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Assembleia volta atrás e aprova homenagem ao MST…

Um dia depois de a bancada mais próxima ao governador Carlos Brandão se mobilizar para rejeitar o pedido do deputado comunista Júlio Mendonça, mesa diretora reforma a medida, mas ainda com acusações de atropelos a requerimentos de mesmo teor apresentados desde a quarta-feira, 3, pelo também comunista Rodrigo Lago

 

Deputados de esquerda foram à Assembleia paramentados com símbolos do MST em homenagem aos trabalhadores rurais

A forte pressão da esquerda e dos movimentos sociais levou a Assembleia Legislativa a aprovar , nesta quinta-feira, 4, homenagem ao Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST), à Contag e à Fetaema; na quarta-feira, 3, a bancada ligada ao governador Carlos Brandão (PSB) rejeitou o requerimento do comunista Júlio Mendonça, o que causou surpresa na classe política.

A confusão ideológica de Brandão foi analisada neste blog Marco Aurélio d’Eça, no post “Brandão é de direita; errado é pensar dele o contrário…”.

O MST, a Contag e a Fetaema são movimentos de esquerda fortemente ligados ao PT e ao governo Lula, do qual Brnadão ainda declara-se aliado; a votação desta quinta-feira, 5, deixou mais claro quem é quem entre esquerda e direita no plenário da Assembleia:

  • Votaram contra a homenagem os deputados Ricardo Seidl (PSD), Wellington do Curso (Novo), Yglésio Moyses (Sem partido), Florêncio Neto (PSB) e Mical Damascenso (PSD);
  • Abstiveram-se os deputados Fernando Braide (PSD) e Drª Viviane (PDT).

Mesmo tentando conciliar os ânimos causados pela posição da bancada ligada a Brandão, a nova votação não deixou de causar embaraços à Assembleia.

Vice-presidente da Casa, o deputado Rodrigo Lago (PCdoB) denunciou ter sido usurpado em seu direito de precedência, por ter apresentado seus requerimentos para a nova votação antes de outros – de Roberto Costa (MDB) e de Antonio Pereira (PSB), ambos ligados ao governo – e seu documento sequer ter aparecido em plenário.

– Quero manifestar meu posicionamento; tive meus requerimentos apresentados antes destes, e foram ignorados pela Mesa Diretora; quero saber o que houve, por que o Regimento Interno deixa claro o direito de precedência – cobrou o parlamentar.

A presidente Iracema Vale (PSB) disse que ira instaurar procedimento administrativo para saber o que houve, mas pôs em votação os projetos dos seus aliados da Mesa.

O episódio ressaltou claramente o racha na base governista entre dinistas e brandonistas…

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Brandão é de direita; errado é pensar dele o contrário…

Reação da bancada alinhada ao Palácio dos Leões contra homenagem da Assembleia Legislativa ao MST, à Contag e à Fetaema, além de expor a contrariedade do governo com seus camaradas comunistas, revela também que a presença do governador no PSB atende apenas aos seus interesses meramente eleitorais, sem nenhuma identidade com os postulados da esquerda

 

O Brandão fazendeiro é anterior ao Brandão governador; e sua condição de dono de terra se sobrepõe à sua ideologia política

Editorial

O governador Carlos Brandão (PSB) sempre foi um homem de direita, por origem familiar, por ideais de vida e por ideologia política.

Nascido nos latifúndios de Colinas, filho de donos de terra e fazendeiros dos rincões maranhenses, pouca familiaridade ele tem com as lutas de trabalhadores sem terra e com as angústias sofridas por pequenos lavradores diante do avanço impiedoso do agronegócio.

Na política, sempre esteve vinculado a partidos de direita: PDS, PTB, PFL, DEM…

Chegou, no máximo, ao centro do espectro ideológico ao filiar-se, nos anos 90, ao social-democrata PSDB; foi deputado federal anti-Lula (PT), calou-se diante do golpe contra Dilma Rousseff (PT) e esteve no PRB bolsonarista, antes de ensaiar um retorno ao PSDB e desembarcar de mala e cuia no PSB, a pedido de Flávio Dino.

