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Prefeitura desativa a unidade de queimados do Socorrão II

muradDiante das atrocidades que se iniciaram na última sexta-feira (04), eis que surge a informação de que a prefeitura de São Luís desativou a unidade de queimados do Socorrão II.

E em um momento que estão internadas pessoas vítimas dos bandidos que atearam fogo nos ônibus da capital. A informação é do secretário estadual de Saúde, Ricardo Murad, que comentou o fato.

“IRRESPONSABILIDADE 
O confronto entre a policia e a bandidagem vem gerando vitimas de todos os lados , um policial foi assassinado e pessoas inocentes vem sofrendo verdadeiras barbáries. Duas crianças e sua mãe, e outras pessoas, foram covardemente queimadas por marginais que obedeciam comandos de outros marginais presos em Pedrinhas.

No meio de tanta atrocidade, eis que descobrimos mais uma: sem levar ao conhecimento de ninguém, inclusive do Ministério da Saúde, a Prefeitura de São Luís desativou a unidade de queimados do Socorrão II. Serviço de responsabilidade do município, que recebe recursos federal para isso. O prefeito Edvaldo Holanda Júnior e seus auxiliares, irresponsavelmente deixam a população sem atendimento especializado, e ainda permanecem recebendo recursos como se o serviço estivesse funcionando normalmente, em uma atitude de dupla má-fé.

Ciente do problema e da gravidade da situação transferimos os pacientes covardemente vitimas da bandidagem para os hospital Geral e Juvêncio Matos, onde instalamos leitos especiais para o tratamento de queimados.

O Governo do Estado continuará agindo de forma enérgia contra o crime e tem por obrigação garantir a segurança da sociedade, mas o prefeito Edvaldo Holanda Júnior também deve uma explicação para ter agindo de forma tão irresponsável, fechando um serviço de extrema necessidade sem comunicar ao Ministério da Saúde e, principalmente, aos cidadãos maranhenses.”

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Já é hora de se tomar o controle da segurança em SL…

A população já não aguenta mais.

São Luís não tem nem força econômica, nem estrutura para viver sob a égide do caos, controlada por facções criminosas que espalham o terror nas ruas.

Não dá para justificar a violência com a desculpa da conjuntura nacional.

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ônibus destruído por criminosos no João Paulo (imagem: Biné Morais)

Não dá para comparar, por exemplo, a queima de quatro ônibus em São Luís – cidade com péssima estrutura de transporte e fraca mobilidade urbana –  com a queima de quatro ônibus em São Paulo, metrópole com sistema de transporte amplo.

A população não quer ver a cidade virar São paulo ou Rio de Janeiro, dominada por criminosos, venham eles de ondem vierem.

A situação está à beira da perda de controle.

Se o governo não tomar uma atitude radical imediata, poderá perder o controle da situação – se já não estiver perdida.

Este blog confia na Polícia Militar do Maranhão e no seu poder de repressão do crime nas ruas.

E sabe que, se a Polícia Civil quiser, tem condições plenas de desarticular estas facções criminosas e devolver a paz à população ludovicernse.

Mas é preciso vontade para que isso seja feito.

E já está passando da hora…

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Batendo na mesma tecla: É preciso mudar a mentalidade do sistema prisional

Ontem, este blog noticiou que a governadora Roseana Sarney (PMDB) inaugurou mais um presídio em um município do Maranhão (reveja aqui).

Na melhor das intenções, a gestora do estado pretende controlar a situação de violência que se instala.

Assim como ela, vários gestores do país constroem mais e mais presídios na ânsia de resolver a questão da criminalidade.

Mas o caminho pode não ser bem por aí.

A comparação pode ser irreal e cruel, porém salutar no quesito mentalidade. Recentemente, a Suécia, país referência em termos de desenvolvimento econômico, educacional e afins, fechou 4 penitenciárias e um centro de detenção (leia mais aqui).

O motivo? Falta bandidos! A criminalidade diminuiu, não tem mais a quem enclausurar a todo momento.

