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Violência armada marcou final da campanha de Bolsonaro…

Os últimos quinze dias de campanha tiveram ao menos três episódios com tiros em que bolsonaristas foram o centro das ações; o problema a partir deste domingo é que esses mesmos bolsonaristas estarão caminhando por aí até a posse do eleito, em 5 de janeiro

 

A imagem de Carla Zambelli com arma em punho em plena via pública é o símbolo da violência armada na campanha de Bolsonaro

 

A campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL)  abdicou da busca ao votos nos últimos quinze dias de campanha e optou por criar um clima de tensão para tentar favorecer uma reação após o pleito deste domingo, 30.

E o resultado foi, ao menos, três episódios violentos, armados, com bolsonaristas no centro da questão.

No dia 17 de outubro, seguranças do candidato a governador Tarcísio de Freitas – entre eles mataram um homem desarmado em uma comunidade de São Paulo.

Seis dias depois, o ex-deputado Roberto Jefferson recebe  a balas de fuzil e granadas agentes da Polícia Federal que foram prendê-lo, após ter agredido violentamente a ministra do Supremo Tribunal Federal Carmem Lúcia.

Já na véspera da eleição aparece a deputada federal Carla Zambelli – irritada por ter sido xingada em uma discussão que ela própria provocou – correndo nas ruas com arma em punho, junto com capangas igualmente armados, atrás de um homem negro desarmado.

São apenas três episódio e menos de quinze dias, expondo exatamente o clima entre os bolsonaristas nos estertores do governo.

E eles vão continuar nas ruas entre o domingo de eleição e a posse do futuro presidente, em 5 de janeiro.

Como se comportarão até lá?!?

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Dr. Lahésio também silencia sobre segundo turno presidencial…

Votado em sua ampla maioria pelo eleitorado do presidente Jair Bolsonaro – o que lhe garantiu a segunda colocação na disputa pelo Governo do Estado – ex-prefeito de São Pedro dos Crentes ainda não se posicionou sobre o enfrentamento entre Bolsonaro e Lula

 

Passados cinco dias das eleições no primeiro turno, Dr. Lahésio mantém silêncio sobre a corrida presidencial entre Lula e Bolsonaro

O ex-prefeito de São Pedro dos Crentes, Dr. Lahésio Bonfim – segundo colocado na disputa pelo Governo do Estado – também decidiu silenciar sobre a disputa presidencial no segundo turno, entre o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Lula (PT).

Lahésio teve gigante votação entre os bolsonaristas, que lhe garantiu chegar á segunda posição na disputa maranhenses, mas desde o domingo, 2, data do primeiro turno, ele nada fala sobre o segundo turno das eleições

Sua última postagem no Feed do Instagram data da terça-feira, 4, e trata apenas de agradecimento aos eleitores que votaram nele.

Nos stories da mesma rede social, há uma postagem desta sexta-feira, 3, mas apenas para reproduzir uma fake news contra o governador  Carlos Brandão (PSB), sobre a lei que obriga espaços públicos a divulgar placas sobre proibição de discriminação de orientação sexual e identidade de gênero.

Apesar de declarar-se bolsonarista desde 2018, Lahésio passou todo o primeiro turno também tentando evitar o debate sobre a corrida presidencial, só se manifestando na reta final, quando bolsonaristas passaram forçar pelo segundo turno.

Parece repetir a mesma estratégia agora no segundo turno…

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Bolsonaro vai usar evangélicos para tentar virada contra Lula

Campanha do presidente iniciou forte ofensiva nas igrejas e nas redes sociais, com produção de mensagens tentando associar o PT e a esquerda a movimentos anticristãos; líderes religiosos também iniciaram pregação aberta nos púlpitos associando o bolsonarimso à vontade de Deus

 

É com gente do tipo de Silas Malafaia e Magno Malta que Bolsonaro conta para demonizar Lula e o PT nas igrejas evangélicas espalhadas pelo Brasil

Uma forte ofensiva do presidente Jair Bolsonaro (PL) tem como alvo as igrejas evangélicas nesse segundo turno. O objetivo é associar o PT, o ex-presidente Lula e a esquerda a movimentos anticristãos.

Para isso, a campanha bolsonarista conta com apoio de líderes religiosos de todo o país,. que já iniciaram pregações em cultos tentando relacionar a reeleição de Bolsonaro à vontade de Deus.

– Deus, pátria, família e liberdade – este é o lema que começou a ser espalhado em igrejas de todo o país.

Desde o início da campanha, Bolsonaro e líderes evangélicos tentam associar Lula a cultos satanistas; também demonizam as religiões de matriz africana e pregam que segmentos sociais LGBTQIA+ são contra a vontade de Deus.