Na campanha de 2022, foi visível o seu desconforto e a falta de intimidade com os ideais do então candidato a presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que fazia um esforço hercúleo para reconhecê-lo entre os seus. (Relembre aqui, aqui, aqui e aqui)

Ingenuidade, portanto, imaginar que o governador do agronegócio, com família de fazendeiros e visão de mundo voltado às ideias liberais tenha tido, ainda que por segundos, qualquer lampejo de esquerda em sua cosmovisão.

O governador Carlos Brandão foi, é e sempre será um homem de direita.

Um homem de direita não compreende o significado e o simbolismo de um movimento como o dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que fez muito mais pela reforma agrária do que todos os governos juntos ao longo de todo o período republicano brasileiro.

Está claro que a reação da bancada brandonista na Assembleia Legislativa à iniciativa do comunista Júlio Mendonça de homenagear o MST, a Fetaema e a Contag foi uma reação não a essas instituições, mas ao grupo que se movimenta em contraponto ao inquilino do Palácio dos Leões, formado majoritariamente por homens de esquerda ligados ao agora ministro do Supremo Tribunal Federal Flávio Dino.

Cobrar do governador coerência ideológica é ingenuidade ou desespero de causa; é como jogar xadrez com pombos.

Brandão é um homem das terras sem nenhuma sensibilidade para sem-terras, lavradores e outros tais do setor agrícola; ele só quer retaliar comunistas e esquerdistas que acham poder peitá-lo.

E pouco importa se esta retaliação atinge lavradores e trabalhadores.

É simples assim…

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Histórico antipetista fritou Capelli no governo Lula…

Sem a proteção do futuro ministro do STF Flávio Dino, seu principal assessor passou a ser confrontado com o fato de ter atuado fortemente para tirar o PT das eleições de 2022, inclusive com uma série de artigos jornalísticos em que defendia abertamente uma alternativa de centro-esquerda ao partido do presidente Lula, enquanto este estava cumprindo sentença em Curitiba

 

Dinista, não-lulista e antipetista, Capelli perde espaço no governo com a saída do aliado da política

Análise da Notícia

Com 30 anos de estrada no jornalismo, o titular deste blog Marco Aurélio d’Eça acompanha a trajetória do ex-secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Capelli, desde quando ele ainda militava na política estudantil, no final dos anos 90; militante histórico do PCdoB, ele foi forte dirigente da União Nacional dos Estudantes e se aproximou do ex-ministro da Justiça Flávio Dino quando este chegou a Brasília, como deputado federal.

Comunista, Capelli sempre atuou para diminuir a hegemonia do PT na esquerda brasileira

Nomeado por Dino chefe do Escritório de Representação do Maranhão em Brasília, passou, dali, a construir a trajetória do então governador como opção ao petismo e a Lula; após o golpe que criminalizou o PT e levou Lula à prisão, Capelli ganhou força para transformar o aliado comunista em opção de centro-esquerda.

– Da mesma forma que a direita procura um nome novo capaz de virar um pólo aglutinador, um nome que seja capaz de dialogar com o “chamado futuro” e unir forças, o mesmo poderia acontecer na esquerda – pregou o assessor de Dino, em 2018, no artigo “Para onde vai a esquerda?”, quando o PT insistia em manter o nome de Lula, mesmo ele já estando inelegível; e preso. (Leia a íntegra aqui)

Foram diversos outros artigos neste tema. Mas o PT sempre soube do antipetismo de Capelli; Lula sempre soube de sua atuação para diminuí-lo como opção da esquerda.

– Eu sei que vocês acham que entendem tudo de política, mas tentem ao menos compreender Lula. É verdade que Cappelli fez um excelente trabalho sob o comando de Dino e Lula, mas também é verdade que, há menos de cinco anos, era um militante antipetista e anti-Lula inveterado. Lula é sábio – expôs em suas redes sociais Camila Moreno, membro da executiva nacional do PT e ligada à presidente do partido, Gleisi Hoffmann.

