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De como a Secom deixa Brandão apanhar sem necessidade por “Bacabeirinha”

Incapaz de responder às críticas pela construção do viaduto na região de São Marcos, comunicação governista vê, inerte, a imagem do governador ser arranhada em questionamentos, alguns injustos, sobre este equipamento urbano

 

Viaduto da Litorânea, ainda em janeiro, quando a alça elevada ainda estava em construção; hoje ela já está liberada para trânsito

Análise da Notícia

À medida que se aproxima a data de inauguração do viaduto da entrada da Avenida Litorânea, na região de São Marcos, aumentam as críticas em blogs e redes sociais ao governador Carlos Brandão (PSB); e a ainda incipiente oposição se aproveita para desgastar a imagem do governo.

Mas tudo isso já teria sido evitado por uma boa campanha de mídia, uma propaganda eficaz, que mostrasse a importância e a efetividade deste equipamento urbano; Brandão apanha pela incapacidade de reação de sua comunicação, calçada em métodos arcaicos e com ideias ainda do século passado. (Saiba mais aqui e aqui)

Ainda em janeiro, este blog Marco Aurélio d’Eça escreveu o post “Viaduto da Litorânea avança…”.

– Pelo que se percebe do atual estágio da obra, há uma injustiça nas críticas ao governo dos que pregam sua desnecessidade. Além de viabilizar melhor trânsito na área – que congestiona na conversão de saída da avenida da praia para voltar ao Calhau – o viaduto evitará os acidentes causados pela conversão cruzada de retornos, expondo os veículos a batidas – mostrou o post, que considerou injusta também a crítica por suposto prejuízo da obra às belezas naturais da região. 

Toda a crítica ao chamado “Bacabeirinha” começou apenas com uma família que tem empreendimento na área e um dos membros, que foi vinculado à Prefeitura de São Luís, é bolsonarista e tem posicionamento de direita, tem forte influência em setores da mídia.

Nesta quarta-feira, o jornalista Gilberto Léda também publicou imagens  aéreas do viaduto,  mostrando o fluxo na região após liberação do trânsito em sua alça elevada. (Veja aqui)

Como se vê, o governador Carlos Brandão não precisaria estar apanhando tanto por causa do “Bacabeirinha”; bastam ações de mídia eficazes, com foco na internet, blogs e redes sociais.

Mas para isso a Secom precisa superar os tempos arcaicos – em que só existia uma emissora de TV e se dizia que “se jornal A não deu, o fato não aconteceu”.

Infelizmente, a doutrina na comunicação de Brandão ainda segue essa máxima.

E quem paga o apto é o governador…