Embarcação que apresenta problemas desde sua chegada a São Luís está agora com o Registro Especial vencido no Tribunal Marítimo, o que o impede de fazer a travessia entre São Luís e Cujupe; esse problema explica o fato de o Governo do Estado anunciar sua volta aos mares, na segunda-feira, 14, mas retirar o release de circulação já na terça-feira, 15
O blog do jornalista Isaias Rocha trouxe na manhã desta quarta-feira, 16, com exclusividade, uma notícia que pode explicar o fato de a comunicação do governo Carlos Brandão (PSB) ter retirado de circulação informação referente ao retorno ao mar do ferry boat José Humberto apenas um dia depois de repassá-las aos parceiros de mídia.
Segundo Rocha, mesmo após remendo do casco feito por determinação da Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap), a embarcação conhecida por “ferry velho” ainda não pode voltar a fazer a travessia entre São Luís e Cujupe por ter o Registro Especial Brasileiro (REB) vencido no Tribunal Marítimo desde o dia 31 de julho.
O blog Marco Aurélio d’Eça publicou nesta terça-feira, 15 o post “Após alerta deste blog, Emap tira ferry boat de circulação para reparos, mas esconde informação…”; tratava-se exatamente da crítica à notícia divulgada pela comunicação do governo Brandão, que chegou a ser publicada em alguns blogs, mas depois retirada. (Veja print acima)
A causa do recuo na divulgação sobre a volta do ferry velho José Humberto pode ter sido esta revelada pelo jornalista Isaias Rocha.
O fato é que o ferry José Humberto não tem condições de navegar na baía de São Marcos, embora o governo insista nesta hipótese, que põe em risco a vida de usuários.
A característica da baía de São Marcos é de mar aberto, mesmo com certificado de mar fechado dado pela Marinha do Brasil (?); a embarcação comprada no Pará, no entanto, é construída para navegar nas bacias do tipo mar fechado, como o Rio Amazonas, por exemplo, onde navegou por quase 40 anos, até ser retirada das águas, antes de ser vendida como nova para o governo maranhense.
Por problemas muito menores, o governo interviu na empresa ServiPorto, que operava a travessia São Luís/Cujupe antes do caos.
Não faz sentido, portanto, que mantenha uma embarcação funcionando de forma precária, gastando milhões dos cofres públicos em manutenção.
E o pior, acobertado pelo comando do Ministério Público e da Capitania dos Portos…