Marco Aurélio D'Eça

Eduardo Campos: em São Luís para isolar o PT de Dilma

O esquema do presidente do PCdoB, Flávio Dino, e do governador de Pernambuco, Eduardo Campos – virtual candidato a presidente pelo PSB – para isolar em São Luís o PT,  partido da presidente Dilma Rousseff, repercutiu na imprensa nacional.

O colunista Felipe Patury diz em sua coluna eletrônica no site da revista Época que Eduardo Campos e Flávio Dino “fecharam uma aliança na campanha municipal de São Luis e devem tirar do segundo turno da disputa o candidato da família Sarney, o petista Washington Oliveira”.

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Patury, que chama Edivaldo Holanda Júnior de “Edvaldo Nogueira”, revela que Campos fará comício ao lado de Dino em São Luís, mas não diz que, ao lado do governador socialista estará também o presidente do PDT, Carlos Lupi, demitido do Ministério do Trabalho após denúncias de corrupção.

O colunista também fala das pesquisas, e deixa claro: o candidato de Dino e Campos “está em segundo lugar nas pesquisas”

– O líder nas pesquisas é o atual prefeito João Castelo, candidato à reeleição – afirma Patury. (leia a íntegra aqui)

A presença de Eduardo Campos nacionalizou a disputa eleitoral em São Luís…

Holandinha: por que tanta ansiedade em mostrá-lo à frente???

A pesquisa Econométrica/Atos e Fatos, divulgada hoje, começa a clarear mais o quadro real da disputa em São Luís, anuviado com a divulgação suspeita dos números do DataM, instituto ligado ao candidato Edivaldo Holanda Júnior (PTC).

Econométrica fica exatamente entre DataM – que inflou Holandinha e murchou Castelo – e o Constat, que deu 8 pontos de vantagem para o prefeito João Castelo (PSDB), mas  mostra que o líder nas pesquisas é mesmo o tucano, que aparece com 31,9%.

Holadinha, segundo Econométrica, tem 30,1%.

Mas este ainda não é o índice real de Holanda Júnior.

Para encontrá-lo, diante de tanta manipulação, é só fazer uma conta simples de média aritmética.

Soma-se os índices de DataM, Constat e  Econométrica ( 31+23+30, respectivamente) e divide-ser por três.

Resultado: 28%.

É exatamente este o patamar em que está o candidato de Flávio Dino (PCdoB) – um pouco pra cima um pouco pra baixo.

Mas há uma explicação para a tentativa de inflá-lo ao patamar de Castelo: os holandistas temem o avanço de Washington Luiz (PT).

Que vem crescendo pesquisa após pesquisa – agora com quase 15%, segundo Econométrica.

Pouco, mas cresce…

Apenas os seis primeiros colocados na pesquisa Ibope/TV Mirante, a ser divulgada nesta quinta-feira, participarão do debate da emissora, no dia 4 de outubro.

A direção da Mirante conseguiu acordar as regras do evento com os representantes dos cinco principais candidatos, que se comprometeram a seguir o que for medido pela pesquisa.

Embora os representantes dos candidatos Haroldo Saboia (PSOL) e Ednaldo Neves (PRTB)  não tenham assinado o documento, a emissora tem a garantia da Justiça Eleitoral de que, com 2/3 dos candidatos concordando com as regras, o programa pode ser levado ao ar.

Assinaram o documento os candidatos João Castelo (PSDB), Edivaldo Holanda Júnior (PTC), Washington Luiz (PT), Tadeu Palácio (PP) e  Eliziane Gama (PPS).

Como seu partido não tem representação na Câmara Federal, Marcos Silva não precisa ser convidado a opinar – mas poderá participar se for um dos seis primeiros na pesquisa.

O debate vai ao ar três dias antes do 1° Turno, e pode definir algumas posições na eleição…

Washington Luiz parou Holandinha

Agora é fato: as pesquisas qualitativas analisadas pelos principais comitês confirmam a farsa da pesquisa DataM e mostram estagnação nos índices do candidato Edivaldo Holanda Júnior (PTC) e crescimento – ainda que pequeno – de Washington Luiz (PT).

No comitê de Holandinha, a paralisação é atribuída ao que chamam de “campanha suja, agressiva contra o candidato”.

Já no comitê de Washington, a análise é que o candidato do PTC parou por que não conseguiu explicar os fatos contra eles mostrados na propaganda. Analisam ainda que, se não tivesse sido deixado tão soltou no início da campanha, Holandinha sequer teria chegado ao patamar que tem hoje.

