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Simplício Araújo silencia sobre refinaria…

Antes crítico ferrenho da paralisação da obra, atual secretário de Indústria de Comércio – que deveria ter relação direta com o empreendimento – mantém-se absolutamente calado diante do anúncio de desistência da Petrobras

 

Simplício Araújo no terreno da refinaria: ele agora está calado

Simplício Araújo no terreno da refinaria: ele agora está calado

O ex-deputado Simplício Araújo (SDD) foi um dos mais ferrenhos críticos da demora da Petrobras na execução da refinaria de Bacabeira.

Ele organizou comissão da Câmara para visitar a obra, cobrou CPI para investigar a empresa e fez um verdadeiro circo em torno do assunto. (Leia aqui, aqui e também aqui)

Agora que assumiu a Secretaria de Indústria e Comércio – exatamente a área do governo Flávio Dino (PCdoB) afeita ao tema – silenciou por completo.

É claro que é demais exigir de Araújo conhecimento pleno de assunto tão complexo para entrar no debate. Mas ele, como homem do governo para o setor poderia, pelo menos, emitir uma nota sobre o assunto.

Afinal, é na Sedic onde estão todos os protocolos da parceria entre os governos estadual e federal para implementação do empreendimento.

O secretário poderia, por exemplo, mostrar em que termos a Petrobras recebeu o terreno para construção do empreendimento.

Mas Simplício Araújo fica absolutamente calado.

Será que perdeu a língua?!?

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Flávio Dino quer fazer parceria com Holandinha usando dinheiro de Dilma…

Ao invés de liberar recursos à prefeitura, o governo maranhense vai apenas catalogar projetos dos municípios para intermediar a liberação dos financiamentos do Governo Federal, estratégia que necessitará de boa articulação em Brasília, que Dino não tem – muito menos Edivaldo

 

Holandinha com Dino: e é Dilma é quem vai pagar a conta?

Holandinha com Dino: Dilma é quem vai pagar a conta?

Incapaz de solucionar os problemas de São Luís nos dois anos em que comanda a Prefeitura de São Luís, o prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PTC) quase entrou em êxtase com o anúncio de que o governador Flávio Dino (PCdoB) iria ajudar sua gestão.

Mas o que se viu no início da semana, durante a reunião de Dino com os prefeitos da Grande São Luís é que a coisa não é bem assim como ele pensava.

O governo Dino não vai liberar um tostão para Holandinha – pelo menos não oficialmente.

O que governador se propôs – e isso ficou claro no discurso do chefe da Agência Estadual de Mobilidade Urbana, José Arthur Cabral – foi catalogar todos os projetos dos municípios da região metropolitana e agir em Brasília para a liberação dos recursos. (Leia aqui)

Ou seja, Dino quer fazer caridade com o chapéu alheio.

O problema é que, para captar recurso federais, o governador – e o próprio prefeito – precisam ter forte articulação em Brasília, o que nem um nem outro tem.

Desde a sua vitória, Flávio Dino tenta agendar, sem sucesso, um encontro com a presidente Dilma Rousseff (PT). (Leia aqui)

Ela sequer cogita receber o comunista, ressentida com a  postura furta-cor do ex-aliado durante a campanha eleitoral.

Holandinha nem contato com Dilma tenta, por que sabe que não tem a menor chance de estar com a presidente.

E diante desta situação, a sonhada parceria, com a qual Holandinha fica em êxtase, parece que ficará apenas no blablablá.

É aguardar e conferir…

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Incoerência…

Curiosamente, o Portal da Transparência do governo estadual está paralisado desde o começo da gestão Flávio Dino.

Não há qualquer registro de gastos diretos, transferências a municípios ou despesas com pessoal na página eletrônica do Executivo estadual.

Embora muitos pagamentos já tenham sido efetuados nos últimos 30 dias, o governo que criou uma Secretaria de Transparência ainda não deu nenhuma informação oficial à população sobre seus gastos.

Portal não faz sequer referência ao ano de 2015

Portal não faz sequer referência ao ano de 2015

Da coluna Estado Maior, de O EstadoMaranhãio, com ilustração do blog

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“Sem fatos concretos, Flávio Dino faz discurso mentiroso e recheado de ódio”, diz a deputada Andrea Murad…

Andrea Murad: postura de contraponto

Andrea Murad: postura de contraponto

A deputada Andrea Murad (PMDB) lamentou a mensagem do governador Flávio Dino na abertura dos trabalhos da Assembleia Legislativa.

