Dino ainda espera contar com Eliziane
Não há dúvida de que, com todas as suas contradições, a oposição maranhense deu um passo forte na obtenção da unidade para as eleições de 2014 a partir dos encontros de PSB, PCdoB e PDT.
Os três partidos, a chamada oposição de esquerda, deram mostras de que estarão no mesmo palanque, com o chefão comunista Flávio Dino, independentemente dos interesses das eleições presidenciais.
Mas esta é a oposição de esquerda.
A outra parte da oposição – formada por PPS e PSDB – ainda não definiu o futuro ou demonstra pouco interesse na aliança com Dino.
Mesmo assim, o comunista avança para tentar cooptá-los.
Com Carlos Brandão o canal é José Reinaldo
O PSDB mostra-se mais propenso a aceitar os acenos dinistas. Depois de paquerar com o secretário Luis Fernando Silva (PMDB), e de abrir uma possibilidade de noivado com Eliziane Gama (PPS), os tucanos já admitem compor com o PCdoB.
Para isso, contam com o apoio do ex-governador José Reinaldo Tavares (PSB), que tem ascendência direta sobre o presidente da legenda, deputado federal Carlos Brandão.
E é Brandão o trunfo de José Reinaldo para convencer os demais tucanos.
O ex-governador quer o aliado como vice de Flávio Dino, que demonstra simpatia pela ideia. Outra possibilidade é ceder a vaga de candidato ao Senado para João Castelo, mas para isso terão que convencer Roberto Rocha (PSB) a abrir mão da candidatura.
Cooptando o PSDB, Flávio Dino entende que pode forçar também o apoio de Eliziane Gama.
A pré-candidata só terá condições de disputar o governo se tiver um partido com densidade eleitoral aliado ao seu PPS. E o PSDB é o mais cotado, sobretudo pela relação nacional entre as duas legendas.
Se não tiver o apoio dos tucanos, Eliziane terá que entrar na disputa praticamente isolada – ou, no máximo, com pequenas legendas ou legendas recém-criadas, sem tempo de TV.
É com todas estas variáveis que Flávio Dino trabalha a partir de agora.
Para ter toda a oposição no mesmo palanque em 2014…
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