Bancada de direita quer criar a figura do “deputado à distância”…

Proposta já encampada pelos bolsonaristas – feita sob medida para atender aos interesses de Eduardo Bolsonaro – beneficiaria também Carla Zambelli – criando a inusitada figura do parlamentar EAD

 

DEPUTADOS EAD. Proposta criada para beneficiar Eduardo Bolsonaro vai dar vida boa também á foragida Carla Zambelli

Proposta assinada pelo deputado federal Evair Vieira de Melo (PP-ES) pretende criar na Câmara a figura do “parlamentar EAD”, uma espécie de deputado à distância, que poderia exercer o mandato a partir de qualquer lugar do mundo, de forma remota, sem precisar dar expediente em Brasília.

  • claramente criada para atender ao deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), a medida já foi encampada pelos bolsonaristas;
  • a medida beneficiaria diretamente também a deputada foragida Carla Zambelli (PRB-SP) já procurada pela Interpol.

“Libera, mediante autorização da Mesa Diretora, o exercício remoto do mandato parlamentar”, diz o texto da proposta de Evair Melo, fazendo alteração ao Regimento Interno da Câmara, que não prevê, atualmente, a figura do exercício remoto do mandato. (Saiba mais aqui)

Nos Estados Unidos desde dezembro, Eduardo Bolsonaro licenciou-se do mandato por 121 dias em 20 de março, e pode ficar afastado até 22 de julho, quando completa 122 dias de licença.

  • mas ele já deu claros sinais de que não pretende voltar ao Brasil enquanto não derrubar o governo Lula;
  • também conspira contra os ministros do Supremo Tribunal Federal que considera hostis à sua ideologia.

Caso a Câmara acate a posição do deputado Evair Vieira de Melo, Bolsonaro e Zambelli poderão viver nos Estados Unidos e na Europa como “parlamentares EAD” brasileiros, mesmo conspirando contra o Brasil.

E com salário e benefícios pagos pelo povo brasileiro…

A face mais covarde do bolsonarismo…

Deputado federal Márcio Jerry expõe a foragida Carla Zambelli, mas há outros ícones da covardia que dominou a cena política do Brasil a partir de 2018, incluindo o próprio ex-presidente e seu filho deputado

 

FUJÕES COVARDES. Eduardo Bolsonaro, Carla Zambelli e Allan dos Santos escondem-se das autoridades brasileiras

Pensata

O deputado federal Márcio Jerry (PCdoB) expôs nesta quarta-feira, 4, o que está se tornando a face mais covarde do bolsonarismo, ao criticar a fuga para fora do Brasil dos deputados federais Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Carla Zambelli (PRB-SP).

  • nos Estados Unidos desde dezembro, Eduardo, filho do próprio ex-presidente, teme voltar ao Brasil e ser preso por conspiração;
  • condenada a 10 anos de prisão por invadir sistema do Conselho Nacional de Justiça, Zambelli também fugiu para os Estados Unidos.

“Dois expoentes do bolsonarismo fogem do Brasil. É o retrato dessa corrente política adepta de crimes, adoradora de fake news, antipartriota e covarde”, disse o parlamentar maranhense.

Mas não são apenas estes os símbolos da covardia bolsonarista.

Há diversos foragidos dos atos golpistas do 8 de janeiro; também está em fuga desde 2022 – também nos Estados Unidos – o jornalista Allan dos Santos, procurado por criação e disseminação sistemática de fake news.

O próprio Bolsonaro é visto como um potencial foragido

Já chegou, inclusive, a se esconder na Embaixada da Hungria ao primeiro sinal de que poderia ser preso.

Ainda no Brasil, Bolsonaro é réu em processo por golpe de Estado.

Pode pegar quase 30 anos, caso condenado…

Abandonada por Bolsonaro, Zambelli diz que vai ficar “na dela”…

Ex-presidente, agora réu por tentativa de golpe de estado, culpa a deputada federal – que enfrenta dois processos de cassação, no TSE e no STF – pela derrota nas eleições de 2022

 

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) reagiu nesta quinta-feira, 27, aos ataques do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que a culpa pela derrota nas eleições de 2022.

Para Bolsonaro, o caso protagonizado por Zambelli – que perseguiu um jornalista de arma em punho pelas ruas de São Paulo, às vésperas das eleições de 22 – tirou-lhe votos de eleitores importantes, o que favoreceu a vitória de Lula.

“Não vou falar que não errou. Aquilo interferiu nas eleições, ajudou a me desgastar porque um órgão de imprensa muito poderoso ficou mostrando o dia inteiro aquela mensagem”, afirmou Bolsonaro; para ele, a deputada tirou seu mandato.

RELAÇÕES CORTADAS. Em maus momentos no STF, Bolsonaro e Carla Zambelli ficaram de mal por causa de fatos das eleições passadas

  • na opinião da deputada, o ex-presidente jogou um peso muito grande em suas costas;
  • as declarações de Bolsonaro se deram no dia em que o STF formou maioria para condená-la.

