorno do governador ao comando do estado na mesma semana em que o agora ministro do STF se movimenta para o casamento, pode ser decisivo para definir o fim ou o recomeço da parceria entre os dois

 

A ESTRADA, ONDE VAI DAR?!? Na condição de governador, cabe a Brandão apontar aos caminhos, que podem levar à glória ou à ruina em 2026

O governador Carlos Brandão (PSB) retoma seu expediente público nesta segunda-feira, 25, em um ambiente político absolutamente diferente daquele que deixou 15 dias atrás, quando partiu para um período de férias.

  • Brandão deixou o Maranhão no mesmo dia da “batalha do 21X21 na  Assembleia”, que expôs a ameaça de uma oposição significativa no Poder Legislativo;
  • neste mesmo período, o prefeito de São Luís Eduardo Braide (PSD) avançou em um projeto de poder para 2026 que deve ter fortes desdobramentos políticos;
  • nos bastidores, aumentaram rumos de rompimento definitivo entre Brandão e o ministro do STF Flávio Dino, o que pode ser evidenciando esta semana.

Ao mesmo tempo em que surgem mais personagens nos bastidores do Palácio dos Leões a decretar o fim irreversível da parceria entre Brandão e Dino, um movimento em sentido contrário também aumentou, defendendo que o rompimento levará, automaticamente, à derrota nas eleições de 2026.

A direita está à espreita; Flávio Dino e Brandão, seus aliados e parentes precisam entender que um precisa do outro e que só há saída em 26 com a manutenção da chapa original, estabelecida ainda antes das eleições de 2022; sem essa unidade, os dois grupos sucumbirão na sucessão estadual”, analisam dinistas e brandonistas ouvidos por este blog Marco Aurélio d’Eça.

  • “A saída”, neste caso, seria a candidatura do vice-governador Felipe Camarão (PT) ao governo, tendo Brandão como principal candidato a senador;
  • a chapa se completaria com a adesão de um ou outro aliado, no caso os pré-candidatos a senador Weverton Rocha, André Fufuca e Eliziane Gama.

Os rumores políticos, no entanto, parecem tornar cada vez mais difícil essa equação.

Um desses rumores é o suposto namoro entre Braide e o grupo de Flávio Dino, que o tornaria candidato alternativo nas eleições de 2026, tendo Camarão e um desses outros personagens como candidatos a senador.

Brandão ainda precisa vir a público nesta semana de retorno ao trabalho para dar suas impressões sobre a “batalha do 21X21 na  Assembleia”, sobre a votação do ICMS e sobre a movimentação de aliados e adversários.

Ao mesmo tempo, Flávio Dino mostrará em seu casamento, no sábado, 30, em que pé está sua relação com o governador.

Repactuarão as alianças ou consolidarão o desenlace?!?

Eleição na Assembleia ofuscou fatos locais e nacionais…

Importância do assunto no contexto da sucessão estadual de 2026 transformou a disputa na Casa no principal tema das rodas de conversas e postagens de redes sociais, vencendo temas nacionais e locais, também de suam importância política

 

EFEITO BORBOLETA. Othelino e Iracema batalham em São Luís, homem-bomba explode em Brasília, TRE-MA tem chefe para 26, Braide brilha em Sampa

A histórica “batalha do 21X21 na  Assembleia Legislativa”, na última quarta-feira, 13, ofuscou – pelo menos no Maranhão – três fatos políticos da mais alta importância, ocorridos naquele dia, ou no período antes e depois da votação.

  • no mesmo dia, o bolsonarista-bomba explodiu-se em frente ao prédio do Supremo Tribunal Federal, em Brasília;
  • também no mesmo dia, o Tribunal de Justiça enfrentou forte crise no Pleno para escolha do membro do TRE-MA 
  • e apenas dois dias antes, o prefeito Eduardo Braide brilhava em São Paulo, como liderança nacional do PSD no MA.

Foram três fatos significativos que tiveram pouca divulgação na mídia local, diante da repercussão gigante do duplo empate entre os deputados Othelino Neto (Solidariedade) e Iracema Vale (PSB), que deve mudar os rumos do governo Carlos Brandão (PSB) e suas relações políticas.

O curioso é que, assim como a “batalha da Assembleia” todos os outros três fatos ofuscados têm a ver com o processo eleitoral de 2026.