Na sua avaliação, durante todo o discurso, o novo governador apenas justificou seus 30 dias de péssima administração falando da gestão passada, o que demonstra a sua visão ultrapassada e perseguidora.

– Era de se prever que a fala do governador estivesse recheada de ódio. Não parou de citar a gestão passada e do seu falso ato heroico de pagar os salários que ele mesmo atrasou suspendendo os pagamentos dos terceirizados. Acho inacreditável que um governador suba na tribuna da Casa do Povo para mentir daquela forma. Impressionante – disse Andrea Murad.

E por falar em terceirizados, foi clara a mudança de decisão do governador.

Antes ele dizia ser necessário o fim das terceirizações na saúde e a realização de concurso. Agora, na mensagem encaminhada à AL, falou em ampliar os terceirizados.

Andrea Murad disse que “já tinha dito que ele jamais conseguiria manter a saúde sem os terceirizados, é inviável, isso só demonstra que Flávio Dino não consegue cumprir nem o que ele diz por total desconhecimento da rede estadual”.

A deputada estadual criticou ainda que Flávio Dino não foi humilde suficiente para falar da grande estrutura que recebeu na saúde.

Sem argumentos, teve a tristeza de declarar ações que vão prejudicar, completamente, o povo maranhense alegando, sem fatos concretos, “gastos injustificáveis” com a saúde no Maranhão.

– Ele não tem como dizer que o Estado não tem hospitais, porque estão aí para o Maranhão inteiro ver; ele não poderia falar que não estão equipados porque a rede possui os mais modernos equipamentos; na verdade, ele não teve o que dizer sobre toda a estrutura que recebeu na secretaria de saúde, por isso acabou focando o seu discurso no tema ‘gastos injustificáveis’. Aliás, nunca sabemos baseado em quê ele faz essas afirmações porque ele sempre critica e não mostra nada que justifique tal crítica. Isso me preocupa porque um governador que diz que vai cortar os gastos da saúde – que na minha visão nunca são suficientes para o tamanho do nosso estado – e ainda que vai dividir toda a rede estadual da saúde em lotes, é muito preocupante. Se o governador Flávio Dino acha que  investir em mais hospitais, em centros de especialidades, em mais exames, mais médicos e mais equipamentos, são gastos desnecessários, devemos nos preocupar e muito – finalizou Andrea Murad.

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Maranhão teve o janeiro mais violento dos últimos quatro anos…

Foram 84 homicídios dolosos em 30 dias, o maior índice desde 2011. Há registros de outros tipos de ocorrências, que elevam o número de mortes para 110 na região da Grande São Luís – das quais 13 por ação da própria polícia

 

A Região da Grande São Luís registrou no mês de janeiro o maior número de morte violentas dos últimos quatro anos.

HOMICÍDIO-NO-SÃO-BERNARDOForam 84 homicídios, além de outras cinco mortes ainda sem esclarecimento por parte da polícia e 1 vítima de “crime a definir”, categoria criada este ano pelo sistema de segurança.

No relatório da SSP consta ainda um assassinato em estabelecimento prisional, duas lesões corporais seguidas de morte, quatro roubos seguidos de morte e 13 mortes por intervenção policial

Em comparação com dezembro do ano passado, último mês do antigo governo, o aumento da violência subiu 9% de um mês para o outro.

Os dados constam de ampla matéria divulgada hoje no jornal O EstadoMaranhão…

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O governo e a Assembleia

Com lideranças dos principais blocos de sua base de apoio escolhidas entre ex-membros do grupo Sarney, o governador Flávio Dino passa a viver, a partir de hoje, a relação com os deputados estaduais

 

É inconcebível a ideia de que o governador Flávio Dino (PCdoB) possa enfrentar dificuldades na Assembleia Legislativa.

Deputados que eram oposição há 30 dias atrás, hoje já são aliados do governo, o que garantirá ao governador pelo menos  35 votos em qualquer situação de interesse de sua gestão.

Flávio Dino, seus alaidos históricos e o líder do seu governo, Cafeteira, de vermelho

Flávio Dino, seus aliados históricos e o líder do seu governo, Cafeteira, de vermelho

Mas na construção da base o comunista precisou recorrer ao grupo que ele condenou na campanha. São do grupo Sarney os seus principais líderes no plenário da Assembleia Legislativa.

Dino confirmou ontem que Rogério Cafeteira (PSC) será mesmo o líder do seu governo na Casa, coordenando a bancada.

