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Imagens do dia: A tragédia anunciada dos ferry boats em São Luís…

Alertado desde meados de 2022, o governo Carlos Brandão insiste em manter em atividade a embarcação chamada José Humberto, pondo em risco a população que faz a travessia entre a capital maranhense e a Baixada; além deste, o ferry São Gabriel também apresentou problemas na travessia nesta terça-feira, 17

 

O ferry José Humberto deu nova pane em pleno domingo, 15 e precisou ser rebocado para chegar a seguro no porto

…Já a embarcação batizada de São Gabriel encalhou nesta terça-feira, 17 e também precisou ser rebocada

O governo Carlos Brandão vem sendo alertado desde meados e 2022 sobre os riscos aos quais a população usuária do serviço de ferry boat está sujeita, sob sua responsabilidade; este blog Marco Aurélio d’Eça, por exemplo, já postou diversas vezes situações de risco e ameaças. (Relembre aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, mais aqui e também aqui)

mas o governador e sua equipe – agora a Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap) – ignoram solenemente todos os alertas.

No último domingo, 15, o ferry José Humberto, todo remendado, apresentou falha mecânica pela enésima vez e precisou ser rebocado. (Saiba mais aqui)

Já nesta terça-feira, 17, outra embarcação que faz a travessia São Luís Cujupe, o ferry São Gabriel, também precisou de reboque, após encalhar na Baía de São Marcos. (Entenda aqui)

Os episódios vêm se repetindo ao longo dos anos, com ameaça clara aos usuários dos erviço.

E sob a vista grossa do Capitania dos Portos e do Ministério Público…

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Mesmo remendado pela Emap, ferry boat José Humberto não pode navegar…

Embarcação que apresenta problemas desde sua chegada a São Luís está agora com o Registro Especial vencido no Tribunal Marítimo, o que o impede de fazer a travessia entre São Luís e Cujupe; esse problema explica o fato de o Governo do Estado anunciar sua volta aos mares, na segunda-feira, 14, mas retirar o release de circulação já na terça-feira, 15

 

Secom de Brandão chegou a encaminhar notícia sobre a volta do José Humberto, depois apagada dos blogs, agora sabe-se o porquê

O blog do jornalista Isaias Rocha trouxe na manhã desta quarta-feira, 16, com exclusividade, uma notícia que pode explicar o fato de a comunicação do governo Carlos Brandão (PSB) ter retirado de circulação informação referente ao retorno ao mar do ferry boat José Humberto apenas um dia depois de repassá-las aos parceiros de mídia.

Segundo Rocha, mesmo após remendo do casco feito por determinação da Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap), a embarcação conhecida por “ferry velho” ainda não pode voltar a fazer a travessia entre São Luís e Cujupe por ter o Registro Especial Brasileiro (REB) vencido no Tribunal Marítimo desde o dia 31 de julho.

O blog Marco Aurélio d’Eça publicou nesta terça-feira, 15 o post “Após alerta deste blog, Emap tira ferry boat de circulação para reparos, mas esconde informação…”; tratava-se exatamente da crítica à notícia divulgada pela comunicação do governo Brandão, que chegou a ser publicada em alguns blogs, mas depois retirada. (Veja print acima)

A causa do recuo na divulgação sobre a volta do ferry velho José Humberto pode ter sido esta revelada pelo jornalista Isaias Rocha.

É assim que o ferry velho navega pela baía de São Marcos, mas a Emap insiste em gastar dinheiro com consertos inviáveis na embarcação

O fato é que o ferry José Humberto não tem condições de navegar na baía de São Marcos, embora o governo insista nesta hipótese, que põe em risco a vida de usuários.

A característica da baía de São Marcos é de mar aberto, mesmo com certificado de mar fechado dado pela Marinha do Brasil (?); a embarcação comprada no Pará, no entanto, é construída para navegar nas bacias do tipo mar fechado, como o Rio Amazonas, por exemplo, onde navegou por quase 40 anos, até ser retirada das águas, antes de ser vendida como nova para o governo maranhense.

Por problemas muito menores, o governo interviu na empresa ServiPorto, que operava a travessia São Luís/Cujupe antes do caos.

Não faz sentido, portanto, que mantenha uma embarcação funcionando de forma precária, gastando milhões dos cofres públicos em manutenção.