O fato é que os dados analíticos mostram que o prefeito João Castelo ainda é o primeiro na disputa em São Luís, com Holanda parado e Washington subindo.

Isto explicaria os comentários nervosos dos aliados de Holandinha nos últimos dias.

E poderá se refletir já nas próximas pesquisas…

O Imparcial

Equipes de corte da CEMAR desligaram, na quarta-feira, dia 12/09, a energia elétrica de vários prédios da Prefeitura de Coroatá, que fica a uma distância de 276 quilômetros de São Luís. Segundo a Companhia, o Município tem uma dívida relativa ao pagamento do consumo de energia elétrica dos imóveis de sua responsabilidade.

E por não obter sucesso, após diversas tentativas de negociar o pagamento da mesma, decidiu, com base na legislação do setor elétrico brasileiro, interromper o fornecimento da energia elétrica de várias unidades consumidoras, conforme prevê a Resolução 414/2010 da ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica.

Vale ressaltar que apenas os prédios administrativos foram desligados.

A Companhia, ciente da necessidade do funcionamento de serviços essenciais, tais como as escolas, postos de saúde e poços utilizados no abastecimento de água, manteve o fornecimento de energia a estas unidades. Continue lendo aqui…

Foi o próprio Ednaldo Neves quem declarou seguir o projeto de Flávio Dino (PCdoB) nas eleições municipais, com apoio à candidatura de Holanda Júnior (PTC).

Ao jornal O EstadoMaranhão, Neves deixou claro que sua candidatura a prefeito seria apenas uma formalidade para evitar que o PRTB seguisse com Eliziane Gama (PPS) ou Tadeu Palácio (PP).

– O PRTB queria coligar mesmo era com Edvaldo Holanda, mas uma determinação nacional nos obrigou a lançar candidatura própria – declarou ele ao jornalista Giberto Léda, em matéria publicada em 29 de junho.

Ednaldo Neves: com esta cara, ele quer convencer

Detalhe: ao dar a declaração, o agora candidato-laranja estava exatamente na convenção do PSB, após ter participado da convenção do PTC, que homologou Holandinha.

Dias antes, o laranja de Edivaldo já havia declarado ao site Vermelho, ligado ao PCdoB de Flávio Dino, que o PRTB estaria com Holanda na campanha em São Luís.

Há também declarações de Ednaldo Neves a este blog, quando do episódio envolvendo um candidato a vereador pelo PRTB, que tentava impedir a candidatura de Tadeu Palácio com ação judicial:

– Tenho direito de escolher quem eu apoio para mudar o Maranhão – disse o candidato, ao ser questionado sobre as relações com Flávio Dino. (Releia aqui)

Na campanha, Neves continua subsidiado pela oligarquia Dino.

Seus programas – usados para atacar o prefeito João Castelo (PSDB), enquanto Holanda Júnior posa de bom moço – são gravados pela mesma produtora que faz os programas do candidato do PTC.

Até as imagens de arquivo são fornecidas pela Imagine Comunicação, do empresário Evilson Almeida, marqueteiro de Holanda Júnior.

É com este papel que Ednaldo Neves se mostra à população de São Luís…

Dino e seu pupilo: o objetivo é poder por, no mínimo, 20 anos…

Com seus laranjas – Ednaldo Neves (PRTB), por exemplo – e seus agentes infiltrados, como José Reinaldo Tavares (PSDB),  o candidato Edivaldo Holanda Júnior (PTC) e seu padrinho, Flávio Dino (PCdoB), já definiram o mapa de poder que pretendem ocupar no Maranhão nos próximos 20 anos.

Tudo começa com as eleições de 2012 em São Luís.

Eleito prefeito, Holandinha criaria as bases – financeiras e políticas – para garantir a eleição de Flávio Dino para o Governo do Estado, em 2014. Depois, o próprio Holandinha buscaria sua reeleição de prefeito, garantindo também mais um mandato de governador a Dino.

Em 2022, seria o próprio Holandinha a suceder Flávio no governo, após ter elegido o sucessor em São Luís, nas eleições de 2020.

Tanto Flávio quanto Holandinha conversam abertamente sobre o projeto com os aliados mais próximos.

A dupla pensa ficar no poder estadual até, pelo menos, 2030 – comandando o Maranhão por quase 20 anos.

Uma oligarquia em todos o sentidos, exatamente o que Dino diz combater hoje.

Num ciclo que se repetirá em nome do poder – apenas o poder.

Só falta combinar com o eleitor…