Eduardo Braide (PMN) e Alexandre Almeida (PTN) conduzirão os maiores blocos.

Em outras palavras, para garantir a harmonia com a Assembleia e garantir a aprovação de seus interesses, o governador vai ter que dividir articulações e segredos com alguns dos que ele lutou para derrotar em outubro.

A menos que se utilize apenas do presidente da Assembleia, Humberto Coutinho, para conduzir os demais parlamentares.

O tempo é quem vai dizer…

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O novo Demóstenes?: nepotismo e o fim da refinaria no MA…

adovagoPor Ítalo Gomes*

Temos apenas um mês de governo do comunista Flávio Dino e as denúncias em nível nacional já começam a aparecer.

Depois de dois longos imbróglios que causaram pequenos arranhões na imagem do novo governador maranhense – um envolvendo a licitação de frutos do mar no cardápio do Palácio dos Leões; o outro, o museu do Convento das Mercês, em que o Governo passou uma má impressão ao provar que não sabe que destino dar àquilo – agora a figura do nepotismo assombra o Palácio dos Leões.

O que antes era visto apenas como picuinha da oposição sarneysista se tornou um terremoto com a matéria da Folha de S. Paulo dando conta das nomeações de parentes de secretários de primeiro escalão para os mais variados cargos – denúncias que já vinham sendo amplamente divulgadas no noticiário maranhense, em particular, na blogosfera – do Governo de Todos Nós (ou seria o Governo Só Deles?).

Pregando em sua campanha a defesa da moralidade administrativa absoluta, o que incluía dizer que o Governo de Roseana Sarney estava à disposição para apenas três famílias, Flávio Dino caiu na armadilha – assim como o já folclórico ex-senador Demóstenes Torres, que era uma metralhadora de denúncias contra seus pares, antes de ser descoberto como um mero lobbysta do bicheiro Carlinhos Cachoeira – de se vender nas eleições como o paladino da moral e dos bons costumes, mesmo sabendo que quem o apoiou na campanha iria cobrar o preço depois da vitória.

Como já avisava no post anterior (http://www.blogdosergiomatias.com.br/2015/01/italo-gomes-posse-do-governador-flavio.html), suas alianças seriam seu ponto fraco.

É bom ressaltar que todas as nomeações privilegiando partidários e aliados feitas até agora, em nada, ferem a legalidade, pois não afrontam tecnicamente a Súmula Vinculante 13 do STF. Mas assim também eram as nomeações feitas no Governo Roseana, atacadas sem cerimônia pelos asseclas do então candidato Flávio Dino, e geralmente são assim em quase todas as prefeituras do país: as brechas da Súmula são muitas e visíveis.

Não é ilegal, mas é ético?

Com tanta gente qualificada no Estado, privilegiar umas poucas famílias não seria já uma concentração de renda, para quem defende com tamanho afinco a diminuição da desigualdade?

Para tirar a matéria da Folha do foco político, os dinistas vêm tentando dar relevância a um absurdo bem maior, este cometido pelo governo federal do PT e sua incompetência gerencial que vem destruindo a maior empresa brasileira, a Petrobras: o anúncio da descontinuidade da Refinaria de Bacabeira, jogando fora mais de R$ 2 bilhões que já haviam sido “investidos”.

Para os dinistas, tudo foi um grande embuste eleitoreiro: desde sempre se sabia que a obra não ia sair do papel, mas serviu para alimentar as ilusões do povo maranhense para angariar votos, e como um afago do então presidente Lula a Sarney.

Não é uma teoria furada, de maneira alguma, tendo em vista o escândalo do Petrolão e como a empresa foi usada pelo PT, financeiramente, para suas campanhas eleitorais.

Camilo Santana, governador PTista do Ceará, não aceitou o comunicado da Petrobrás e exigiu a continuidade da Refinaria de lá, justamente para não ficar essa impressão de estelionato eleitoral do seu partido.

*Advogado (OAB/MA 11.702-A)

[email protected]

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É nepotismo sim! E a lei diz isso…

Aliados do governador Flávio Dino – e o próprio – tentam se eximir da pecha de nepotistas alegando que os parentes de secretários não são parentes dele próprio, o governador; mas a lei proíbe inclusive os secretários nomear parentes até em prefeituras, como fez o governador

 

Flávio com Márcio: todo o poder ao seu lugar-tenente

Flávio Dino e Márcio Jerry: parente não pode, governador!

