O da direita, com o gesto característico de coçar a testa, é César Félix Diniz, o Félix de Holandinha. Tímido, será a “cara institucional” da Secretaria Municipal de Saúde. O da esquerda, ao microfone, é o seu parceiro, Israel Corrêa Pereira, aquele que acha que conhece tudo de gestão em Saúde. É o homem que vai brigar na linha de frente. Esta é a dupla dinâmica que comanda a Saúde na gestão de Holandinha. Vai funcionar???
Félix Diniz, o agente da Pró-Saúde em São Luís
É um negócio – sob qualquer aspecto que se veja – a mudança de comando que o prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PTC) promoveu no sistema de Saúde de São Luís.
Um negócio da ordem de R$ 500 milhões.
Este é o valor do orçamento que a Pró-Saúde vai controlar na capital maranhense a partir da posse do secretário César Félix Diniz, escolhido a dedo pela própria empresa.
Em outras palavras, Holandinha privatizou a saúde de São Luís.
Pró-Saúde vai mandar no sistema de São Luís
O negócio atende aos interesses de um grupo próximo ao prefeito – e atenderá a vários objetivos.
Além do secretário, que dirigia um hospital da Pró-Saúde no município de Canaã dos Carajás (PA), a empresa trouxe o seu adjunto, Israel Pereira, que vai controlar as finanças da pasta.
Os dois serão meros funcionários da Pró-Saúde, quando deveriam ser os reguladores do serviço a ser prestado pela empresa.
Felizmente, há o TCU e o TCE para não deixar que o negócio descambe para o prejuízo público.
Pelo menos é o que se espera…
Pró-Saúde privatiza saúde de Holandinha
Ficará nas mãos da Pró-Saúde, empresa de gestão hospitalar que já atuou para o governo maranhense, o controle absoluto do sistema de saúde pública da Prefeitura de São Luís.
Negócio na casa do bilhão de reais.
Edivaldo Holanda Júnior vai entregar todo o gerenciamento do setor à empresa, uma espécie de Organização Social (OS) voltada para o trabalho na Saúde.
No comando da pasta, a empresa terá o auxílio – ou compartilhamento – de outra empresa do ramo, a GSH.
O próprio novo secretário de Saúde, César Félix Diniz, é uma indicação da Pró-Saúde, que indicou também o diretor-administrativo financeiro da Semus, identificado até agora apenas por Israel.
Félix e Israel já estão em São Luís e devem trazer mais gente de fora para auxiliá-lo na gestão a pasta.
A Pró-Saúde tem excelência na gestão hospitalar, mas é a primeira vez que vai comandar uma secretaria inteira, inclusive com o controle financeiro.
E pensar que Holandinha e seus aliados do PCdoB, há alguns anos atrás, criticavam o governo pela sociedade com a empresa.
Mas, no poder, os interesses são outros…
Em uma dura crítica a Flávio Dino, Ricardo Murad comenta em sua página na rede social facebook sobre a saúde no interior do estado e caos instalado na saúde de São Luís.
E rebate também a intenção do presidente da Embratur em desconsiderar o programa Saúde é Vida.
– Defender esse programa, responsável pela saúde de milhões de maranhenses com uma qualidade de primeiro mundo, deve ser compromisso de todos os que almejam governar o Maranhão. Mas Flávio não pensa assim. Advoga o quanto pior, melhor – disse.
É a velha e arrogante prática de não unir esforços com o governo do estado, mas sim diminuir e desconsiderar aquilo que só faz bem ao povo maranhense.
Leia na íntegra o comentário:
Atendimento pediátrico na UPA do Vinhais
A expressão acima tem sido ouvida em todos os meios sociais de São Luís.
Nos bairros mais populares, onde a população sofre, acostumada com as imensas filas na marcação de consultas e com o atendimento precário nos postos de saúde, os moradores não se cansam de afirmar:
Ah, se não fosse a UPA!!!
Também entre funcionários públicos – federais, estaduais e municipais – mesmo com o funcionamento das redes próprias de cada um, todos procuram atendimento nas UPAs, que é rápido, eficiente e eficaz.
Paciente conversa com atendente na UPA Itaqui-Bacanga
E as UPAs têm servido até mesmo aos que são detentores de planos de saúde de alto padrão.
Estes, preferem a rapidez das Unidades de Pronto Atendimento à demora da espera por atendimento junto com todos os outros que também têm os tais planos de alto padrão, que de alto, hoje mesmo só os preços.
Médicos, advogados, professores, jornalistas… têm sido assim desde que as UPAs passaram a oferecer atendimento de qualidade a quem precisa.