  • a explosão do bolsonarista-bomba mostrou os riscos que o Brasil ainda corre com o radicalismo da extrema-direita, que pretende concorrer a qualquer custo à sucessão do presidente Lula (PT);
  • a disputa acirrada entre os desembargadores tinha o objetivo de indicar o membro da Corte que irá comandar as eleições de 2026; a desembargadora Francisca Galiza venceu Ronaldo Maciel por 16X14;
  • já a celebração do prefeito de São Luís em São Paulo mostra que Eduardo Braide se movimenta bem rumo à sucessão do governador Carlos Brandão, agora imerso em uma crise que pode expor fragilidades.

Para cada beijo e facada, há sempre uma coisa pesquisada; e o mais vagabundo ferro de passar tem a ver com uma pesquisa militar”, já dizia o poeta e dramaturgo carioca Fausto Fawcett, em Chinesa Videomaker. (Conheça aqui a letra completa)

São quatro fatos políticos correlacionados, que explicam empiricamente a Teoria do caos.

Ou, para quem preferir, o efeito borboleta…

De como Elon Musk chegou à fortuna de R$ 290 bilhões com a vitória de Trump…

Dono da rede social X e da empresa aeronáutica Tesla foi um dos 10 bilionários no mundo que lucraram com a reação positiva dos mercados à eleição do novo presidente americano, na última terça-feira, 5

 

CLUBE DOS BILIONÁRIOS. Elon Musk ficou ainda mais rico apenas com o anúncio da vitória de Donald Trump nos Estados Unidos

Principal apoiador e financiador da campanha do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, o homem mais rico do mundo, Elon Musk, ficou ainda mais rico com a vitória do Republicano.

Seu patrimônio saltou para o equivalente a R$ 290 bilhões, segundo o Índice de Bilionários da rede americana Bloomberg, especialista em economia e negócios.

  • Elon Musk foi um dos 10 maiores bilionários a lucrar com a vitória de Trump;
  •  No total, os 10 mais ricos lucraram juntos o equivalente a R$ 363,5 bilhões;
  • o próprio Trump viu as ações de sua empresa de mídia em pico de 35%.

O salto coletivo de US$ 64 bilhões [R$ 363,5 bi] na riqueza dos dez mais ricos do mundo foi ‘o maior aumento diário’ desde que o índice foi criado, em 2012. O mercado acordou otimista na quarta-feria, após uma apuração concluída mais rápido que o esperado e com expectativas de que Trump inaugurará uma nova era de desregulamentação, junto a outras leis e políticas pró-negócios que os investidores acreditam que podem beneficiar o mercado de ações”, explica reportagem da revista Veja, baseada no Índice Bloomberg. (Leia a íntegra aqui)

Segundo a Veja, investidores apostam em lucro alto em curto prazo, mas o horizonte não é  bom no longo prazo, sobretudo pelo impacto de gastos maiores e arrecadação menor, situação fiscal do país delicada, com déficit de 7% e dívida superior a 100% do PIB.

Donald Trump prometeu durante a campanha uma taxa universal de 10% às importações e taxação de 60% à China. Para o capital especulativo das bolsas de valores a notícia gerou cifrões e mais cifrões nos olhos.

Mas o sonho dos bilionários pode levar a uma recessão interna, com reação em cadeia no comércio global…

O início do fim do bolsonarismo…

Ex-presidente não conseguiu eleger seus favoritos e viu a direita conservadora – mais distante de seus postulados – crescer sistematicamente nestas eleições municipais, o que indica o surgimento de uma terceira via fazendo uma cunha na polarização entre a esquerda e a extrema direita

 

LULISMO X BOLSONARISMO. a esquerda ainda precisa de Lula como catalisador de votos, mas a direita já começa a ver a inutilidade de Bolsonaro

Análise de conjuntura

O primeiro balanço da mídia digital especializada em política em todo o país – este blog Marco Aurélio d’Eça incluído – apontou uma derrota acachapante da esquerda e do PT nestas eleições municipais.

Passadas as primeiras impressões, no entanto, é possível ver, também, uma espécie de fim do ciclo do chamado bolsonarismo-raiz, aquele mais identificado com os postulados do ex-presidente da República.

Os partidos que venceram as eleições são de centro-direita, mais moderados e menos radicais que os bolsonaristas.

