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Carnaval expõe distanciamento entre Brandão e Flávio Dino

Governador demonstrou alegria nos quatro dias de folia, sempre presente nos circuitos carnavalescos e entre populares, enquanto o ministro da Justiça se limitou a poucas aparições, apenas com seus aliados mais próximos; e não houve encontro público entre os dois em nenhum dos circuitos

 

Brandão dançou reggae com as esposa no circuito Beira-Mar; Flávio Dino pulou no trio elétrico da amiga Flávia Bittencourt

Brandão esteve entre populares no Circuito Litorânea; Flávio Dino brincou fechado, entre os seus, no bloco “Os Comunas”

O blog Marco Aurélio d’Eça publicou no sábado de carnaval o post “A guerra fria entre Brandão e Flávio Dino…”

Era um recorte da disputa tácita de espaços de poder que o governador Carlos Brandão (PSB) e o ministro da Justiça Flávio Dino (PSB) experimentam nestes primeiros meses do novo governo maranhense.

Este clima de frieza se expôs ainda mais no carnaval.

De bem com a vida, Brandão esteve em todos os circuitos carnavalescos, inclusive nos patrocinados pela Prefeitura de São Luís, mostrou-se à vontade entre populares e recebeu a admiração pública pelo sucesso do carnaval de 2023.

Flávio Dino se limitou a algumas festas com amigos e aliados políticos, e esteve pouco tempo nos circuitos da folia – e sempre ao lado dos mais chegados.

Não houve um encontro sequer entre Dino e Brandão nas festas de rua, o que era de se esperar, dado a ainda recente vitória eleitoral dos dois, que resultou no novo governo.

Flávio Dino e Carlos Brandão não pretendem abrir guerra um contra o outro, como já foi dito no post do blog Marco Aurélio d’Eça.

Mas o que se vê é que cada um quer seguir a própria vida.

Longe do outro…

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O carnaval ficou no passado…

Pelo terceiro ano consecutivo sob a batuta comunista, carnaval de São Luís não é mais nem um arremedo do que foi na década passada, quando os olhos do Brasil estavam voltados para a capital maranhense

 

O Fofão faz lembrar uma época em que o carnaval maranhense era digno de respeito no Brasil

Ao longo de três anos sob o comando do governo comunista -2015, 2016 e 2017 – o Carnaval do Maranhão ficou relegado ao último plano da cobertura midiática nacional.

Outrora, a festa começava em janeiro e ia até a Quarta-Feira de Cinzas; e chegou a atrair turistas de todo o país, com transmissões ao vivo em horário nobre das grandes redes de TV.

O saldo dos três últimos anos de governo comunista no Maranhão é um Carnaval apático, sem vibração e cercado pelo aparelhamento político em todos os seus aspectos.

Quem assiste às emissoras de televisão do país tem a possibilidade de comparar as festas. Em Salvador, por exemplo, a folia é transmitida ao vivo em âmbito nacional, e o governador da Bahia faz questão de participar de toda a festa. O governo baiano garantiu em 2017, por exemplo, o fim das cordas que separavam os pagantes dos trios, garantindo acesso a todos os brincantes.

Em Pernambuco há milhares de foliões de todo o país – inclusive muitos maranhenses desgostosos com a falta de incentivo à festa local.

A Madre Deus de outrora – com suas ruas apinhadas de gente e flashes ao vivo nas emissoras de TV – não consegue ser vista em nenhum canto do circuito. Nem a decoração chinfrim lembra que se está no período carnavalesco.

O carnaval pujante, rico e atrativo para brasileiros e estrangeiros, agora ficou no passado, esquecido em algum canto da história política do Maranhão.

Da coluna EstadoMaior, de O EstadoMaranhão