Sobretudo diante do desmonte do Socorrão II e da irreversível superlotação do Socorrão I, a classe media já não têm dúvida de reconhecer, com convicção:
Ah, se não fosse a UPA!…
Leia também:
Upas já são alternativas a planos de saúde…
O vereador Fábio Câmara cobra seriedade e testes a serem realizados em pacientes supostamente contaminados pelo vírus HIV e outras doenças infecciosas no Hospital Djalma Marques, Socorrão I.
A direção do hospital publicou nota sobre o ocorrido e veiculada no blog de Neto Ferreira, afirmando que apesar do “não fornecimento do almoxarifado central do material necessário para realização dos exames, a direção do Socorrão I providenciou a aquisição dos testes de segurança de esterilização com recursos próprios”.
Fábio Câmara questionou a nota afirmando que não explicou nada:
– Contra fatos não há argumentos. Vou cobrar a realização de testes em todos os pacientes que passaram por cirurgias nos últimos onze dias naquela unidade – disse em uma rede social.
Pacientes aguardam atendimento na Unidade Mista do Coroadinho; eles reclamam da falta de materiais (Foto: O Estado Maranhão)
Em reportagem veiculada no jornal O Estado Maranhão deste último domingo (26), o jornalista Jock Dean revelou a situação lastimável das Unidades Mistas ministradas pelo município.
Em algumas faltam materiais, como agulhas e algodão, em outras faltam remédios e até médicos; por causa da precariedade das unidades municipais, muitas pessoas estão buscando as UPAs, que estão ficando superlotadas.
Uma situação extremamente omissa por parte da prefeitura que prefere disponibilizar seus recursos com quentinhas de uma pizzaria da capital, entre outros gastos supérfluos.
Enquanto a saúde, uma das pastas mais importantes e caóticas do município, fica à deriva.
Um tema de alta relevância para ser discutido no I Congresso de Secretarias Municipais de Saúde do Norte e Nordeste. Evento, que será realizado hoje (27), é mobilizado pelo comando do Sistema Estadual de Saúde.
É importante puxar a orelha de quem tanto prometeu reverter a situação da saúde ludovicense.
Cerca de 40 municípios maranhenses já têm o Hospital Macrorregional de Coroatá como referência para atendimento médico e hospitalar nas áreas de clínica médica e cirúrgica, pediatria, obstetrícia, ortopedia, gastroenterologia, ginecologia, neurologia, neurocirurgia, urologia e cardiologia.
Desde que foi inaugurada, em agosto de 2012, aquela unidade mantida pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) já atendeu mais de 29 mil pacientes que antes buscavam assistência em Presidente Dutra, São Luís ou Teresina.
O hospital tem 50 leitos divididos entre clinica médica, clinica cirúrgica e pediatria. Na UTI, existem 12 leitos para adultos e 12 leitos neonatais e pediátricos, além de vagas para pacientes que precisam de isolamento.
No Serviço de Pronto Atendimento e no ambulatório do Macrorregional de Coroatá já foram atendidos 29.428 pacientes provenientes de 98 municípios maranhenses, entre eles Bacabal (124 pessoas), Alto Alegre do Maranhão (75), Codó (126), Esperantinópolis (46), Lago da Pedra (38), Pedreiras (69), São Mateus do Maranhão (145) e Timbiras (360 pessoas).
Foram feitos, neste período, 17.374 atendimentos ambulatoriais, sendo 3.143 de clínica médica, 1.478 pediátricos, 2.798 ortopédicos, 913 procedimentos cirúrgicos, 336 obstétricos, 2.578 de enfermagem, 791 de gastroenterologia, 1.269 atendimentos ginecológicos e 786 gineco/preventivos, além de 368 atendimentos neurológicos e 366 de neurocirurgia, 238 de urologia, 857de cardiologia e 1.453 aferições de pressão arterial.
No que se refere ao SPA, foram atendidos 12.054 casos de urgência e emergência: 602 de clínica cirúrgica, 6.722 de clínica médica, 2.991 atendimentos de obstetrícia, 1.739 de pediatria, 700 curativos e 267 retiradas de pontos.
No setor de diagnóstico de imagem e laboratório foram realizados 22.066 exames no Hospital Macrorregional de Coroatá: raio-X (7.153), ultrassonografia (7.160), eletrocardiograma (1.696), ecodoplercardiograma (45), ecocardiograma (551), endoscopia (1.323), e tomografia (4.138).
Neste mesmo período foram internados no Hospital Macrorregional de Coroatá 3.113 pessoas entre adultos e crianças. Foram 279 casos de clínica médica, 715 de clínica cirúrgica, 336 internações pediátricas, 916 obstétricas.