  • a polarização entre lulistas e bolsonaristas, que existia no Brasil desde 2018, parece começar a arrefecer, com surgimento de novos atores;
  • embora o PT tenha sido derrotado, não é certo apontar que o presidente Lula também perdeu, uma vez que o lulismo se separa do petismo;
  • dois personagens podem ser destacados, ambos paulistas, o presidente do PSD, Gilberto Kassab, e o governador Tarcísio de Freitas (PRB).

Tarcísio pode ser candidato presidencial já em 2026, com apoio provável do próprio Bolsonaro; Kassab deve permanecer com Lula e o PT, mas isso deve significar uma fatura cada vez maior ao PSD.

Entre os dois surge o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), embora tenha chances diminutas de se viabilizar nacionalmente. Pesa ainda o fato de Bolsonaro estar inelegível em 2026, um vácuo gigantesco no tempo e no espaço para quem precisa de disputas de poder.

Assim como o lulismo tornou-se ao longo do tempo maior que a esquerda, a direita mais autêntica, menos extremista vai tomando o lugar de Bolsonaro e sua postura odienta.

Mas há uma diferença entre os dois: o PT e a esquerda sabem que precisam de Lula para sobreviver nos próximos anos.

Já a direita começa a ver que não precisa mais de Bolsonaro…

Em confraternização com eleitos, Luiza Moura e Eri Castro avaliam cenários de 2026…

Ex-prefeita, que disputou as eleições de São José do Sóter pelo PSDB, e o coordenador do Cine Lula no Maranhão – pai da vereadora eleita de São Luís Clara Castro Gomes – ouviram deputados estaduais, prefeitos e lideranças sobre a conjuntura para a sucessão do governador Carlos Brandão

 

O casal Eri Castro e Luiza Moura receberam nesta quinta-feira, 17,  para almoço de avaliação eleitoral e análise de conjuntura política, prefeitos eleitos e reeleitos, deputados, vereadores e lideranças políticas de todo o Maranhão.

  • ex-prefeita de São João do Sóter, Luiza disputou as eleições no município pelo PSDB;
  • militante histórico do PT, Eri coordenou o Cine Lula em vários municípios maranhenses.

A gente só tem motivos para agradecer nesta tarde. Não logramos êxito em São João, mas a filha do Eri, a Clara, elegeu-se vereadora em São Luís. E aqui estamos entre amigos para celebrar e apontar caminhos”, destacou Luiza Moura.

CONJUNTURA. Ao lado de Eri Castro, Luiza Moura faz balanço das eleições e fala sobre rumos políticos do maranhão para 2026

Importantes lideranças políticas estaduais com caminhos abertos para 2026 participaram do almoço-encontro, entre eles o prefeito de Santa Rita, Hilton Gonçalo (Mobiliza) e o prefeito eleito de Araioses, Neto Carvalho (MDB).

  • Gonçalo lidera poderoso grupo político espalhado em todo o estado;
  • o grupo de Carvalho acabou de eleger cinco prefeitos no Baixo Parnaíba.

O Cine Lula teve importante participação na vitória de pelo menos 20 prefeitos no interior maranhense. São lideranças emergentes que terão influência direta nas eleições de 2026″, avalia Eri Castro.

Também participaram do encontro o deputado estadual Ariston Gonçalo, o vereador de São Luís Antonio Garcês, os prefeitos Miltinho Aragão, de São Mateus, Mário Bacelar, de Afonso Cunha, o presidente do Inmeq-MA, Eliel Gama, entre outras lideranças.

Neste fim de semana, Luiza e Eri vão a São João do Sóter, para agradecer aos votos dados a ela nas eleições de outubro.

Direita começa a ocupar espaços de poder no MA…

Onze anos depois dos primeiros movimentos do “Fora Dilma!”, lideranças como Allan Garcês, Mariana Carvalho, Flávia Berthier e Filipe Arnon já exercem mandatos populares representando o campo conservador na capital maranhense

 

Allan Garcês é deputado federal; Flávia Berthier elegeu-se vereadora, Filipe Arno passou pela Alema e Eduardo Andrade ficou na suplência em São Luís

Ensaio

Em contraponto ao péssimo desempenho da esquerda, capitaneada pelo PT – que tem apenas duas das 217 prefeituras – o chamado campo conservador, que reúne a direita em todas as suas nuances, tem hoje espaços de poder definidos no Maranhão.

