Marco Aurélio D'Eça

Weverton com a bancada: posição contrária à PEC

A Executiva Nacional do PDT e a bancada federal reuniram-se terça-feira, 7, na sede do partido, em Brasília, para discutir sobre a polêmica PEC 171/93, que busca reduzir a maioridade penal e, ainda, as diversas mudanças propostas pela Reforma Política.

Durante a reunião, que contou com a participação de consultores e assessores técnicos, o partido reforçou o seu posicionamento, sempre em consonância com a vontade da população. Para o deputado Weverton (PDT/MA), desta vez não será diferente, tanto na questão da Reforma Política, quanto na redução da maioridade penal.

– Somos contra a redução da maioridade penal, sem que sejam analisadas as causas que levam menores a cometer crimes. Vamos ficar do lado do povo, que precisa de nossa intermediação nessas votações no Congresso – destacou o parlamentar maranhense.

Ao final da reunião, ficou definido um novo encontro do Diretório Nacional para os dias 15 e 16 de maio para referendar o posicionamento oficial do partido sobre os principais temas discutidos em âmbito nacional.

Deputada maranhense entende que o fundamental na investigação é descobrir a movimentação financeira das empresas acusadas de financiar o esquema de propinas na Petrobras

Eliziane: CPI não sai do lugar

A deputada federal Eliziane Gama (PPS-MA) fez duras críticas ontem à CPI da Petrobras, colegiado da qual é integrante.

Durante depoimento do diretor de Gás e Energia da estatal, Hugo Repsold Júnior, que pouquíssimo acrescentou aos trabalhos dos parlamentares, Gama disse que o juiz federal Sérgio Moro, responsável pela operação Lava Jato, dá surra na comissão parlamentar de inquérito.

– O juiz Moro esta dando uma surra nesta CPI. Ele faz uso de informações e ferramentas que lhe são peculiares por conta das prerrogativas do cargo, poderes alguns que esta comissão também tem. Convocar pessoas que são vitais no processo de investigação, por exemplo, é essencial e não estamos conseguindo – criticou a deputada do PPS.

Gama destacou que a CPI não parte para o que é fundamental como quebrar sigilos de empreiteiros, ouvir os delatores da Lava Jato, convocar os ex-ministro José Dirceu e Antonio Palocci, que apareceram no curso da investigação conduzida pela força tarefa constituída por Ministério Público, Polícia Federal e Judiciário.

– Aqui fica o meu protesto: ou partimos para o ponto fundamental que é investigar a fundo, ou estaremos remando contra o vento e até sendo desmoralizados pela opinião pública – criticou Eliziane.

Sobre o depoimento de Repsold, Eliziane disse que nas palavras no diretor “parece estar tudo a mil maravilhas”, algo que não condiz com o que está em curso no âmbito do Judiciário, amplamente retratado no noticiário nacional e internacional.