Além destas, 487 pessoas foram internadas no centro cirúrgico, 163 na UTI adulto e 217 na UTI Neo e Pediátrica.
No que tange à realização de cirurgias, foram 1.679, sendo que destas, 805 são consideradas cirurgias gerais, 53 obstétricas, 336 ortopédicas, 82 neurológicas e 403 partos cesáreos.
Pacientes, familiares e acompanhantes terão nesta quinta-feira uma série de serviços disponibilizados no Hospital Djalma Marques, em homeangem ao dia das mães. Serão realizadas serviços de cabeleireiro, sessões de limpeza de pele e massagem, palestras, oficinas de artesanato, oferta de lanches, apresentações musicais e culto ecumênico.
As atividades, em homenagem ao dia das mães, começaram por volta das 10h e vão até às 17h. Entre as quase 200 mulheres que estão entre pacientes e acompanhantes no Socorrão I, mais da metade são mães.
– Além do atendimento de qualidade, devemos promover dias diferentes, atividades que tragam perspectiva de melhora – informou o diretor do Socorrão, Yglésio Moyses.
Dentre os participantes da ação está o cantor Gabriel Melônio, que resolveu dar sua contribuição ao projeto da direção do Socorrão.
Ao longo do dia enfermeiras, psicólogas, fisioterapeutas, dentistas e demais profissionais vão oferecer orientações aos pacientes e acompanhantes.
– No dia das mulheres já havíamos promovido algo diferente: entregamos rosas a todas pacientes internadas. Dessa vez estamos ampliando para as acompanhantes. Queremos melhorar sempre – concluiu, Yglesio Moyses.
A promotora de Justiça Glória Mafra, titular da 2ª Promotoria de Justiça Especializada na Defesa da Saúde da capital, foi recebida na manhã desta terça-feira, 7, pelo prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Júnior.
Na pauta da reunião, da qual também participaram o secretário de Governo, Rodrigo Marques, e o procurador-geral do município, Marcos Braide, foi debatida a situação da saúde pública municipal, bem como possíveis soluções.
Há um mês à frente da Promotoria, a representante do Ministério Público explicou que o objetivo da visita foi levar ao prefeito informações sobre o funcionamento dos serviços de saúde nas unidades municipais e solicitar providências para solucionar os problemas identificados.
Em diversas vistorias já realizadas em hospitais e clínicas de São Luís, a promotora disse que constatou desde problemas de ordem estrutural, que demandariam medidas a médio e longo prazo, como também situações de mau gerenciamento, que caberiam, segundo ela, ações emergenciais.
Glória Mafra relatou que, no último domingo, em vistoria realizada no Hospital da Criança situado no bairro da Alemanha, foi constatada uma série de dificuldades.
Entre tantas, a falta de algodão até a inexistência do equipamento que serve para ministrar alimentação enteral, passando pelo sistema de ar condicionado sem funcionar e pelo banheiro, que serve ao público, interditado.
– São questões absurdas de gerenciamento, que podem colocar em risco a saúde das crianças e acompanhantes – revelou a promotora de justiça.
A questão de pessoal também foi apontada como problemática. No Hospital da Criança, a promotora observou que apenas uma técnica de enfermagem dava assistência a 23 crianças nesse domingo. Os outros funcionários escalados para o plantão teriam faltado.
Edivaldo Holanda Júnior admitiu que as situações são graves e que a Secretaria Municipal de Saúde deve tomar as providências cabíveis para resolvê-las em curto espaço de tempo.
Quanto à questão de pessoal, o procurador-geral do município, Marcos Braide, informou que já foi celebrado um Termo de Ajustamento de Conduta com o Ministério Público do Trabalho para a contratação emergencial de servidores para o Socorrão I, por meio de processo seletivo simplificado.
A promotora de justiça Glória Mafra ainda indicou ao prefeito outros itens do sistema de saúde municipal que necessitariam de providências imediatas, como a central de regulação de leito, a pouca quantidade de leitos de UTI no Socorrão I.
Além da situação dos soropositivos internados em unidades do município, que precisam ser encaminhados para o hospital de referência do estado Presidente Vargas, e a demora para realização de cirurgias nos hospitais municipais.
O prefeito anunciou ainda que os problemas estruturais da saúde municipal devem ser equacionados com as obras de reforma e ampliação do Hospital da Criança e dos hospitais Socorrão I e Socorrão II, que serão efetivadas nas sua gestão.
– Nós temos o Ministério Público como parceiro e assim procuramos orientar nossos gestores a encarar a instituição dessa forma. Temos que estar abertos para ouvir e dar o encaminhamento adequado – concordou o prefeito.