Month: novembro 2012

Do blog de Robert Lobato

Sempre há um debate sobre qual o melhor perfil para um governo: se político ou técnico. E toda vez que o povo está na iminência de ser representado por um novo governo esse debate ganha mais força, pois os eleitos tratam logo de anunciar que os cargos serão ocupados a partir do “perfil técnico” dos escolhidos.

Ora, o ideal, o sonho de qualquer gestor de verdade é nomear auxiliares tecnicamente competentes para fazer uma gestão de resultados, profissional, que administre a máquina governamental para dar “lucro” social em forma de serviços de qualidade para cidadania que paga os seus impostos.

Ocorre, que os governos são reflexos das negociações políticas e das alianças que são feitas ainda na época da eleição.

Acrescenta-se a isso o fato das eleições no Brasil serem em dois turnos, o que faz, no caso da eleição não ser definida no primeiro turno, que novas negociações terão que ser feitas para conquistar a vitória nas urnas no segundo turno.

Dito dessa forma, é claro que qualquer futuro governante jamais terá a liberdade necessária para montar “o governo dos seus sonhos”, onde critérios técnicos sejam definidos à revelia da engenharia política a qual repousa a sua eleição, caso contrário é crise em riba de crise. Continue lendo aqui…

Relação com equipe do prefeito eleito será formal, toda documentada; Montagem da equipe foi comunicada a Holanda Júnior um dia depois da formalização de sua equipe de transição

O prefeito João Castelo (PSDB) já encaminhou ofício ao prefeito eleito Edivaldo Holanda Júnior (PTC) comunicando a nomeação de uma Comissão de Transição da Prefeitura para tratar dos assuntos de interesse da futura administração municipal.

O documento de Castelo foi encaminhado no dia 1º de novembro de 2012, um dia após receber documento de Edivaldo Holanda Júnior anunciando a formação de sua equipe de transição presidida pelo vice-prefeito Roberto Rocha (PSB).
 
A equipe de Castelo é presidida pelo técnico Antonio José Costa Brito e tem como integrantes Roseli Ramos, Margareth Reis, Afonso Lopes, Ubirajara Zoroastro Rodrigues Batista, Getúlio Germano de Brito, Marcos Aurélio Freitas, Marphisa Mont’Alverne Frota, Maria do Amparo Araujo Melo e Joel Cutrim Pinto.
 
De acordo com o ofício de Castelo, a comissão de transição tem como objetivo “atender, por escrito, aos pedidos de informação que lhe forem formalmente solicitadas, as quais deverão ser dirigidas, igualmente por escrito, ao presidente da comissão”.

Ou seja, o atual prefeito deixa claro, no expediente encaminhado a Edivaldo Júnior, que toda a transição será pautada pela formalidade, por meio de troca de informações devidamente documentadas.
 
Outro aspecto que chama a atenção no expediente de Castelo é que a formação da equipe da Prefeitura é eminentemente técnica.

Em síntese, o atual prefeito dá a entender que não aceita que a transição administrativa seja desviada para o campo político.

Conceição Andrade: competêencia e capacidade

A ex-prefeita Conceição Andrade entrou na campanha de Edivaldo Holanda Júnior (PTC) a convite do pai do então candidato, o ex-deputado Edivaldo Holanda.

Holandão foi ao apartamento de Conceição convidá-la a entrar na campanha.

Os dois são amigos de longas datas. O pai do prefeito eleito foi o chefe de gabinete de Conceição Andrade na Prefeitura de São Luís (1993/1997) e um dos mais poderosos secretários daquela administração.

É exatamente por isso que ele chamou a ex-prefeita para a campanha do filho. E o blog apurou que ele a quer também no futuro governo.

Márcio Jerry: o homem de Flávio Dino no governo

Holandão quer no comando de gabinete do filho alguém confiável, experiente, competente e que tenha autoridade para conduzir o secretariado.

A amiga Conceição se encaixa perfeitamente no papel, entende ele.

E começa aqui o problema para o ex-deputado.

Patrono da candidatura de Holandinha, o ex-deputado Flávio Dino (PCdoB) já definiu para o posto de secretário de governo o jornalista e presidente municipal do PCdoB, Márcio Jerry, seu homem de confiança.

Dino entende que com Jerry controlando o gabinete, terá mais controle da própria gestão holandina, mesmo à distância.

Mesmo antes da definição da candidatura de Holanda Júnior, já se sabia que Márcio Jerry seria o chefe do governo, por indicação do PCdoB.

Até por isso, e para preservar a gestão do filho, é que Holandão recorreu a Conceição Andrade.

E um novo duelo se desenha no horizonte político…