Marco Aurélio D'Eça

Jornalista foi indicada a pedido da deputada Eliziane Gama (PPS), com  aval de Chico Gonçalves e Márcio Jerry, mas governador só soube de suas relações com o governo Roseana após confirmação do seu nome

Ester Marques: pressão contra de aliados

O governador eleito Flávio Dino (PCdoB) não conhecia – como ele próprio admitiu – a jornalista e professora Ester Sá Marques quando a confirmou para a Secretaria de Cultura.

Sá Marques foi uma indicação transversa da deputada Eliziane Gama (PPS), para garantir a cota do partido no governo – e que acabou sendo avalizada pelos também secretários indicados Márcio Jerry e Chico Gonçalves.

Ocorre que, só depois da indicação, Dino descobriu que Ester Marques tem contatos com figurões do grupo Sarney  e fez campanha para o deputado estadual Roberto Costa (PMDB). (Leia aqui)

Desde então, o governador eleito tenta forçar a barra para que Ester Marques desista do cargo antes mesmo da posse.

Prova disso foi a piadinha sem graça que fez durante o almoço oferecido pelo deputado eleito Humberto Coutinho (PDT), bem contado no blog de Robert Lobato.

Dino tem sido cobrado pela indicação da jornalista por aliados, dirigentes partidári0s e até blogueiros, que a apontam como “sarneyzista”.

Pesquisadora e consultora na área de Cultura e Comunicação, Ester Marques firmou contrato de consultoria com o governo Roseana Sarney (PMDB) em 2009, para atuação na própria Secma, por R$ 170 mil, conforme extrato do Diário Oficial, acima.

Até este contrato trem sido explorado pelos aliados de Dino para tentar criar clima contra a futura secretária de Cultura.

Vão conseguir?!?

Comentário enviado pelo leitor Sebastião Santos, do Itaqui-Bacaga:

“UM FATO VERÍDICO QUE NÃO PODE SE ESCONDER, PASSOU A ELEIÇÃO, JÁ TEMOS OS ELEITOS E AGORA É SÓ TRANSIÇÃO. VAMOS ADMITIR QUE O MARANHÃO ESTÁ ORGANIZADO.

Meus bravos irmãos, amigos, guerreiros, guerreiras, companheiros e companheiras, é importante que tenhamos de posse em nossos arquivos este fato verídico conforme o que confirma os auxiliares do novo governo do Maranhão a partir de 1º de janeiro.

Meus bravos, não votei no Flavio Dino, mas como maranhense o que eu mais desejo é o bem do meu querido Maranhão. Tenho observado as articulações e que já é praticamente certo que o futuro governador terá governabilidade tranquila no poder legislativo para aprovar suas matérias essenciais. Como formador de opiniões, não tenho duvidas que tem tudo pra dá certo, a começar pela estrutura enxuta da maquina administrativa e que isso não será problema para o Maranhão a partir do dia 1º de janeiro.

Vamos torcer que o maranhão continue crescendo em ritmo acelerado até porque não teremos desculpas algumas para que isso não aconteça. Abraços…”

Crescimento e sem desculpas é o que muitos esperam…

Com a ajuda do governador eleito Flávio Dino (PCdoB), o PT de São Luís vai sendo conduzido a um processo de alinhamento ao prefeito Edivaldo Júnior.

E o processo beneficia todas as correntes do partido, ávidos por cargos, com o fim do governo Roseana Sarney.

Para agradar ao partido, Edivaldo Júnior já acionou o vereador Honorato Fernandes, ligado ao presidente da legenda, Raimundo Monteiro. Fernandes tirou licença do mandato para beneficiar o suplente Nelsinho Brito, da corrente ainda ligada ao agora socialista deputado Bira do Pindaré.

Mas Nelsinho também já programa licença, para beneficiar o controvertido Cézar Bombeiro, ligado ao Sindicato dos Agentes Penitenciários, suspeitos de estimular ações no Complexo de Pedrinhas, durante a eleição.

Todas as correntes partidárias estão sendo cortejadas pelo governador Flávio Dino, com objetivo de fortalecer Edivaldo Júnior.

O grupo que esteve no governo Roseana Sarney (PMDB) aceitou, inclusive, partilhar os futuros cargos federais no estado, deixando a orientação dos nomes para o próprio Dino, com o objetivo de não perder espaços.

A princípio, o PT de São Luís sonhou em filiar o prefeito Edivaldo Júnior. Mas o compromisso do petecista com o projeto do PDT fez a legenda recuar e sonhar com a indicação do vice nas eleições de 2016.

Mas trabalham para conseguir indicações já na reforma administrativa que o prefeito deverá efetiva nos primeiros meses de 2015.

Os movimentos dos antes adversários mostram que o projeto de poder do grupo ligado ao governador Flávio Dino não parece arrefecer com a sua vitória nas eleições estaduais.

E tem fôlego para além de 2016.

Da coluna Estado Maior, de O EstadoMaranhão