A ideia é vender aos crentes que a eleição de Bolsonaro é uma promessa de Deus para o país se tornar completamente evangélico.

Essa pregação – capitaneada por gente do tipo de Silas Malafaia, Valdomiro Santiago, Edir Macedo, RR Soares e seus semelhantes espalhados em todo país – encontra terreno fértil no eleitorado evangélico menos escolarizado e mais fanático.

Não há ainda movimentos mais efetivos do PT e de Lula contra esta campanha aberta.

Mas dentro das igrejas esta prática já encontra contrapontos…

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Lula faz o contraponto perfeito a Bolsonaro

Na primeira entrevista após ter suas condenações anuladas no Supremo Tribunal Federal, ex-presidente apresenta-se como o oposto do atual em todos os principais temas que a sociedade enfrenta; e marca posição clara no antibolsonarismo

 

Lula só tirou a máscara após certificar-se do distanciamento com os jornalistas presentes á coletiva de imprensa: contraponto a Bolsonaro

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) marcou hoje sua posição clara de antibolsonarista e apresentou contraponto perfeito ao atual presidente da República, em sua primeira entrevista após o ministro Edson Fachin ter anulado as condenações impostas a ele pelo ex-juiz da Lava Jato, Sérgio Moro.

Desde o início da coletiva de imprensa – ao chegar de máscara e só tirá-la justificando o distanciamento dos jornalistas – Lula fez questão de mostrar-se o oposto do que representa Bolsonaro.

Defendeu abertamente a vacina contra a COVID-19, “venha ela de onde vier”, cobrou o auxílio emergencial de R$ 600, 00 e apelou à compreensão do cidadão no combate ao coronavírus, tudo o que Bolsonaro não faz,

Fazendo subliminarmente uma comparação dos seu tempos de governo com o atual, o ex-presidente defendeu as liberdades individuais, ao defender os direitos LGBTQ+, o direito a todas as religiões e o desarmamento do Brasil.

E defendeu uma economia que beneficie diretamente o cidadão, com redução da pobreza e geração de emprego e renda, o que é contrário à política de Bolsonaro e do ministro Paulo Guedes.

Apesar de ressaltar o sofrimento pela condenação injusta, a prisão indevida – e, sobretudo, pela morte da mulher, do irmão e do neto, que vê como fruto da perseguição que sofreu – o ex-presidente não usou o discurso de magoado.

Ressaltou que Sérgio Moro é o principal agente da mentira jurídica, mas mostrou-se com visão de futuro, buscando o diálogo, sobretudo com os partidos políticos e a imprensa.

Neste aspecto, mais um contraponto a Bolsonaro: apesar de criticar os erros jornalísticos na cobertura do seu julgamento, Lula defendeu a liberdade de imprensa, mostrando-se aberto e menos beligerante que o atual presidente.

A entrevista serviu como uma espécie de pré-lançamento de campanha de Lula, mostrando a Bolsonaro que, a partir de agora, ele tem um adversário de peso na disputa presidencial de 2022.

Curiosamente, nesta mesma quarta-feira, 10, uma pesquisa da CNN – primeira após decisão que devolveu os direitos políticos do petista – Lula aparece como principal adversário de Bolsonaro, com 21% das intenções de votos, contra 31 do atual presidente.

Uma clara polarização iniciada agora…

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Em São Luís, candidatos temem ligação com Bolsonaro…

Candidatos que pertencem ou têm em suas coligações partidos vinculados diretamente ao presidente da República – representante da extrema direita racista, machista e homofóbica –  tentam esconder ao máximo este fato, inclusive com ações judiciais

 

Braide rejeita ligação com Bolsonaro, mas tem em sua aliança Roberto Rocha, Edilázio Júnior e Aluísio Mendes, todos nesta foto com o ministro bolsonarista Marcos Pontes

Agora isolado na América como representante da extrema direita – após mudanças de rumo na Argentina, na Bolívia a e nos Estados Unidos – o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) parece ter doença contagiosa em São Luís.

Isso explicaria a resistência com que os candidatos Eduardo Braide e Duarte Júnior rejeitam o rótulo de serem ligados ao bolsonarismo, apesar de partidos da base do Governo Federal estarem em suas coligações.

Tanto Braide quanto Duarte, cujos partidos – Podemos e PRB, respectivamente – dão apoio direto a Bolsonaro em Brasília, já entraram na Justiça para impedir que adversários façam ligações deles com o presidente.

A explicação estaria nas pesquisas qualitativas, que mostram a rejeição do presidente na capital maranhense.

No caso de Braide, por exemplo, até mesmo os principais representantes de Bolsonaro no Maranhão, como o senador Roberto Rocha (PSDB) e o deputado federal Aluísio Mendes (PSC), têm sido mantidos distantes da campanha.