A notícia repercutiu de forma a se pensar: o que este país tem que alguns, incluindo o Brasil, não tem para este fato – para muitos sonho – acontecer?

Uma das respostas pode começar a ser trabalhada pelos gestores que tentam combater a criminalidade: é preciso que o detento seja moldado e reeducado para não cometer mais crimes quando cumprir sua pena e retornar ao convívio da sociedade.

É a mentalidade constantemente trabalha por países como a Suécia e, infelizmente, não é “copiada” por alguns.

Pelo simples pensamento retrógrado de que aquilo que é considerado lixo humano, que fique embaixo do tapete. Mas a sujeira mal varrida sempre sai dali, poluindo mais e mais.

E, tolamente, a sociedade paga por isso a cada dia que passa, em proporções alarmantes.

Que os gestores, inclusive a governadora do Maranhão, mudem, evoluam na forma de pensar e resolver o problema da criminalidade.

Com redação de Aline Alencar

*Texto publicado originalmente no dia 15/11/2013

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Se a polícia sabe quem são, por que eles continuam a fazer?!?

ônibus queimado em São Luís: terror na ilha

O governo tem sido cada vez mais recorrente na resposta-padrão a cada vez que a bandidagem toca o terror em São Luís: sempre que as ações do crime acontecem, o sistema de Segurança emite nota dizendo já ter conhecimento de quem ordenou e quem executou os ataques.

Ora, se sabe, por que deixa continuar a fazer???

Fica evidente tratar-se de respsotas-padrão, daquelas prontas para serem usadas nos questionamentos da imprensa.

E o terror vai dominando São Luís.

Reuniões de emergência se sucedem; e nada muda

Se sabe mesmo quem são os ordenadores do crime na capital – e que eles estão dentro do complexo penitenciário – o governo já deveria ter tomado uma providência para evitar novos ataques.

Até por que a resposta foi a mesma em agosto, em julho, em agosto, em novembro, em dezembro e agora, na noite da última sexta-feira.

As leis do poder ensinam que, na guerra, o melhor é atacar o pastor, para que as ovelhas se dispersem.

Se sabe mesmo quem são os pastores destas ovelhas negras que tocam o terror em São Luís, a polícia já deveria tê-lo atacado.

A menos que não saiba o que fazer…

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Suspeitos de matar preso em Pedrinhas revelam: é questão de tempo até estourar nova rebelião

Quatro suspeitos de matarem um preso na Penitenciária de Pedrinhas, no último dia 02, revelaram à reportagem da TV Cidade, em matéria que foi ao ar na noite do mesmo dia, como está a situação dentro do complexo.

Segundo os suspeitos, conhecidos como Berruga e Jhony, que resolveram se pronunciar, eles nada tem a ver com a morte de Josivaldo Pinheiro.

Eles relataram ainda como é viver na penitenciária e quantas facções existem.

A revelação é de que é questão de tempo até estourar uma rebelião, pois a própria direção da CDP (Centro de Detenção Provisória) estaria colocando presos de facções rivais próximos para que se confrontem.

Um dos suspeitos conta que o provável responsável pela morte de Josivaldo vem do Bonde dos 40, rival da facção do preso assassinado, a PCM (Primeiro Comando do Maranhão).

Além da PCM, existem mais cinco facções enumeradas pelo suspeito: Bonde dos 40, PCI (Primeiro Comando da Ilha), Bonde dos 300 (Os refugiados do PCM) e ADM (Anjos da Morte).

Sobre a iminência de uma rebelião, ele comenta:

Ali tá um barril de pólvora, qualquer hora é a hora de explodir. E o Bonde dos 40 quer morte. Não existe mais rebelião de faca, mas sim de arma.

Estas medidas, além de gerar uma possível rebelião, causaram um tumulto iniciado na noite de ontem, por integrantes de facções em resposta às supostas medidas da CDP no Complexo.

O resultado foi um cenário se repetindo: três ônibus queimados e uma delegacia alvejada.

E o sistema de Segurança, vai fazer o quê???

