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Direção nacional pressiona PPS por apoio a Castelo…

O PPS sempre foi próximo de Castelo, embora Eliziane lhe faça oposição

A direção nacional do Partido Popular Socialista  já mandou um recado à direção da legenda em São Luís: a prioridade em todo o país é a aliança com o PSDB, parceir0 tradicional.

Em São Paulo, a ex-candidata Soninha Francine deve declarar apoio hoje a José Serra (PSDB). Em São Luís, a deputada Eliziane Gama também deverá ter que somar com o tucano João Castelo.

O PPS sempre foi parceiro do PSDB em todo o país. Nas eleições de São Luís, este ano, o partido ficou dividido entre a candidatura própria de Eliziane Gama, a do deputado federal Edivaldo Holanda Júnior (PTC) e a do prefeito João Castelo.

Eliziane poderia argumentar que não dependeu da legenda para viabilizar e fazer sua campanha, mas reconhece que teve o apoio fundamental do presidente nacional, deputado federal Roberto Freire (SP). A condição para ela sair candidata teria sido, exatamente, a liberação do PPS no segundo turno para o apoio a Castelo.

Pesa a favor de Castelo também a relação próxima que o presidente regional Paulo Matos e os vereadores Vieira Lima e Batista Matos mantêm com o prefeito.

Nos últimos dois dias, Eliziane Gama tem sido bombardeada por telefonemas de tucanos e aliados de tucanos de todas as patentes. Curiosamente, do lado de Holandinha, ela já recebeu telefonemas apenas do deputado estadual Marcelo Tavares, seu colega de Assembleia.

A aliança com o PSDB é estratégica para o PPS, sobretudo com vistas à eleição presidencial de 2014.

O partido de Roberto Freire sonha indicar o vice do candidato tucano – provavelmente o senador Aécio Neves (MG) – e acredita que viabilizará este projeto prestando apoio aos tucanos Brasil a fora neste 2º Turno.

A Eliziane Gama restará a resignação.

Ou o cruzar de braços…

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Holanda venceu em seis zonas; Castelo em três…

Holandinha: vencedor na maioria das urnas

O candidato do PTC Edivaldo Holanda Júnior foi o vencedor das eleições no primeiro turno em seis das nove zonas eleitorais de São Luís – 2ª, 10ª, 76ª, 88ª, 90ª e 91ª.

O prefeito João Castelo (PSDB) venceu em três delas – 1ª, 3ª e 89ª.

A maior diferença pró-Holanda Júnior se deu na 76ª Zona, que envolve bairros desde o Cohatrac, Cohab, passando pelo Turu, Cohama até chegar em parte do Calhau.

Lá, o candidato proto-comunista obteve 41,23% dos votos, uma diferença de mais de 13 pontos percentuais em relação a Castelo.

Castelo: missão difícil

A 89ª Zona teve como vencedor o prefeito João Castelo, mas em condição de quase empate. A diferença a seu favor foi de apenas pouco mais de 200 votos.  Nesta área, que abrange parte da periferia e Zona Rural, Castelo teve 30.427 votos, contra 30.214 de Holandinha.

A maior diferença em favor de Castelo foi obtida na 3ª Zona. O prefeito alcançou 35,04% dos votos; Holanda chegou a 31,76%. 

A vantagem de Holandinha se dá pelo fato de que suas vitórias ocorreram exatamente nas zonas mais populosas, enquanto que Castelo venceu nas menores zonas. 

O que torna sua missão um verdadeiro desafio…

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TRE convoca para plano de mídia do 2º Turno…

O Tribunal Regional Eleitoral realiza nesta quarta-feira a reunião para elaboração do plano de mídia para o horário eleitoral gratuito no rádio e na televisão em São Luís no 2º turno.

O ato será presidido pelo juiz Jesus Guanaré de Sousa Borges, a partir das 10 horas, no Forum Eleitoral Desembargador Francisco Costa, na Madre Deus.

Estão convocados a participar os partidos políticos, as coligações e as emissoras de rádio e TV.

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João Abreu cotado para a Secretaria de Educação…

João Abreu:mais uma vez cotado no governo

Do blog de Jorge Aragão

Depois de muitas idas e vindas, a governadora Roseana Sarney (PMDB) deverá confirmar até o fim desta semana o nome de João Guilherme de Abreu para ser o novo secretário de Educação do Maranhão.

O Blog recebeu a informação que Roseana e João Abreu já conversaram sobre o assunto e o anúncio oficial sairá dentro da primeira quinzena de outubro. João Abreu que já foi secretário da Casa Civil do próprio governo Roseana Sarney, por opção, estava afastado da gestão, mas teria aceitado o convite feito pela própria governadora.

