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Edilázio relata clima de guerra no Maranhão com ação da Polícia Militar

Em discurso na tribuna da Câmara Federal, deputado ressalta que o governador Flávio Dino não cumpre decisões judiciais, mas decidiu cumprir na expulsão dos moradores do povoado Cajueiro

 

O deputado Edilázio júnior (PSD) relatou na Câmara Federal todo o clima de guerra criado pela Polícia Militar durante a retirada dos moradores do povoado Cajueiro, para atender a pedido de reintegração de posse da construtora WTorre.

Ao lembrar que o governador Flávio Dino (PSD) “é useiro e vezeiro” em descumprir decisão judicial, Edilázio acusou o comunista de usar a Polícia Militar para dar garantiras à empresa, que pretende construir um porto privado na área.

– Ele mandou todo o aparato policial para a Zona Rural de São Luís, para um distrito conhecido como cajueiro; e lá, com toda força, esses policiais tiraram os moradores e derrubaram suas moradias – ressaltou.

EM 2015, A POLÍCIA MILITAR JÁ RECEBIA À BALA MANIFESTANTES QUE TENTASSEM SE APROXIMAR DO PALÁCIO DOS LEÕES, onde Flávio Dino recebe líderes do Movimento Sem Teto

No discurso, o parlamentar lembrou também que, à noite, os moradores foram à praça Pedro II, pedir conversa com Flávio Dino; e foram recebidos à bala.

– Esses moradores tiveram a audácia de ir para  aporta do Palácio dos Leões pedir clemência ao governador, pedir ajuda ao governador. E ali ficaram, de forma pacífica, sem gritaria. E qual foi a ordem do governador? Quando se sentiu incomodado com a presença dos sem-teto, o couro comeu, a bordoada comeu com esses que pediam clemência. Foi usado a tropa de choque, com spray de pimenta, bomba de gás lacrimogêneo, balas de borracha para dispersar meia dúzia de pessoas que pediam ajuda do governo – destacou.

Em seu pronunciamento, Edilázio lembrou a ação da PMMA na Vila Nestor, que resultou, inclusive, na morte de um sem-teto, em 2015. (Relembre aqui e aqui)

Ainda no discurso, o parlamentar destacou que a WTorre foi doadora da campanha de Flávio Dino.

Veja os vídeos acima

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O que o governo tem a ver com isso?!?

Envolver o Governo do Estado na polêmica da invasão de um terreno no Turu é abrir espaços para legitimar uma indústria criminosa que prospera nas periferias de São Luís

 

Movimento orquestrado para pressionar o governo, hoje, na Deodoro

Movimento orquestrado para pressionar o governo, hoje, na Deodoro

É preciso deixar claro: o governo Flávio Dino (PCdoB) nada tem a ver com a invasão da Vila Nestor II.

E neste aspecto, não fazem sentido manifestações como as de hoje na Praça Pedro II, com palavras-de-ordem contra o governador.

Trata-se de uma tentativa de desgastá-lo, na tentativa de fazê-lo tomar uma decisão que não é dele.

O terreno invadido pelos ocupantes levados à Praça Pedro II é particular, com dono regulamentado;  e se tem alguma irregularidade cabe à Justiça determinar a questão.

E são claros os sinais de mais umação de uma indústria de invasões especializada em manipular as classes mais humildes, para se locupletar de áreas gigantescas, depois valorizadas e vendidas por milhões, no varejo dos loteamentos.

E se o governo – qualquer que seja ele – tem alguma coisa a ver com esse crime, é só na perspectiva de garantir policiamento necessário a expulsar os invasores da área.

E é isso que precisa ser feito.

Para o bem das instituições públicas e privadas…