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A lucidez do Dr. Pêta….

Coluna dominical do Jornal Pequeno levanta questionamento sobre supostos estupros em Pedrinhas, que parecem ter sido fabricados para criar o clima de caos no presídio e chamar a atenção da mídia nacional.

 

A nota abaixo é do Colunaço do Pêta, coluna dominical assinada pelo personagem do Jornal Pequeno que usa o humor e a ironia – às vezes com certa dose de exagero e injustiça – para falar dos caos e causos do Maranhão.

Mas neste texto, Pêta demonstrou absoluta lucidez por questionar um fato que vem sendo divulado como bverdade absoluta, mas que nunca foi sequer questionado nos setores de segurança do estado – nem por que em atua nele.

Abaixo, a íntegra da nota:

– Bom, mas uma observação interessante precisa ser feita com relação a esses casos de violência sexual em Pedrinhas denunciados ao CNJ e Procuradoria da República!!! Como essa história nunca veio à tona antes, se esses presos estão em contato constante com corregedores, pastores…???!!! Mis-téééééééé-rio!!!

Leia aqui a coluna na íntegra…

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E agora, o que acontece com César Bombeiro?

O juiz Douglas Martins, responsável pelo envio do vídeo falso ao Conselho Nacional de Justiça havia dito que o agente penitenciário César Bombeiro forneceu o vídeo.

Recebi as imagens do César Bombeiro e, para não correr o risco de pecar por omissão, coloquei-as no relatório – disse ele, como relata o Jornal O Imparcial.

Errou.

O vídeo está há cverca de dois anos na Internet, e foi usado como sendo de um preso de Pedrinhas para desmoralizar o sistema de Segurança.

Mas é também preciso que César Bombeiro seja responsabilizado pelo fornecimento do vídeo.

Fica agora a espera por medidas mais enérgicas do Governo do Maranhão…

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Vídeo com suposto preso escalpelado foi espalhado por agente penitenciário…

História acabou até em relatório do juiz Douglas Martins, do Conselho Nacional de Justiça, e ganhou manchetes na imprensa nacional. Polícia descobriu que imagens circulam na Internet há pelo menos dois anos, e trata-se mesmo de um acidente de moto

 

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Imagens do vídeo: farsa descoberta

É comprovadamente uma fraude o vídeo do suposto preso que teve a perna escalpelada por outros presos  no Complexo Penitenciário de Pedrinhas.

O vídeo, na verdade, é de um acidente de moto, ocorrido há quase dois anos – e que, ao que tudo indica, nem ocorreu no Brasil.

A polícia maranhense investigou a fraude e descobriu que o vídeo foi espalhado por um agente penitenciário ligado a grupos que fazem oposição à cúpula do Sistema de Segurança.

O mais grave é que o vídeo acabou sendo usado como referência no relatório do juiz Douglas Martins, representante do Conselho Nacional de Justiça.

No início da semana, o magistrado admitiu não ter certeza de tratar-se de um vídeo de Pedrinhas, mas disse ter confiado na fonte da informação.

O vídeo do suposto preso ganhou manchetes de jornais e emissoras de TV país a fora, criando um clima de suposto caos nos presídios maranhenses.

O vídeo não é o único caso mal explicado nas ações dos grupos que disseminaram o caos em Pedrinhas.

A história do estupro de mulheres no complexo é outra invenção que manchou a credibilidade das ações.

Esta, no entanto, é uma outra história…

 

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De como os fatores político-eleitorais influenciam as histórias sobre Pedrinhas…

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A PM emPedrinhas: garantia de disciplina

É claro que a situação no Complexo Penitenciário de Pedrinhas beirava o caos até sábado, quando a governadora Roseana Sarney (PMDB) decidiu impor a presença da Polícia Militar no local.

Mas é evidente, também, que muitas das “notícias” e “denúncias” sobre os presídios têm uma estranha relação com os interesses políticos e eleitorais da oposição maranhense, comandada pelo chefão comunista Flávio Dino.

