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Investigado por fraude indígena ataca blog e acusa “deputado federal”…

Diretor do DSEI-MA, Alexandre Cantuária ofende editor, diz que denúncias contra ele tem a ver com “ONG fantasma” e “deputado federal”, mas não cita nomes

 

Cantuária, sempre posando com índios: impropérios, agressões, mas nada de explicações

Descontrolado com as informações sobre suspeitas em suas operações no Distrito Sanitário Especial Indígena no Maranhão (DISEI-MA), o diretor do órgão, Alexandre Oliveira Cantuária, atacou o titular deste blog na manhã desta quinta-feira, 18.

Com insultos pessoais, expressões chulas e verborragia preconceituosa e homofóbica – que não condizem com a postura de alguém ligado à causa indígena – ele ameaçou usar “poder da política” para enquadrar o blog.

E revelou algo novo na questão envolvendo a causa indígena.

– Essa série de denúncias começou depois que ONG fantasma venceu chamamento no Amapá. O dono da ONG fantasma é político e está junto com deputado federal – afirmou o militante indígena.

O titular do blog cobrou os nomes, mas ele se recusou, sendo ainda mais agressivo:

– Pega cada prova sua e enfia…o bom disso tudo é isso, mandar vocês ir (sic). Ainda bem que posso – afirmou, mostrando desprezo pelas investigações e confiando no apadrinhamento político. (Saiba mais aqui, aqui e aqui)

Mesmo pedindo Direito de Resposta, Alexandre Cantuária disse que não queria falar ao blog. E mostrou pouca preocupação com as denúncias.

– No blog não. Porque não gosto de exposição – afirmou.

O resto da conversa foi recheada de impropérios, agressões e sinais de desprezo, inclusive pela causa indígena.

Mas nenhuma explicação para as acusações que lhe pesam…

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Investigado por corrupção no Amazonas comanda órgão indígena no Maranhão…

Alexandre Oliveira Cantuária foi diretor do Distrito Sanitário Indígena do Alto Rio Negro Turi quando a unidade passou a ser alvo de investigações; hoje, ele comanda o DSEI-MA, também alvo de investigações por suspeita de corrupção

 

Cantuária entre índios que ele diz cuidar

Uma estranha coincidência marca a passagem de Alexandre Oliveira Cantuária pelos Distritos Sanitários Indígenas, os DSEI, órgãos vinculados ao Ministério da Saúde.

Nomeado em 2013 pelo então ministro da Saúde Alexandre Padilha para comandar o DSEI do Alto Rio Negro Turi, no noroeste do Amazonas, Cantuária passou a ser alvo de investigações do Tribunal de Contas da União a partir de 2014.

No mesmo ano, ele foi nomeado para o Distrito Indígena do Maranhão.

A partir de então, novas suspeitas passaram a ser investigadas pelo TCU e pela Controladoria-Geral da União, como já mostrou este blog. (Releia aqui e aqui)

Embora se saiba que as indicações para órgãos ministeriais sejam políticas, não há registros do padrinho de Alexandre Cantuária.

Ele tem, porém, pelo menos uma ligação no Maranhão, o vereador de Grajaú Arão Marizê Lopes (PMN), também já acusado de se beneficiar de diárias no órgão indígena.

Mas esta é uma outra história…

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Rombo em órgão indígena pode chegar a R$ 4 milhões no Maranhão…

Distrito Sanitário, vinculado ao Ministério da Saúde – e já investigado por suspeita de desvios de R$ 2 bilhões – teve ações suspeitas também no estado

 

Uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) aponta para rombo de aproximadamente R$ 3,6 milhões no Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) do Maranhão, apenas em contratos realizados a partir de 2013.

Vinculado ao Ministério da Saúde , o DSEI, órgão pouco conhecido do grande público, já foi acusado por suspeitas de rombos de R$ 2 bilhões em todo o país, em contratos com o Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip). (Releia aqui)

No Maranhão, o órgão é dirigido por Alexandre Oliveira Cantuária, já investigado em outras praças.

A Auditoria nº 14.966-TCU identificou prejuízo de R$ 2.621.479,00, até novembro/2014, relacionado ao contrato nº 10/2013, com vigência de 15 de maio de 2013 a 14 de maio de 2015, conforme o portal Transparência Pública.

Além disso, foi apontado, ainda, prejuízo potencial de R$ 1.069.705,00 até maio/2015, o que totaliza os cerca de R$ 3,6 milhões em irregularidades.