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Brasil vive ápice do autoritarismo em todos os níveis…

Sanha persecutória do Supremo Tribunal Federal, ambiente de entrega de adversários na imprensa, e guerra política por ocupação de espaços de poder é resultado direto do trauma antidemocrático de 2016, que só pode ser corrigido pela via democrática

Editorial

O blog Marco Aurélio D’Eça traça desde antes de 2016 – quando se consolidou a ruptura democrática que depôs a presidente Dilma Rousseff (PT) – um paralelo histórico do Brasil atual ao período pré-golpe de 1964. (Releia aqui, aqui aqui, aqui e aqui)

E neste cenário, entende que o Brasil de hoje vive o mesmo clima que originou a implantação da Ditadura Militar no Brasil.

O clima de autoritarismo é latente em todas as esferas da sociedade, envolve todos os poderes e divide a opinião pública, gerando mais autoritarismo e cizânia.

Um exemplo claro é a ação autoritária promovida pelo Supremo Tribunal Federal nesta terça-feira, 16, pondo na mesma cesta apologistas do nazismo, defensores da ditadura e meros críticos sociais do sistema.

Aliás, esse risco de autoritarismo judicial já havia sido apontado neste blog ainda em 2016, no post “O risco iminente de um golpe do Judiciário…”  

A imposição autoritária de um governo gerou um ciclo de autoritarismo que está sendo combatido por mais autoritarismo em todos os níveis

Mas tudo isso ocorre por que o Brasil não vive mais ambiente democrático.

O que vê hoje no país é uma disputa interna entre os avalistas do golpe de 2016; e as liberdades individuais só podem existir em ambiente democrático.

Tudo o que ocorre hoje – nas ruas, nas redes sociais, nas TVs e na imprensa – aconteceu entre 2002 e 2016. Mas, naquela época, o ambiente permitia a manifestação por que não havia essa tensão patrulheira do que pode e o que não pode ser dito.

Pode-se dizer o que quiser dos chamados movimentos progressistas – nos partidos, nos segmentos sociais, na própria sociedade – mas só a partir deles se tem democracia.

Essa tensão de hoje só existe pelo desejo autoritário de um líder, que se cercou de outros autoritários e contaminou as demais instituições com mais autoritarismo.

É autoritarismo do STF perseguir blogueiros, youtubers e digitais influencers por meras críticas – ainda que ácidas – à sua postura como poder. (Entenda aqui e aqui)

Até por que, “Os amantes da ditadura sempre andaram por aí…”, como mostrou o blog Marco Aurélio D’Eça em março de 2019.

Fruto de um golpe que não contava com sua ascensão, a eleição de Bolsonaro resultou no fim do que chamamos historicamente de “A Nova República”, iniciada em 1985

Mas este autoritarismo é fruto do autoritarismo implantado com a quebra democrática de 2016, que resultou no autoritarismo de Jair Bolsonaro, cercado por seu Exército.

E foi este autoritarismo que gerou seus filhotes nos demais setores da sociedade, decretando o fim do que se conhece por “Nova República”, período de estabilidade política iniciada em 1985. (Entenda aqui)

São frutos da eleição de Bolsonaro – e do golpe de 2016 – a sanha persecutória do Supremo Tribunal Federal; o ambiente de entrega de contrários na imprensa; e a guerra entre políticos por ocupação dos espaços de poder.

Tudo isso só pode ser corrigido pela via democrática.

Para romper com o autoritarismo estrutural da sociedade brasileira pós-Dilma é fundamental que se rompa com esse ciclo autoritário iniciado em 2016.

Mas este rompimento precisa se dá de forma democrática, com eleições diretas ou com impeachment, dispositivos previstos na Constituição.

O rompimento por golpe – seja do Executivo, do Legislativo ou mesmo do Judiciário – só irá gerar mais golpes.