Duarte Júnior, por sua vez, conseguiu na Justiça Eleitoral impedir o adversário Rubens Pereira Júnior (PCdoB) de fazer referências à ligação do seu partido com a base bolsonarista.

Ao lado de Brandão e Cléber Verde, Duarte Júnior assina em Brasília ficha no PRB, cuja base, a exemplo de Celso Russomanno, é vinculada diretamente ao governo Bolsonaro

Já o candidato declaradamente bolsonarista – pastor Sílvio Antonio (PRTB) – amarga índices abaixo de 1% nas pesquisas.

Após mudanças na Argentina, na Bolívia e nos Estados Unidos, Bolsonaro é hoje no continente americano o único representante da direita extremista racista, machista e homofóbica, predicados que não são exatamente lisonjeiros na política moderna.

E ter vinculação com essas “bandeiras” – por mais conservadores que sejam os candidatos – é fator de perda de votos.

Por isso Breiade e Duarte querem passar longe da ligação com o presidente…

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Tadeu Palácio faz apologia a fechamento do STF por militares…

Ex-prefeito de São Luís – que chegou a ser cogitado para disputar novamente o posto em 2020 – publicou charge mostrando o presidente Jair Bolsonaro ao lado de generais, acuando ministros, numa defesa direta e criminosa do Ato Institucional nº 5

 

A apologia de Tadeu Palácio à ditadura militar e ao AI-5; segundo ele, “muitos brasileiros estão sonhando com este dia”

O ex-prefeito de São Luís, ex-vereador e ex-secretário Tadeu Palácio (PSL) pode ser enquadrado por apologia à ditadura militar, caso as investigações do Supremo Tribunal Federal se estendam ao Maranhão.

O ex-prefeito – eleito vice na chapa de Jackson Lago em 2000, e reeleito em 2004, pelo PDT, um dos principais partidos contra a ditadura militar no Brasil – pregou claramente o fechamento do STF em uma publicação em suas redes sociais.

O ex-prefeito – que desde a saída do PDT gravitou por inúmeras legendas no Maranhão, até se encontrar no PSL de Jair Bolsonaro – espalhou charge que mostra o presidente junto com generais, acuando os ministros do Supremo.

Abaixo, Palácio afirma, extrapolando os limites da mera liberdade de expressão: “muitos brasileiros estão sonhando com este dia”.

Com a charge, além de traição à sua própria trajetória política, Palácio pode ter cometido crime, ao fazer apologia do AI-5 um dos mais cruéis dispositivos da ditadura militar.

A pedido da Procuradoria-Geral da República, o próprio STF instaurou inquérito para investigar o crime contra a democracia protagonizado no último domingo, 19, por grupos de apoio a Bolsonaro em todo o país.

E o ex-prefeito de São Luís pode ser chamado a dar explicações…

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Eliziane vê “atitude intolerável de Bolsonaro” contra ex-presidente do Chile…

Como sempre faz ao tentar defender a ditadura militar presidente brasileiro ofendeu a memória da família de Michele Bachellet ao ironizar a morte do pai dela durante o regime de Augusto Pinochet

 

ELIZIANE MANTÉM FIRME POSICIONAMENTO CONTRA O QUE CONSIDERA ERRADO NA POSTURA DE JAIR BOLSONARO, em discurso e posicionamentos certeiros

A senadora Eliziane Gama (Cidadania) lamentou profundamente o destempero verbal do presidente Jair Bolsonaro (PSL), que, desta feita, teve como vítima a ex-presidente do Chile, Michele Bachelet, hoje Alta Comissáira da ONU para os Direitos Humanos.

Para rebater posicionamento de Bachelet na ONU, Bolsonaro disse que a ditadura de Augusto Pinochet “livrou o Chile de virar uma Cuba”.

– Graças aos que tiveram a coragem de dar um basta à esquerda em 1973 – afirmou O desbocado presidente.

O pai de Michele Bachelet foi uma das vítimas de Pinochet.

A POSTURA DE BOLSONARO TEM SIDO A DE UM COVARDE, POR USAR O POSTO DE PRESIDENTE para atacar lideranças que mostram posicionamento ideológico contrário aos seus

Na avaliação de Eliziane Gama, mostra o despreparo de Bolsonaro para o comando do país.

– Além de criar mais uma crise diplomática desnecessária, as declarações desumanas do presidente em relaçāo ao pai da ex-presidente chilena, Michelle Bachelet, sāo agressões a uma família. Atitude intolerável – afirmou a senadora.

Elizaine tem sido uma das principais críticas dos destemperos de Bolsonaro – que demonstra descontrole tanto nas ações quanto nos discursos à frente do país.

O ataque à ex-presidente do Chile repercutiu no mundo inteiro, em mais um desgaste internacional do mandatário brasileiro…