“Não vou procurar Bolsonaro. Acho que depois do que acontece… ele tem meu telefone, se acha que deve me ligar, ele me liga. Se eu falei dessa forma como ele acha que eu falei, então eu acho que eu devo ficar na minha”, declarou a parlamentar, em entrevista ao canal CNN. (Veja vídeo acima)

Tanto Bolsonaro quanto Carla Zambelli podem enfrentar cadeia após conclusão do julgamento no STF…

Ministro indicado por Bolsonaro suspende julgamento de Carla Zambelli

Cássio Nunes Marques pediu vistas do processo contra a deputada, que ameaçou um desafeto – de arma em punho – pelas ruas de São Paulo, na véspera das eleições de 2022

 

DE ARMA EM PUNHO. A cena bizarra de Carla Zambelli na véspera das eleições de 2022 ganhou o mundo inteiro

O ministro Cássio Nunes Marques pediu nesta segunda-feira, 24, vistas do processo contra a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), acusada de ameaçar, com arma em punho, um eleitor  pelas ruas de São Paulo, na véspera das eleições de 2022; Nunes Marques foi indicado pelo então presidente Jair Bolsonaro (PL), em 2021.

  • o placar do julgamento já está em 5 X0 pela condenação da deputada;
  • com mais num voto, Zambelli será condenada a cinco anos de reclusão.

“Essas imagens asseguraram a verdade e mostraram que Carla Zambelli não teve sua integridade física ameaçada e reagiu de forma desproporcional e violenta a uma discussão”, pontua a advogada Dora Cavalcante, acrescentando que a deputada não podia portar sua arma em via pública daquela maneira.

Caso condenada, a deputada federal perde o mandato na Câmara e segue direto para cumprimento da pena.

Nunes marques tem o prazo de 90 dias para devolver o processo com o seu voto…

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Violência armada marcou final da campanha de Bolsonaro…

Os últimos quinze dias de campanha tiveram ao menos três episódios com tiros em que bolsonaristas foram o centro das ações; o problema a partir deste domingo é que esses mesmos bolsonaristas estarão caminhando por aí até a posse do eleito, em 5 de janeiro

 

A imagem de Carla Zambelli com arma em punho em plena via pública é o símbolo da violência armada na campanha de Bolsonaro

 

A campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL)  abdicou da busca ao votos nos últimos quinze dias de campanha e optou por criar um clima de tensão para tentar favorecer uma reação após o pleito deste domingo, 30.

E o resultado foi, ao menos, três episódios violentos, armados, com bolsonaristas no centro da questão.

No dia 17 de outubro, seguranças do candidato a governador Tarcísio de Freitas – entre eles mataram um homem desarmado em uma comunidade de São Paulo.

Seis dias depois, o ex-deputado Roberto Jefferson recebe  a balas de fuzil e granadas agentes da Polícia Federal que foram prendê-lo, após ter agredido violentamente a ministra do Supremo Tribunal Federal Carmem Lúcia.

Já na véspera da eleição aparece a deputada federal Carla Zambelli – irritada por ter sido xingada em uma discussão que ela própria provocou – correndo nas ruas com arma em punho, junto com capangas igualmente armados, atrás de um homem negro desarmado.

São apenas três episódio e menos de quinze dias, expondo exatamente o clima entre os bolsonaristas nos estertores do governo.

E eles vão continuar nas ruas entre o domingo de eleição e a posse do futuro presidente, em 5 de janeiro.

Como se comportarão até lá?!?

“Quem tiver mais votos, leva”, diz Bolsonaro; mas isso é o óbvio…

Presidente tenta passar nas últimas horas do pleito a imagem de democrata que  não conseguiu passar em quatro anos de mandato; o risco, além dele, são os bolsonaristas tio Roberto Jefferson e Carla Zambelli, que estarão circulando por aí até 5 de janeiro, quando o eleito toma posse

 

A cara mostra que Bolsonaro respondeu o que não queria responder à jornalista da Rede Globo após o debate de sexta-feira, 28

Não havia outra declaração a dar pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) diante da pergunta feita pela jornalista Renata Lo Prete após o debate da Rede Globo.

– Quem tiver mais votos, leva… – disse ele, sobre o resultado das eleições.

É uma obviedade. É claro que quem tiver mais votos deve levar a eleição; e não se precisa da permissão de Bolsonaro para isso.

O presidente vem tentando construir nas últimas horas de campanha a imagem do democrata que nunca foi, de político pronto para acolher o resultado das urnas, o que não conseguiu – e nem teve interesse – em quatro anos de mandato.

O clima de divisão que Bolsonaro construiu nos quatro anos de mandato acirrou-se neste segundo turno; e o risco é a presença de gente como Roberto Jefferson e Carla Zambelli soltos por aí nos dois meses que separam o eleito da posse, em 5 de janeiro.

E é com essa gente que terá que se lidar após a eleição…