E mais autoritarismo…

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Projeto de poder de Rodrigo Janot inclui Nicolau Dino como seu sucessor…

Blog O Antagonista revelou conversa de “alto integrante do Judiciário” sobre a volta do PT ao poder, projeto fundamental para que o procurador geral da República pudesse eleger o irmão do governador Flávio Dino, para se manter no controle da PGR

 

Nicolao Dino é o candidato de Janot à sua sucessão; as, para isso, eles precisam da volta do PT ao poder

Nicolao Dino é o candidato de Janot à sua sucessão; as, para isso, eles precisam da volta do PT ao poder

O blog “O Antagonista” – editado pelos jornalistas Diogo Mainard e Mário Sabino – revelou nesta quarta-feira, 7, o projeto de poder do procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

– Como O Antagonista publicou na semana passada, Janot quer que Nicolao Dino o suceda de qualquer maneira. E a única forma de viabilizar isso é com o PT na Presidência. Dino como procurador-geral significa para Janot permanecer no controle da PGR. Resumindo: Janot tem um projeto de poder que nem sempre coincide com os interesses do Brasil – revelou o blog, dizendo ter ouvido a frase de um alto integrante do Judiciário. (Leia mais aqui)

Tem sido recorrente as citações de Nicolao Dino no site “O Antagonista”, que faz questão de fazer referência ao fato de ele ser irmão do governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB).

E Flávio Dino também tem um projeto de poder que passa pelo PT.

O que explicaria sua sanha em defesa de Dilma Rousseff…

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Rombo nas contas públicas é a herança maldita deixada pelo governo do PT, afirma Hildo Rocha…

Deputado maranhense diz que os governos petistas mais do que dobraram a dívida pública, forçando o país a pagar, somente nos primeiros cinco meses de 2016, juros com valores que dariam para construir 133 mil escolas

 

Hildo Rocha traçou diagnóstico da dívida pública e viu culpa do PT no problema

Hildo Rocha traçou diagnóstico da dívida pública e viu culpa do PT no problema

Em pronunciamento na tribuna da Câmara Federal, o deputado Hildo Rocha (PMDB) disse que o desequilíbrio das contas públicas é, de fato, uma herança maldita deixada pelo governo do PT.

– Os números não mentem. Em 2003, quando Lula assumiu a presidência da República, a dívida pública era de R$ 1,6 trilhão. Segundo estimativas, até o final deste ano a dívida chegará a R$ 3,3 trilhões. Portanto, nesses 13 anos do governo, o PT deixou uma herança maldita. De janeiro a maio, o governo pagou R$ 140 bilhões só de juros. Com esse dinheiro daria para se construir 133 mil escolas – declarou Rocha.

 Irresponsabilidade

O deputado atribuiu a Lula, e em especial Dilma, a responsabilidade pela crise econômica atual.

– A presidente afastada, Dilma Rousseff, desrespeitou a Lei Orçamentária, a mais importante, depois da Constituição Federal. O governo do PT gastou mais do que podia e, ao desequilibras as finanças do nosso país, criou a grave crise econômica que hoje nós estamos vivendo. O número de desempregados não para de crescer. Mais de 11 milhões de trabalhadores estão sem trabalho – destacou.

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Flávio Dino ignora Michel Temer e mantém imagem presidencial de Dilma nos Leões…

Flávio Dino com Edivaldo, em reunião ornada por retrato de Dilma Rousseff

Flávio Dino com Edivaldo, em reunião ornada por retrato de Dilma Rousseff

Embora tenha recuado nos ataques desde a posse do presidente interino Michel Temer (PMDB), o governador Flávio Dino (PCdoB) faz questão de passar a mensagem de que Dilma Rousseff (PT) é a legítima presidente.

Em todas as paredes do Palácio dos Leões, inclusive, Dino mantém o quadro com a imagem da presidente Dilma ao lado da sua, como se pode ver nesta imagem ao lado, em reunião do governador com o prefeito Edivaldo Júnior (PDT).

Dino passou todo o processos de impeachment classificando de golpe o julgamento na Câmara Federal.

Depois, já com o caso tramitando no Senado, tentou anular o processo por intermédio do presidente em exercício da Câmara, deputado Waldir Maranhão (PP).