A derrota do PT em 2018 – e a busca de Flávio Dino por um protagonismo nacional – exacerbou o antipetismo de Ricardo Capelli para além dos artigos no portal Vermelho, do PCdoB; ele foi um dos articuladores da aproximação de Dino com o PSDB e, principalmente, com o capitão da indústria Jorge Paulo Lemman, história já contada neste blog Marco Aurélio d’Eça, no post “Articulação de Dino com Huck passa pelo todo poderoso da Ambev…”.

Capelli ficou ainda mais próximo de Flávio Dino – e ganhou ainda mais força para trabalha-lo como alternativa a Lula – após ser nomeado secretário de Comunicação e Articulação Política do governo comunista no Maranhão; Dino tinha tanta convicção de que Lula estaria fora da sucessão de Bolsonaro que articulou a filiação do seu então vice Carlos Brandão ao PSDB; mas deu tudo errado.

Lula foi solto por decisão do STF – que também anulou suas condenações – apenas uma semana depois de Brandão se filiar ao PSDB, já em 2021; Flávio Dino foi obrigado a rever seu plano e a defender Lula como alternativa eleitoral.

Mas seu fiel-escudeiro Capelli já estava exposto no antipetismo.

O PT e Lula até aceitaram de bom grado a presença do ex-comunista como secretário-executivo do Ministério da Justiça, onde, reconhece-se, fez um excelente trabalho.

Mas agora que seu padrinho está fora da política, os petistas começam a relembrar tudo o que foi escrito por ele.

Por isso a sua fritura no governo Lula…

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Lahésio chama Flávio Dino de fraude e se declara “maior adversário” do ministro no MA…

Ex-candidato a governador diz que esperou o último momento do debate sobre a indicação do ex-governador ao STF para fazer campanha com os senadores pela não aprovação do nome do maranhense, que ele chama de perseguidor e parcial, posturas incompatíveis com a Corte Suprema

 

Lahésio grava vídeo para alertar senadores sobre Flávio Dino no Supremo Tribunal Federal

O ex-candidato a governador do Maranhão Dr. Lahésio Bonfim (PSC) divulgou vídeo em suas redes sociais nesta terça-feira, 12, para falar pela primeira vez sobre a indicação do ministro da Justiça Flávio Dino para o Supremo Tribunal Federal.

 Autodeclarado “maior adversário de Dino no Maranhão”, Lahésio chama o ministro de fraude e perseguidor, e diz que esta perseguição durante o governo do ex-comunista o transformou de prefeito da menor cidade do Maranhão em segundo lugar na disputa pelo Governo do Estado.

– Quando o Lula indicou o Flávio Dino ao STF meus amigos ligaram e pediram: “Lahésio fica pianinho, não fala nada, cara, não diz nada”; mas eles sabem da minha essência e sabem que eu não iria ficar calado. Esperei o último segundo para falar com você senador que vai sabatinar esse homem – comentou Lahésio.

O ex-candidato a governador classificou Dino de fraude, e disse que ele tem perfil perseguidor e parcial, o que não condiz com a postura de um ministro do STF.

O ex-candidato a governador se autodeclarou o maior adversário de Flávio Dino no Maranhão

No vídeo, Lahésio lembra que o ministro pregou o extermínio dos Sarney no Maranhão, mas seu governo trouxe de volta o grupo do ex-presidente ao poder.

– Hoje a Roseana dança de alegria com Flávio Dino; o Sarney faz lobby com vocês [senadores]; hoje o adversário dele aqui sou eu – afirmou o ex-candidato, referindo-se ao vídeo da ex-governadora que virou meme nas redes sociais.

Além de questionar a imparcialidade de Flávio Dino, Lahésio também mostrou o fracasso do ex-comunista como governador, destacando o aumento da miséria no Maranhão nos quase oito anos de mandato.