E, neste aspectos, juízes, advogados e mídia – ligada ou não ao Dino – acabam por cometer graves injustiças e até erros primários, como o vídeo do rapaz com a perna escalpelada por acidente de trânsito, divulgado erradamente – ou intencionalmente? – como se fosse de um presidiário.

É preciso analisar as circunstâncias temporal e midiática das “denúncias” para poder fazer o elo entre elas e os interesses do chefão comunista.

Em primeiro lugar, não é de hoje a situação vivida por Pedrinhas. Aliás, muito dos problemas foram gerados por decisões equivocadas dos próprios juízes que agora cobram resultados. Mas nunca tiveram tanto espaço na mídia como agora, na entressafra jornalística  de fim de ano.

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O caos na mídia: mentiras e vaidades na cobertura (imagem: blog do Domingos Costa)

É preciso também entender o histórico ideológico dos responsáveis pelas cobranças e doas atores do episódio.

Por trás de tudo estão os membros da Comissão de Direitos Humanos da OAB-MA, Antonio Pedrosa e Rafael Silva. O primeiro já é conhecido pro sua postura racista, preconceituosa e pró-Flávio Dino. O mais novo, é anti-Sarney assumido e agitador contumaz, ligado aos movimentos supostamente de esquerda.

Teria partido de Silva, inclusive, a covarde e irresponsável denúncia sobre estupros em Pedrinhas, exibida na grande mídia e retirada sem explicações, após ser desmascarada pelas autoridades – e até por criminosos.

A mídia e seus interesses
Mas há uma explicação para a história do estupro.

Era preciso criar na população e na mídia o interesse pelas histórias de Pedrinhas. Enquanto apenas criminosos se matavam numa guerra odienta, seria difícil ter o apoio da sociedade, já que, no senso comum, impera a máxima de que “bandido bom é bandido morto”.

Foi então que se inventou a história do estupro – com a ameaça adicional de que a prática poderia ganhar as ruas. Felizmente a covardia foi desmascarada a tempo, quando a própria mídia percebeu o equívoco que se seria dar asas a mentiras como esta.

Curiosamente, as denúncias geradas em Pedrinhas vão primeiro para Josias de Souza, repórter da Folha de S. Paulo assumidamente antipático ao senador José Sarney e dinista  empedernido.

Neste ponto, os “denunciantes” se aproveitaram também de um outro aspecto da imprensa: juntaram a necessidade quase patológica que têm os repórteres de TV maranhense de aparecer em rede nacional com a entressafra de notícias do fim de ano para, assim,  atrair para a cobertura as grandes emissoras – Rede Globo entre elas.

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O juiz Douglas Martins em Pedrinhas: erros e acertos

Justiça e ideologia
Mas há que se falar também dos juízes Roberto de Paula e Douglas Martins.

Sem entrar no mérito da qualidade técnica, da honestidade e da competência dos dois magistrados, não se pode abstrair de suas atuações as características ideológicas, as mesmas de Flávio Dino.

De Paula foi membro do PSB maranhense e advogado militante na área rural. Atuou fortemente na política de esquerda até ser aprovado no concurso para juiz. Martins foi sindicalista na área metalúrgica e militante de movimento estudantil de esquerda. Hoje, atua no Conselho Nacional de Justiça – de onde o próprio Flávio Dino já foi secretário-geral.

Cita-se estes dados como idiossincrasias, sem as quais não se concebe a formação dos valores individuais. Características que, queiram ou não, influenciam em cada decisão pessoal.

E esta influência não exclui nem mesmo juízes, que antes de magistrados, são seres humanos passíveis de influências, indignações e falhas.

E foi assim, com toda esta combinação social, ideológica, midiática  e de vaidades pessoais que se acionou o estopim que detonou o barril de pólvora que era o Complexo Penitenciário de Pedrinhas.

Os estilhaços desta explosão – formado de verdades, equívocos e mentiras – só se espalharam por que o Sistema de Segurança negligenciou a bomba armada que tinha sobre a mesa.

E deu no que deu…