Com a posse de Temer, o governador passou a recuar nos ataques aos que chamava de “golpistas”.

Mas o quadro acima de sua cabeça mostra exatamente o que ele pensa do novo governo…

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Para Flávio Dino é “rei morto, rei posto”…

Bastou que a presidente Dilma Rousseff fosse afastada do poder para que o governador do Maranhão sumisse do mapa em Brasília; não participou sequer da despedida da petista, para evitar ser visto com os que deixaram o poder

 

Dino e o abraço em Dilma; agora é "tchau, querida!"

Dino e o abraço em Dilma; agora é “tchau, querida!”

Causou estranheza, hoje, em Brasília, a ausência do governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), no ato de despedida da presidente Dilma Rousseff (PT) do Palácio do Planalto.

Dino foi até o início da semana o principal defensor político de Dilma. Criou as mais estapafúrdias teses jurídicas para questionar o impeachment e usou de toda as formas o presidente interino da Câmara Waldir Maranhão (PP), para barrar o processo.

Mas bastou que o Senado confirmasse o afastamento da presidente para que Dinos e transformasse numa espécie do Pedro bíblico, para usar o tema cristão, que ele tanto gosta.

O comunista não participou do ato de despedida da presidente e praticamente não se manifestou publicamente.

Parece só agora ter percebido a burrice que cometeu em hostilizar o novo presidente Michel Temer.

Este blog quis ouvir do secretário Márcio Jerry os motivos que levaram Flávio Dino a não ir a Brasília para se solidarizar com Dilma.

Até a edição deste post, o lugar-tenente de Dino não respondeu.

Parece já estar mais preocupado com a influência política dos Sarney, como manifestou hoje ao blog de Udes Filho.

Mas esta é uma outra história…

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Para Roberto Rocha, o Maranhão nunca teve o que merecia do PT…

Ao expor seu voto no impeachment da presidente Dilma, senador maranhense levantou um fato incontestável: em 13 anos de mandatos petistas, o estado nunca teve uma obra federal de vulto, mesmo sendo o que sempre deu a maior votação proporcional a Lula e Dilma

 

O senador maranhense Roberto Rocha (PSB) votou tecnicamente a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT).

Tecnicamente por que se baseou em estudo detalhado de sua assessoria, apontando os fundamentos da argumentação de crimes de responsabilidade cometidos por Dilma. (Releia aqui)

Mas Roberto Rocha deu um voto também político.

Ele mostrou, como liderança política do Maranhão, que os governos do PT – não só o de Dilma, mas também o de Lula, entre 2003 e 2010 – sempre tiveram apoio incondicional do povo maranhense, mas nunca honraram este apoio como deveriam.

 – Em 13 anos, nenhuma grande obra pública de infraestrutura foi inaugurada no estado do Maranhão – ponderou o senador.

E ele tem razão.

Tanto Lula – e principalmente Dilma – esnobaram o Maranhão em suas ações.

Enganaram o povo maranhense com a obra da refinaria que não aconteceu; e enganam o povo maranhense com a duplicação da BR-135, que se arrasta há pelo menos três anos. E está parada atualmente.

Não há nenhum investimento estruturante no Maranhão nestes 13 anos, tem razão Roberto Rocha.

E nem mesmo o governo Flávio Dino (PCdoB), que se expôs irremediavelmente em defesa do PT, foi merecedor de qualquer gratidão por parte dos governos petistas.

Agora é hora de mostrar que o Maranhão precisa ser reconhecido.

E o próprio Rocha pretende fazer esta interlocução…

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“Posso ter cometido erros, mas nunca cometi crime”, desabafa Dilma, ao se despedir do governo…

Presidente classifica de “impeachment fraudulento” a decisão de seu afastamento e garantiu estar disposta a lutar por todos os meios para exercer o seu mandato até o fim, em dezembro de 2018

 

dilmaA presidente afastada Dilma Rousseff (PT) fez na manhã desta quinta-feira, 12, um desabafo para aliados, militantes e representantes de movimentos sociais, ao se despedir do Palácio do Planalto.