O vídeo de Lahésio Bonfim foi encaminhado aos senadores e a membros da imprensa que cobrem Brasília.

a sabatina de Flávio Dino acontece nesta quarta-feira, 13…

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Mical Damasceno vai disputar vice-presidência da Assembleia

Deputada estadual garante que já tem articulação com pelo menos outros 10 parlamentares e pretende colocar seu nome à disposição na eleição prevista para o dia 20 de junho; a seu favor pesa o fato de a Casa não se sentir obrigada a apoiar uma nova candidatura de um membro do PCdoB, como afirmou o deputado Dr. Yglésio

 

Mical Damasceno tem projetos definidos para agora, 2024 e, sobretudo, para 2026, quando pretende voos mais altos

A deputada estadual Mical Damasceno (PSD) revelou ao blog Marco Aurélio d’Eça, nesta terça-feira, 6, que vai disputar a vice-presidência da Assembleia Legislativa, na eleição da mesa prevista para o dia 20 de junho.

A antecipação da eleição foi aprovada em primeiro turno na última quarta-feira, 31, e deve ser apreciada em segundo turno até a próxima terça-feira, 13, o que garante a data de 20 de junho para a eleição.

A atual presidente Iracema Vale deve ser reeleita.

A candidatura de Mical Damasceno surge de um sentimento interno entre os parlamentares de não manter o PCdoB como vice na chapa da atual presidente; o deputado Dr. Yglésio Moyses (PSB), por exemplo, afirmou em entrevista nesta terça-feira, 6, à TV Mirante, que “a Casa não pretende manter o PCdoB na chapa de Iracema”.

Também confirmou haver resistências em torno do nome do atual vice, Rodrigo Lago (PCdoB), o deputado Fernando Braide (PSD), embora este garanta não ter nenhum problema pessoal com o comunista.

É dentro deste contexto que Mical trabalha o seu nome.

– Eu estou articulando com m grupo de deputados e pretendo mesmo concorrer à vice-presidência – disse Mical Damasceno.

A meta de concorrer à vice na Assembleia faz parte de um objetivo maior da deputada do PSD: dar voos mais altos nas eleições de 2026, segundo revelou ao blog Marco Aurélio d’Eça.

Ela trabalha para se consolidar como legítima representante entre os conservadores da direita maranhense e se viabilizar como opção apara o Senado ou mesmo para deputada federal.

Mas esta é uma outra história…

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Rildo Amaral aparece bem em pesquisa de Imperatriz…

Deputado estadual do PP é o pré-candidato da base do governo Carlos Brandão mais bem posicionado na corrida pela sucessão do prefeito Assis Ramos; deputado federal Josivaldo JP aparece melhor que dinistas como Clayton Noleto e Marco Aurélio; Mariana Carvalho é a surpresa do levantamento

 

Rildo Amaral é o aliado de Brandão melhor posicionado na disputa em Imperatriz; Mariana Carvalho surpreende e aparece bem

O blog Marco Aurélio d’Eça teve acesso nesta quarta-feira, 3, a números de uma pesquisa sobre a sucessão do prefeito de Imperatriz, Assis Ramos (União Brasil), que aponta forte rejeição ao gestor.

Ramos tem nada menos que 95% de desaprovação do seu governo, uma das mais altas taxas já registradas na história de Imperatriz.

Os números da disputa não serão publicados a pedido do interlocutor deste blog no Palácio dos Leões, mas apenas a posição de cada um.  

Entre os nomes já postos para a disputa de 2024, o deputado estadual Rildo Amaral (PP) é o governista mais bem posicionado; atrás dele aparece o deputado federal Josivaldo JP (PSD).

O levantamento é o mesmo já divulgado no blog Marco Aurélio d’Eça, que apontou a popularidade do governador Carlos Brandão (PSB) e mostrou também a quantas anda a corrida pela sucessão em São Luís.

Aliados do ministro da Justiça Flávio Dino (PCdoB) são citados, mas em posições inferiores; o ex-deputado Marco Aurélio é o comunista mais bem posicionado, à frente do ex-secretpário de Infraestrutura Clayton Noleto.

A pesquisa confirma também o fechamento de um ciclo em Imperatriz, que teve como protagonistas, por anos, os ex-prefeitos Sebastião Madeira (PSDB) e Ildon Marques (PP).

E a surpresa é a suplente de deputada federal Mariana Carvalho (PRB), que surge no bolo dos principais candidatos.