Leia com toda atenção o enunciado abaixo:

A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na administração pública direta e indireta em qualquer dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a Constituição Federal.

Este é o escopo da Súmula Vinculante nº 13, do Supremo Tribunal Federal, que trata da prática de nepotismo em todo o país.

O blog, agora, passa a traduzir o texto juridiquês do STF para  a linguagem jornalística, coloquial, de melhor compreensão do cidadão comum.

E o que diz o texto?

O texto diz, em linhas gerais, que um secretário de estado – ou de município – não pode nomear o parente de um colega que ocupe cargo semelhante ao dele na esfera pública.

Ou seja, o secretário de Esportes Márcio jardim, por exemplo, não pode nomear como adjunta uma parente, até o terceiro grau, do seu colega de secretariado, o chefe da Articulação Política  Márcio Jerry.

parentesMas nomeou.

Também não podem ser nomeados, em qualquer nível no estado, nenhum parente dos dois Márcios – ou de qualquer outro secretário.

Ou mesmo do governador Flávio Dino (PCdoB).

Ou seja: nenhum parente de Flávio Dino, de Márcio Jerry, de Márcio Jardim, de Chico Gonçalves ou de José Reinaldo – de fulano ou sicrano que ocupe secretaria de estado – pode ser nomeado em nenhum outro cargo que não seja o de secretário de estado.

Clareando mais uma vez o entendimento do leitor leigo: Flávio Dino poderia nomear para o seu secretariado, se quisesse, todos os irmãos, primos, tios, tias, cunhadas, periquito e papagaio de Márcio Jerry – porque nenhum é parente do governador.

Mas, nenhum parente de Márcio Jerry pode ser nomeado em nenhuma instância de assessoria em todos os níveis no Maranhão, a não ser para um cargo igual ao de Márcio Jerry.

É isso que diz o enunciado acima, da Súmula Vinculante nº 13.

Mas isso é de difícil compreensão para a população comum.

E é este detalhe que o governo de Flávio Dino está manipulando.

E isso  caracteriza nepotismo.

E é isso que está acontecendo no Maranhão.

Simples assim…

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“Grande Família” levará mais de R$ 2,5 milhões do governo Flávio Dino…

Apenas o núcleo mais próximo – representado pelas mulheres dos amigos Márcio Jerry, Chico Gonçalves, Antonio Nunes e José Reinaldo Tavares – garantirá nada menos que R$ 834,5 mil por ano dos cofres públicos maranhenses

 

A “Grande Família” do governo Flávio Dino (PCdoB) – termo criado pelo jornal Folha de S. Paulo para denominar os parentes de secretários nomeados no estado – vai garantir quase R$ 1 milhão de reais por ano dos cofres públicos maranhenses.

Só as esposas dos quatro mais próximos aliados de Dino – os secretários de Articulação Política, Márcio Jerry; de Direitos Humanos, Chico Gonçalves; de Minas e Energia, José Reinaldo Tavares; e o chefe do Detran, Antonio Nunes, todas citadas pela Folha – embolsarão, juntas, nada menos que R$ 843.530,11 a cada ano, nos quatro anos de mandato comunista.

Esta é a soma dos salários, incluindo 13º e férias.

Infográfico: Folha de S. Paulo

Infográfico: Folha de S. Paulo

A mulher de Márcio Jerry, Joslene da Silva Rodrigues, tem salário de R$ 13.800,00;

A de Chico Gonçalves, Maria Virginia, R$ 7.721,90;

A companheira do ex-governador José Reinaldo Tavares, Ana Karla Fernandes,  receberá mensalmente R$ 9.923,88;

A mulher de Antonio Nunes, Daniele, terá o salário mais polpudo: R$ 27.775,49.

Juntas, as quatro esposas levarão do contribuinte exatos R$ 49.321,27 por mês, fora o salários dos respectivos cônjuges.

Ao ano, isso alcança   R$ 641.177,01, incluindo as duas parcelas do 13º salário.

Com benefício de férias, o quarteto de caras-metade da “Grande Família” dinista receberá R$ 192.353,10, totalizando R$ 834.530,11.

Nos quatro anos de mandato a que Dino tem direito pela eleição em 2014, o núcleo de esposas dos seus amigos mais próximos embolsará exatos R$ 2.537.120,55 dos cofres públicos maranhenses.

E nesta conta não estão vários dos demais membros da “Grande Família” citados pela Folha de S. Paulo.

Mas esta é uma outra história…