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Bolsonaro cria as condições para se recusar a deixar o cargo em caso de derrota…

Denúncias de suposta censura da Justiça Eleitoral – que resultou na prisão do ex-deputado Roberto Jefferson – soma-se às denúncias de censura do TSE e de suposto prejuízo na veiculação de inserções de rádio e criam na campanha do presidente o clima que ele precisava para alegar ilegitimidade do resultado das urnas de domingo

 

Bolsonaro tem apoio de setores dos quarteis para se manter no poder em qualquer circunstância; e o caldo vem sendo engrossado neste segundo turno

Ensaio

No ambiente democrático, o período de transição entre a vitória de um presidente e sua posse em substituição ao que ocupa eventualmente o cargo, é salutar para o processo de reconhecimento do governo e da dinâmica da gestão.

Sob as condições de governo do presidente Jair Bolsonaro (PL), esse interstício entre a vitória e a posse é um risco para qualquer eleito.

E esse risco aumentou nos últimos dias com algumas ações que parecem calculadas para criar o clima que Bolsonaro precisa para rejeitar deixar o cargo caso perca a eleição de domingo, 30.

Os ataques covardes dos ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) na semana passada não tinham outro objetivo a não ser provocar sua prisão; e a reação do aliado de Bolsonaro parece ter sido calculada para reverberar nas redes sociais.

Antes dele, a campanha bolsonarista já havia criado o clima de mentirosa censura da Justiça Eleitoral à Rádio Jovem Pan – o que resultou, inclusive, em postagens de outros personagens bolsonaristas com falsas determinações do TSE para retirada das redes (lembra do pastor André Valadão?)

Esta semana surgiu nova denúncia, segundo a qual emissoras de rádio do Nordeste deixaram de veicular inserções de rádio da campanha de Bolsonaro, o que teria prejudicado o presidente.

Era o que faltava para os bolsonaristas engrossarem o caldo que vêm tentando desde 2019: descredibilizar a campanha e acusar o TSE de favorecimento.

É preciso lembrar que as Forças Armadas escondem desde o primeiro turno um relatório sobre auditoria nas urnas eletrônicas, que Bolsonaro proibiu de ser divulgado; a ordem é deixar para janeiro, exatamente no período de posse do eleito.

A eleição está polarizada, o que dá a Bolsonaro a condição de mobilizar metade do eleitorado nas ruas, seja qual for o seu motivo; e todos conhecem o perfil do eleitorado médio bolsonarista.

Com este povo nas ruas, tomar posse como presidente será mais uma tarefa de risco numa eventual vitória de Lula…

Marco Aurélio D'Eça

6 Comments

  1. Blogueiro DEIXA DE SER CANALHA cara…tá nítida o aparelhamento de todos pra tirar o presidente BOLSONARO…todos beneficiando o ladrão desgraçado de 9 dedos…tenha caráter, rapaz !!!

  2. Bolsonaro não; o TSE cometeu um erro primário, ao agir em favor do PT, essa é a verdade que se recusam a reconhecer. O Tribunal da eleições abriu um precedente jamais visto, na história da república brasileira. Numa guerra o erro do inimigo se transforma em arma fatal contra si. O TSE quer que dê Bolsonaro de qualquer jeito” Simples assim”.

  3. E por acaso o cara do tse não foi afastado justamente por dizer que tinham erros na inserção? Os erros só acontecem para favorecer teu ladrão de estimação, assim foi nas inserções e nas pesquisas eleitorais. Tu não achas estranho, tolinho? Já reparaste que quem disser no tse que o rei está nu é automaticamente massacrado?
    As eleições estão sob suspeita, e xandoca deve ser imediatamente afastado. Ou por ser suspeito ou condizente.

    • Blogueiro DEIXA DE SER CANALHA cara…tá nítida o aparelhamento de todos pra tirar o presidente BOLSONARO…todos beneficiando o ladrão desgraçado de 9 dedos…tenha caráter, rapaz !!!

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