Month: janeiro 2015

Ordem no novo governo do Maranhão é tirar tanto as bases partidárias quanto o apoio no segmento evangélico, para que a deputada se veja forçada a negociar com o prefeito uma aliança em 2016

Eliziane: apoio popular e tentativa de esvaziamento

O prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PTC) já não esconde mais de ninguém que deseja ter a deputada Eliziane Gama (PPS) como sua companheira de chapa nas eleições de 2016.

O prefeito reconhece as dificuldades de derrotar a deputada no voto, por isso, tenta cooptá-la. E para isso, recorreu aos préstimos do novo regime que comanda o estado.

Cabe ao grupo liderado pelo governador Flávio Dino (PCdoB) retirar todas as possibilidades de apoio à deputada, a fim de forçá-la a abrir mão da disputa – para qual tem quase 50% das intenções de voto – e fechar apoio ao próprio Holandinha.

Segundo apurou o blog, uma oferta já foi feita a Eliziane: ela teria direito a indicar três secretários municipais, já agora, com carta branca para o controle das pastas.

O próprio Edivaldo Júnior já mandou recado à deputada, colocando-se à disposição para fechar o acordo pessoalmente.

Além de espaço de poder já nesta gestão, Eliziane teria ainda a garantia de que Holandinha deixaria  prefeitura em 2018, para compor a chapa do próprio Dino – como candidato a senador ou a vice-governador.

Eliziane assumiria a prefeitura e poderia concorrer à reeleição, em 2020.

O problema é que há membros do próprio PCdoB interessados na vice de Holandinha. O deputado Rubens Pereira Júnior é um deles, com o mesmo interesses de assumir a prefeitura em 2016.

Tendo ou não sucesso em sua empreitada, o prefeito demonstra sua insegurança com a presença de Eliziane Gama na disputa.

E não há como negar…

Grupo do prefeito tentou capitalizar o crescimento residual que ele experimentou nas pesquisas, mas sua rejeição estratosférica preocupa, sobretudo relacionada também à falta de ações de sua gestão em São Luís

Dino e Edivaldo: Eliziane é o alvo

O crescimento residual do prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PTC) nas pesquisas – de apenas 1 ponto, abaixo da margem de erro, portanto – provocou um rebuliço entre seus aliados.

Os mais sensatos, porém, chamaram atenção para um dado importante: a rejeição do prefeito superou a casa dos 70% e chegou a 73%, segundo apurou o blog.

Com esta impopularidade, somada à falta de ações concretas em sua gestão, os aliados entendem que, dificilmente, Holandinha se recupera a tempo de garantir a renovação do mandato.

Ainda que tenha ao seu lado a maioria dos partidos.

Com rejeição não dá!

De acordo com o que apurou o blog, os números da última pesquisa foram mostrados ao prefeito e aos aliados do governador Flávio Dino (PCdoB) pelo vice-governador Carlos Brandão (PSDB).

E junto com os dados há o alerta do relatório, de que o prefeito caminha para a irreversibilidade da antipatia popular, sobretudo pela falta de iniciativa.

O raciocínio é  simples: no ano passado, aliados do governador Flávio Dino comemoravam a todo instante a rejeição do senador Lobão Filho (PMDB), que beirava os 40%. Para eles, este índice tornava irreversível a vitória de Dino.

Ora, se Edinho com 40% de rejeição não tinha chances, o que se dirá de Holandinha com 73% de impopularidade?

Esmaguem a irmã!

Eliziane: carisma popular sempre crescente

Outro dado fundamental dos números levantados pelos aliados do prefeito é a consolidação popular da deputada Eliziane Gama (PPS).

Mesmo fazendo tudo errado, com dificuldades evidentes de articulação e sem qualquer base partidária, a deputada tem um carisma quase indestrutível.

E alcançou uma popularidade – para o bem ou para o mal – só comparável aos grandes líderes estaduais.

Com ela se movimentando a todo instante, gerando fatos – sejam positivos ou negativos – criará um campo de debate em torno de si que dará a ela força popular inalcançável.

Por isso, a ordem no dois palácios – o dos Leões e o de La Ravardière – é esmagar a irmã de uma forma que ela saia do páreo da disputa eleitoral na capital maranhense.

Ou peça arrego ao próprio prefeito.

Mas esta é uma outra história…