Oposição ao grupo do ex-governador comunista até tenta se opor ao seu projeto de poder iniciado em 2014; mas pela cumplicidade de estar com ele nesses últimos sete anos e meio, teme na própria pele agir contra o novo oligarca
Editorial
Um teatro está sendo encenado para o eleitor maranhense desde que se iniciou o processo eleitoral de 2022.
Nesta trama farsesca há um rei, um novo oligarca, encarnado pelo ex-governador Flávio Dino (PSB), que finalmente conseguiu assumir o papel de “novo Sarney maranhense” – e com as bençãos dos próprios Sarney’s.
Com perseguições, chantagens e ameaças, Dino impõe sua vontade aos aliados e até adversários, atraindo ou eliminando da disputa quem ameace o seu projeto de poder iniciado em 2014.
Além do grupo Sarney praticamente todo, o comunista passou a controlar, lideranças comunitárias, pensadores e jornalistas, muitos dos quais nutrem por ele antipatia quase insuperável.
Os antagonistas do oligarca comunista formam a oposição; uma frágil oposição.
A maioria dos que gritam hoje contra os desmandos do ex-governador estavam com ele em 2014, quando tomaram o poder dos Sarney; e muitos seguiram colados ao rei por todo este período, até chegar 2022.
Por isso há esta fragilidade nos que decidem se opor.
Muitos temem que as ameaças sejam cumpridas e os mecanismos de perseguição sejam acionados; por isso é que se vê gente do PL, do MDB, sarneysistas, reinaldistas, jackistas e até pedetistas declarando apoio ao comunista oligarca.
Muitos destes são cúmplices do que foi feito no Maranhão nos últimos sete anos, período em que comunistas deixaram a pequena burguesia e a classe operária para viver na Península e passaram a ostentar charutos e champagnes nas noites de São Luís e fora da capital maranhense.
Por serem cúmplices, estes oposicionistas apenas cumprem o papel que lhes foi dado nestas eleições, sem maiores riscos, sem quebrar as lanças contra o oligarca, exatamente como ocorria nos tempos sarneysistas.
É assim que o teatro das eleições vai sendo encenado, com cada um desempenhando seu papel nos atos de campanha.
Enquanto a plateia segue enganada com o pão e circo.
Como sempre ocorreu no Maranhão….