E ainda faltam 1 ano e seis meses apra as eleições emn Imperatriz…

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O que está por trás da mudança na formação da Mesa da Assembleia?!?

Resolução aprovada nesta terça-feira, 21, acaba com a posse automática do vice-presidente da Casa em caso de vacância do cargo de presidente; na prática, significa dizer que, caso a atual presidente Iracema Vale deixe o comando do Poder Legislativo, por um motivo ou outro, o atual vice, Rodrigo Lago – ligado ao ministro da Justiça, Flávio Dino – terá obrigatoriamente que concorrer com os demais colegas pelo posto

 

Rodrigo Lago usou a força de Flávio Dino para ser vice-presidente da Assembleia, mas não terá a perspectiva de poder que os dois imaginaram

A Assembleia Legislativa impôs nesta terça-feira, 21, mais um duro golpe no grupo do ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB); aprovado por 41 votos, Projeto de Resolução acaba com a posse automática do vice-presidente em caso de vacância do posto de presidente da Casa.

Apenas o atual vice, Rodrigo Lago (PCdoB) – que, obviamente, tinha interesse pessoal no caso – votou contra a Resolução.

Na prática, a aprovação da Resolução tira de Rodrigo Lago a possibilidade de ele vir a ser presidente da Casa, automaticamente, em caso de a atual presidente Iracema Vale (PSB) deixar o posto, por um motivo ou outro. Neste caso, Lago precisará se submeter a uma eleição contra qualquer um dos deputados do plenário.

A regra que beneficiava o aliado de Flávio Dino estava em vigor desde 2004.

Foi exatamente por isso que o ministro da Justiça resolveu bater o pé e não abrir mão de Rodrigo Lago como vice de Iracema Vale, aliada do governador Carlos Brandão (PSB); Dino imaginava que Lago seria o substituto natural de Iracema. Não será.

E a presidente pode mesmo deixar o posto nos próximos anos.

Circulam nos bastidores da Assembleia que Iracema pode, por exemplo, vir a disputar a Prefeitura de Barreirinhas, o que, em caso de vitória, faria do aliado de Flávio Dino, automaticamente, presidente da Assembleia a partir de 1° de janeiro de 2025.

A Resolução acaba com esta perspectiva de Rodrigo Lago.

E empurra mais uma derrota no colo de Flávio Dino…

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Comunistas ligados a Flávio Dino são substituídos na Alema…

Simone Limeira, do PCdoB de Grajaú, e a cunhada do próprio ministro da Justiça perderam o comando da Diretoria de Documentação e Registro, que será ocupado pela ex-prefeita Carmem Neto e pelo ex-deputado Hélio Soares

Protegida histórica de Flávio Dino, Simone Limeira perdeu cargo na Assembleia Legislativa

Aliados e simpatizantes ainda tentam negar ou minimizar o distanciamento entre o governador Carlos Brandão e o ministro da Justiça Flávio Dino (ambos do PSB).

Mas os fatos, cada vez mais notórios, só confirmam que a relação entre os dois é cada vez mais insustentável.

Flávio Dino acaba de ver duas aliadas sendo substituídas na Assembleia Legislativa, cujo comando é da deputada Iracema Vale (PSB), uma das principais aliadas de Brandão.

Simone Limeira, do PCdoB de Grajaú, que era a diretora de Registro e Documentação, será substituída pela ex-prefeita Carmem Neto, mulher do ex-deputado Paulo Neto, um dos principais apoiadores de Iracema.

O adjunto de Carmem Neto será o ex-deputado Hélio Soares (PL), que disputou a vice-governadoria na chapa do senador Weverton Rocha (PDT).

Ele vai substituir ninguém menos que a própria cunhada de Flávio Dino.

Brandão manteve aliados de Dino no governo, mas apenas os que tinham cacife proprio, como Felipe Camarão (PT), que é vice-governador, e Lene Rodrigues, que é mulher do deputado federal Márcio Jerry (PCdoB).

Uma das principais perdas do comunista foi a saída de Ted Lago do Porto do Itaqui.

Já a Secretaria de Segurança Pública segue com o titular indefinido por que Brandão ainda tenta negociar com Dino.