Tido como um gestor competente, João Abreu além de empresário bem sucedido, já foi presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas, da Associação Comercial, do Sebrae e também secretário de Saúde do Maranhão. Continue lendo aqui…

Texto publicado originalmente em 8/10/2012
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Eles já não são mais os mesmos…

Guterres: volta frustrada à Política

A mera menção dos nomes já é suficiente para lembrar. Carlos Guterres (PTB) e Pedro Celestino (PP) são figuras conhecidas no meio político de São Luís.

Ou pelo menos eram.

Pedro Celestino:perdeu o timming

Os dois disputaram as eleições para a Câmara de São Luís e nenhum conseguiu se eleger.

Pior: tiveram votações medíocres para a história que carregam, exemplos de que, na ilusão da política, carreiras crescem e desaparecem num piscar de olhos.

Carlos Guterres foi um dos deputadosmais atuantes na década de 80. Foi secretário de Estado da então poderosíssima Sedel e chegou a disputar a eleição contra Jackson Lago (PDT), disputando voto a voto até o último momento.

Nesta eleição, conseguiu apenas 374 votos.

Pedro Celestino foi outro com carreira meteórica. elegeu-se em 1996, com o bordão “o pequeno que incomoda” e um discurso cativante no horário eleitoral.

Em quatro anos, viu a carreira desaparecer tão rápida como surgiu.

Perdeu a reeleição em 2000 e desapareceu subitamente do cenário político. Retornou agora, como candidato a vereador.

Sua votação: 143 votos.

Texto alterado às 16h32 para correção de informação
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Os votos de Wellington do Curso

Do blog de Gilberto Léda

Para quem ainda tinha dúvidas sobre o real destino dos votos do candidato a vereador de São Luís Wellington do Curso (PSL), está aí acima um print da página oficial de divulgação do resultado das eleições, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Como este blog anunciou semana passada, a candidatura do empresário está indeferida – com recurso pendente de julgamento em Brasília – e, portanto, os votos dados a ele, por enquanto, são considerados nulos.

Já se sabe que Wellingon obteve 3.892 votos, número considerado alto, levando-se em consideração que o candidato passou três meses tendo que provar ao eleitorado que poderia disputar as eleições. Continue lendo aqui…

Comentário deste blog

1 – A votação obtida por Wellington não garantiria a ele uma vaga na Câmara, já que seus adversários no PSL – Chico Carvalho e Isaias Pereirinha – obtiveram mais de 5,7 mil votos.

2 – mas é preciso anbalisar que esta votação de Wellington foi obtida em condições aqdversas, com as intensas notícias sobre o indeferimento de sua candidatura – o que sugere a possibilidade de ele ter muito mais em condições normais.

3 – Se forem aprovados no TSE, os votos de Wellinton só servirão para inflar ainda mais o nanico PSL – e beneficiar diretamente os próprios Carvalho e Pereirinha.

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Os caminhos de Eliziane Gama…

Eliziane: a tentação por poder pode influenciar, mas o melhor é resistir

Ao sair das urnas com a terceira posição na disputa pela Prefeitura de São Luís, a deputada estadual Eliziane Gama (PPS) credenciou-se, automaticamente, como a principal referência crítica na capital maranhense nos próximos anos.

Ela é, desde já, uma natural candidata a prefeito, em 2016, qualquer que seja o vencedor destas eleições.

Se o eleito for João Castelo (PSDB), Eliziane passa a ser a sua adversária principal daqui a quatros, uma vez que, derrotado, Edivaldo Holanda Júnior (PTC) passará a ser carta fora do baralho; sobretudo por que, muito provavelmente, não terá as mesmas condições políticas que teve este ano para tentar uma segunda chance na prefeitura.

Se a vitória for de Holanda Júnior, Eliziane também se credencia como principal opositora.

Sem conteúdo, sem bagagem cultural, sem experiência de vida prática nos movimentos sociais e sem referência administrativa, Holandinha é fadado ao fracasso na prefeitura, situação que põe Eliziane como opção real à sua gestão. 

A ex-candidata do PPS, portanto, tem que pensar a longo prazo. E sua referência política deve ser exatamente Marina Silva, que surgiu como opção à dicotomia PT/PSDB no Brasil.

A deputada tem que se ver como a líder emergente de uma oposição ludovicense carente de lideranças. Precisa ocupar o vácuo da ausência de Jackson Lago (PDT) e do não surgimento de jovens realmente forjados na luta, em vez de políticos favbricados em laboratório.

Optando por um dos lados na disputa em São Luís, a parlamentar passa a ficar, automaticamente, refém desta gestão, limitando seu raio de ação.

Ela chegou onde chegou sozinha, sem apoios, sem estrutura e, principalmente, sem padrinhos políticos. E foi desta forma que criou as condições para garantir a reeleição na Assembleia e construir uma opção de poder a  partir de si mesma.