Entende-se por Direita os bolsonaristas, os conservadores-cristãos, os extremistas e os liberais. 

Tudo começou lá atrás, a partir de 2013, com os movimentos nacionais pelo “Fora Dilma”. No Maranhão, destacava-se o médico Allan Garcês, pioneiro na defesa pública dos postulados da direita, e um dos primeiros convertidos ao bolsonarismo.

  • Allan Garcês está hoje no exercício do mandato de deputado federal pelo PP;
  • pregou o impeachment da então presidente Dilma Rousseff, entre 2014 e 2016;.
  • foi um dos primeiros a fazer campanha para o ex-presidente Bolsonaro no Maranhão.

Garcês se mantém até hoje fiel a Bolsonaro e às pautas conservadoras; e inspirou outros jovens conservadores a entrar no debate político, estimulados também pelo declínio da esquerda a partir do final da segunda década dos anos 2000.

  • líder feminina do campo conservador, Flávia Berthier elegeu-se vereadora em São Luís pelo PL;
  • Filipe Arnon esteve no exercício do mandato de deputado estadual e também concorreu a vereador;
  • Eduardo Andrade também assumiu as pautas da direita e sai das eleições como suplente de vereador. 

A direita maranhense sai das urnas de 2024 com representantes políticos nas três esferas: federal, com Allan Garcês, estadual, com Filipe Arnon, e municipal, com Flávia Berthier.

Além dos três na capital, está representada no segundo turno de Imperatriz com a candidata Mariana Carvalho (PRB), num avanço sistemático que não foi visto nesta década em nenhum outro campo político. 

Resta a saber se a tão sonhada união entre eles é também uma realidade…

A vitória de Fábio Câmara em São Luís…

Descreditado desde o início e abandonado pelo partido, candidato do PDT conseguiu se impor à frente de muitos que ficaram pelo caminho, garantiu metade dos votos conseguidos por toda a legenda e foi fundamental na reeleição do vereador Raimundo Penha

 

Fábio Câmara fez pelo PDT o que o PDT não fez por ele, tanto em 2022 quanto em 2024

Em agosto de 2023, este blog Marco Aurélio d’Eça acompanhava de perto o esvaziamento do PDT na Câmara Municipal e fez a seguinte pergunta ao então suplente de deputado federal Fábio Câmara:

Você também vai deixar o PDT ou permanece?!?

A resposta de Câmara fez nascer, ali, um projeto eleitoral no PDT para 2024, e originou o post “Fábio Câmara reafirma permanência no PDT e quer partido forte em 2024…”.

A candidatura de Fábio Câmara nesta eleição não pode ser vista apenas pela mera questão numérico-eleitoral; ela foi fundamental para o resgate do PDT, embora o próprio PDT, e suas lideranças – à exceção do vereador Raimundo Penha – tenha abandonado a campanha.

  • a candidatura de Fábio em 2022 já havia sido fundamental para o PDT chegar à Câmara Federal;
  • Fábio alcançou, sozinho, mais da metade dos votos que a legenda alcançou neste pleito de 2024;
  • sua candidatura a prefeito foi fundamental para a reeleição do vereador Raimundo Penha.

Em 2023, quando Fábio decidiu colocar-se à disposição do partido, a sucessão municipal apresentava, além dos oito que entraram de fato na disputa, nada menos que outros sete candidatos: Pedro Lucas Fernandes (União Brasil), Osmar Filho (PDT), Orleans Brandão (MDB), Edivaldo Júnior (Sem partido), Roseana Sarney (MDB), Paulo Victor (PSB) e Neto Evangelista (União Brasil). 

Todos estes ficaram pelo caminho, mas Fábio continuou, mesmo diante da resistência aberta de setores da imprensa e do próprio PDT.

Presidente regional do partido, o senador Weverton Rocha só aceitou a candidatura de Fábio Câmara quando não havia mais outra alternativa, mas abandonou a campanha em São Luís; andou até com Fred Campos em Paço do Lumiar, mas nunca veio a São Luís.

Mesmo assim, Fábio Câmara manteve-se firme na campanha, segurando todos os reveses e fazendo o seu papel.

E é por esta ótica que ele deve ser visto como um vencedor destas eleições…