Mas neste clima de distanciamento o diálogo parece cada vez mais difícil…

 

 

 

 

 

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Autonomia marca primeiros dias do secretariado de Brandão…

Titulares de algumas das principais pastas do Governo do Estado iniciaram a semana com a montagem de suas equipes, sem interferências externas, o que parece apontar para o fim do aparelhamento estatal vivido nos últimos oito anos

 

O Palácio dos Leões passou quase oito anos fechado para quem não se alinhasse a Flávio Dino; Brandão parece mudar este dogma

Uma característica tem marcado a maior parte do secretariado do governo Carlos Brandão (PSB) nestes primeiros dias pós-posse.

Em algumas das principais pastas, o titular tem montado sua equipe técnica com absoluta autonomia e liberdade de escolha, o que reforça o papel democrático e agregador do governo.

Nos últimos oito anos viu-se um aparelhamento partidário – sobretudo por parte do PCdoB – em praticamente todas as pastas do governo Flávio Dino (hoje no PSB).

As escolhas técnicas para as pastas passavam pelo crivo ideológico comunista, o que levou algumas secretarias a se transformar em sucursais do partido do governador.

Um exemplo é a comunicação institucional, tomada de assalto desde 2015 pelo PCdoB, que aparelhou empresas como a rádio Timbira e baniu do acesso à publicidade oficial veículos não-alinhados às teses do inquilino do Palácio dos Leões.

Felizmente, os ares que se respira no Palácio desde janeiro parece mostrar que o clima mudou.

E que, a partir de agora, a competência e o preparo técnico estão mesmo acima do atestado ideológico.

Um avanço e tanto no Maranhão…

 

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Dinistas são esvaziados no novo governo de Brandão…

Secretários, dirigentes de empresas e auxiliares do segundo escalão vinculados ao ministro da Justiça perderam espaço na estrutura do novo governo, apesar de o Palácio dos Leões manter no secretariado, outros comunistas, estes com pedigree próprio

 

Flávio Dino tem aliados como Márcio Jerry ainda com força no governo, mas a influência de outros “comunistas”, como a de Capelli, tende a ser esvaziada a partir de agora

Análise da notícia

A reforma do secretariado operada pelo governador Carlos Brandão (PSB) encaminhou de forma inequívoca um esvaziamento pronunciado do que se pode chamar de período comunodinista no Palácio dos Leões.

Apesar de Brandão manter no governo postos de aliados de primeira hora do ministro da Justiça Flávio Dino (PSB) – estes com pedigree próprio, como os deputados federais Márcio Jerry (PCdoB) e Duarte Júnior (PSB) – outras peças ligadas ao ciclo comunista perderam cargos no primeiro escalão.

Exemplos claros são o presidente da empresa que administra o Porto do Itaqui, Ted Lago, e o ex-secretário de Direitos Humanos, Francisco Gonçalves.

Ambos são técnicos preparados em, suas áreas, com histórico de serviços prestados; mas, ainda que de forma sutil, acabaram vinculados ao comunismo mais próximo a Dino, diferentemente de Jerry e Duarte, que têm força própria na mesa de negociação.

O avanço da reforma de Brandão deve alcançar outros comunistas instalados no segundo e terceiros escalões do governo; um exemplo é a Secretaria de Comunicação, ainda fortemente vinculada ao ex-secretário Ricardo Capelli.

Desde as secretarias adjuntas, passando pela rádio Timbira e outros órgãos ligados à Secom – que será comandada pelo jornalista Sérgio Macedo – são ainda fortemente influenciados por Flávio Dino, que tem Capelli hoje como seu secretário-executivo no Ministério da Justiça.

O blog Marco Aurélio d’Eça tem dito e repetido que a relação entre Brandão e Flávio Dino não deve ser abalada, por um lado ou por outro, como se pode reler nos textos “A guerra surda entre Flávio Dino e Carlos Brandão…”, “A guerra fria entre Brandão e Flávio Dino…” e “Carnaval expõe distanciamento entre Brandão e Flávio Dino…”

Mas já está bem claro que o governador agora é Carlos Brandão e não Flávio Dino…