Com o apoio a Castelo, Eliziane põe por terra o seu discurso de oposição construído nos últimos quatro anos – discurso este que ajudou, inclusive, a desgastar a imagem do prefeito.

Por outro lado, se optar por Holandinha, a parlamentar estará dizendo que errou ao ser candidata, já que poderia ter optado por ele há quatro meses, quando o então consórcio oposicionista escolheu o nome do parlamentar.

E Eliziane não apoiou Holanda Júnior por que não viu nele as credenciaois inerentes ao postulante do cargo de prefeito: preparo intelectual e administrativo, bagagem cultural e vivência nas lutas sociais e de base.

O caminho de Eliziane Gama está traçado como líder oposicionista na capital maranhense, qualquer que seja o eleito em 28 de outubro. É a partir desta premissa que ela precisa construir a sua trajetória política a partir de agora.

Qualquer outra opção será um erro imediatista que pode torná-la refém dos mandatos eleitorais sem referência.

Como muitos que já se afundaram no interesse por poder imediato.

É simples assim…

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O erro que Holandinha não pode cometer…

4 de outubro de 2008. Um dia após o 1º Turno da eleição em São Luís, que definiu uma nova rodada de disputa entre João Castelo (PSDB) e Flávio Dino (PCdoB). Escalado para cobertura eleitoral pelo jornal O EstadoMaranhão, o titular deste blog acompanhou o day after dos candidatos.

Naquela tarde, Castelo iria receber o apoio de Cléber Verde (PRB), que também disputara o 1º Turno. Flávio, por sua vez, realizaria caminhada na Rua Grande, com a presença do senador comunista Ignácio Arruda (CE).

No comitê de Castelo, muita festa para receber os dois apoios. O prefeito praticamente colocou tapete vermelho e demonstrou estar disposto a qualquer coisa – qualquer uma mesmo – para vencer o 2º Turno e se eleger prefeito.

De lá, a equipe de O Estado seguiu para o Centro.

Na Praça João Lisboa, o titular deste blog encontrou um grupo formado pelos petistas Washington Luiz, Helena Heluy e Henrique Souza, que apoiavam Dino, o comunista Márcio Jerry, assessor do então deputado, e o jornalista Walter Rodrigues.

– E aí? Na próxima pesquisa o Flávio já deve estar bem na frente, não achas? – foi a primeira pergunta de Jerry. Iniciou-se, então, o seguinte diálogo:

– Pelo que vi lá no Olho D´’Água, Castelo fará qualquer coisa para vencer. Qualquer coisa mesmo que vocês possam imaginar. Se vocês mantiverem salto alto, perderão a eleição – provocou o titular do blog.

– Mas nós não vamos arredar um pé do nosso projeto. Quem quiser nos apoiar tem que estar adequado ao nosso projeto – respondeu Henrique Souza.

O titular do blog voltou a provocar: “O jogo agora não é eleitoral, é político. Quem melhor souber fazer política, vencerá”.

Foi Márcio Jerry quem respondeu: Mas não vamos sentar com qualquer um. E nesta questão o povo é maior que tudo. Quando o povo quer, não tem jeito, o político tem que vir. E o povo já dise que quer Flávio – disse ele.

Neste momento, Walter Rodrigues tomou o titular do blog pelo braço, afastou-se um poucoo e disse-lhe no ouvido: “não adianta polemizar. É assim que eles são. É esperar pra ver”.

Dede então, em vários outros encontros, o discurso era sempre o mesmo.

Flávio Dino recebeu o apoio de Tadeu Palácio e de Gastão Vieira, mas deixou claro, em todos eles, um ar de indiferença ou de vergonha pela aliança. Tanto que os apoios sequer ganharam destaque no horário eleitoral.

Castelo, por sua vez, exibia triunfalmente cada apoio conquistado: de candidatos, como Clodomir Paz, Raimundo Cutrim e outros, vereadores e candidatos eleitos e não-eleitos, líderes comunitários, pastores evangélicos e qualquer um que se dispusesse a somar. E todos tinham destaque no horário eleitoral, todos eram convidados para caminhadas e carreatas.

A partir daquela conversa na Praça João Lisboa, o titular do blog passou a ouvir, sempre, em qualquer discurso, entrevista ou conversa de Flávio Dino e de seus aliados mais próximos, sempre o mesmo discurso: “é o povo quem quer. E se ele quer, não tem jeito”.

29 de outubro de 2008. João Castelo é eleito prefeito de São Luís em segundo turno, derrotando o candidato Flávio Dino.

Foi neste dia que este blog publicou, em primeira mão, a foto do choro de Flávio Dino, tirada pelo repórter-fotográfico de O EstadoMaranhão, Biné Morais – e que virou um clássico do fotojornalismo político maranhense.

O povo simplesmente não quis…