Ela voltou a afirmar tratar-se de um impeachment fraudulento, que ela chama de golpe.

– O que está em jogo nesse momento não é o meu mandato, mas as conquistas sociais; o que está em jogo é a maior descoberta do Brasil,  o pré-sal. O que está em jogo é o futuro do país – declarou Dilma, para lembrar que fora eleita com 54 milhões de votos.

Ao revelar ter sofrido uma “intensa sabotagem” desde o início do seu mandato, com objetivo de impedi-la de governar e criar o ambiente propício ao golpe, a presidente afastada lembrou já ter vencido outros desafios.

–  A vida me impôs vários desafios. Alguns que pareciam intransponíveis. Sofri a dor indescritível da tortura, a dor aflitiva da doença e agora a dor inominável da injustiça – disse ela, que garantiu lutar para corrigir essa injustiça.

– Posso ter cometido erros, mas jamais cometi crime. Meus acusadores sequer conseguem dizer que ato eu cometi – afirmou.

Dilma declarou que em nome dos 54 milhões de votos que recebeu em 2014 é que vai lutar para tentar reaver o mandato.

– Querem, na verdade, impedir a execução do programa de governo escolhido por 54 milhões de brasileiros e brasileiras – concluiu a presidente.

Ao descer a rampa do Palácio, Dilma fez outro discurso, agora como militante, aos manifestantes que estavam em frente ao Palácio do Planalto.

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Disputa de cargos federais atrapalham obras e projetos no Maranhão…

Enquanto deputados federais se engalfinham nos bastidores pelo controle de órgãos como o DNIT no Maranhão, ninguém sabe dizer quando a duplicação da rodovia será reiniciada; e nem os buracos assassinos estão sendo recuperados

 

no DNIT, saiu indicado de Hildo Rocha e entrou indicado de Pedro Fernandes...

no DNIT, saiu indicado de Hildo Rocha e entrou indicado de Pedro Fernandes…

Os estertores do governo Dilma Rousseff (PT) estão gerando uma batalha sangrenta entre deputados federais para garantir o controle de cargos e verbas federais no Maranhão.

Nem que seja por apenas uns dias, até o fim do governo do PT.

Essa batalha põe em jogo setores importantes, controlados por órgãos federais como Funasa, Codevasf e DNIT, cujas superintendências são indicações de parlamentares.

...E os buracos da BR-135 continuam sendo tapados por populares...

…E os buracos da BR-135 continuam sendo tapados por populares…

A direção do DNIT, por exemplo, foi trocada esta semana: saiu um indicado pelo deputado Hildo Rocha (PMDB), que votou a favor do impeachment, e votou um indicado do deputado Pedro Fernandes (PTB), apoiador de Dilma – que, certamente, perderá a indicação assim que Michel Temer (PMDB) assumir.

E nesse jogo de interesses, ninguém sabe dizer quando a BR-135 terá sua duplicação concluída.

Ninguém sabe, sequer, se será, ao menos, iniciada.

E o povo do Maranhão paga a conta…

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Derrotada na Câmara, Dilma vai, desgastada, tentar reverter o quadro no Senado…

Processo de impedimento recebeu os votos necessários dos deputados federais; para escapar de perder o cargo, presidente – já sem base política para governar – precisa convencer, ao menos, 41 senadores

 

Dilma caminha agora mais isolada para a votação no Senado

Dilma caminha agora mais isolada para a votação no Senado

A presidente Dilma Rousseff (PT) vai jogar no Senado a sua última cartada para impedir a perda do mandato.

Uma missão quase impossível, dado o desgaste que ela exibiu na Câmara.

Dilma terá que enfrentar os senadores, na próxima etapa do processo. E terá que convencer pelo menos 41 deles se quiser se manter na presidência.

Mas Dilma chega à votação no Senado já desgastada pela derrota na Câmara e pela flagrante perda da base parlamentar necessária para continuar governando.

O processo de impeachment chega ao Senado nesta segunda-feira, 18.

E deve ser votado em plenário provavelmente no dia 10 de maio…