E o pior, acobertado pelo comando do Ministério Público e da Capitania dos Portos…

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Após alerta deste blog Emap tira ferry boat de circulação para reparos, mas esconde informação

Mesmo sem admitir que o José Humberto estava pondo em risco a vida de usuários na travessia para Cujupe, empresa responsável pela operação passa quase 20 dias fazendo os reparos exatamente na parte denunciada em Marco Aurélio d’Eça, o que só veio a público nesta terça-feira, 15, com release distribuído aos setores da mídia alinhados ao Palácio dos Leões e depois mandado apagar

 

Após divulgar volta do Ferry José Humberto ao serviço, Emap retira release de sua página na internet e orienta parceiros de mídia a fazerem o mesmo

Este blog Marco Aurélio d’Eça publicou em 27 de julho, com exclusividade, o post “Constatada desde a primeira inspeção, rachadura já ameaça partir ferry boat José Humberto…”.

No dia seguinte, a Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap) – hoje a responsável pelo serviço – encostou a embarcação para fazer os reparos necessários, mesmo sem admitir os problemas mostrados neste blog; e mesmo sem informar a opinião pública.

Nesta segunda-feira, 14 – cerca de 20 dias após a denúncia – o Governo do Estado encaminhou release aos setores da mídia alinhados ao Palácio dos Leões falando da manutenção do ferry, com o título “Ferryboat José Humberto conclui manutenção periódica e retoma viagens”

Mesmo com a desonestidade intelectual de sua comunicação – que tentou vender a correção do grave problema como “mera manutenção preventiva” – o próprio release da Empa admite os problemas de rachadura no casco, exatamente o risco apontado no blog Marco Aurélio d’Eça.

No início da tarde desta terça-feira, 15, após o blog Marco Aurélio d’Eça questionar por que não informou publicamente que a embarcação estava fora de serviço, a página da empresa na internet e os setores da mídia que haviam publicado a volta retiraram o post de suas páginas. (Constate aqui)

A matéria sobre o “reparo” no José Humberto chegou a ser publicada segunda-feira, como comprova o print, mas apagada nesta terça-feira

O problema no casco do José Humberto foi registrado pelo Ministério Público ainda em 2022, mas só agora foi mexido pela Emap, exatamente após o alerta deste blog Marco Aurélio d’Eça.

O problema era tão grave que o vídeo publicado neste blog foi parar em um vídeo dos Estados Unidos, mostrando Idiots in boats Caught on Camera (algo como “idiotas em barcos pegos em câmera”).

Segundo o release publicado na imprensa alinhada ao Palácio dos Leões, o problema parece ter sido resolvido; mas, se foi, não há explicação para apagar as informações .

E este blog Marco Aurélio d’Eça se orgulha de poder continuar a contribuir com a melhoria nas condições de vida do povo maranhense; e alertar sobre os riscos de serviços mal prestados.

Em todos os seus aspectos.

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Justiça mantém guardada há mais de um ano ação sobre serviço de ferry boat em São Luís…

Vara de Interesses Difusos e Coletivos não analisou sequer o Pedido de Tutela Antecipada que visava garantir aos usuários qualidade no serviço de travessia da baia de São Marcos; documento mostra as manobras do Governo do Estado para forçar a utilização da embarcação José Humberto, mesmo com uma rachadura que corta todo o caso, como mostrou, com exclusividade, o blog Marco Aurélio d’Eça

 

Única movimentação do processos obre os ferrys é do próprio Ministério Público autor da ação; enquanto isso, embarcação põe em risco a vida de usuários

Adormece há mais de ano na Vara de Interesses Difusos e Coletivos de São Luís o processo número 0839689-93.2022.8.10.0001, ação do Ministério Público Estadual contra o Governo do Estado, a Agência de Mobilidade Urbana (MOB) e as empresas que prestam o serviço de travessia por ferry boat entre São Luís e Cujupe.

A última movimentação do processo é do dia 17 de novembro de 2022, quando o próprio Ministério Público fez uma petição nos autos; nem mesmo o pedido de Tutela Antecipada feito pelos promotores que assinam o documento chegou a ser analisado pelos juízes responsáveis.

Na última quinta-feira, 27, este blog Marco Aurélio d’Eça publicou com exclusividade vídeo feito por usuários na segunda-feira, 24, mostrando que a rachadura no casco do ferry Boat José Huberto, posto em operação exatamente na época da ação do MP, está pondo em risco a vida de quem faz a travessia entre São Luís e Cujupe.

Ação do MP adormecida nas gavetas da Vara de Interesses Difusos e Coletivos tem como principal alvo exatamente o ferry velho José Humberto, mas trata também de fatos investigados desde 2011, das demais embarcações e da intervenção feita pelo Governo do Estado na empresa ServPorto.

O ferry boat José Humberto opera na baía de São Marcos com rachadura que corta todo o casco e pode provocar tragédia em São Luís

Na leitura dos autos fica-se sabendo, por exemplo, que o governo tentava colocar o José Humberto em operação desde 2021, ainda na gestão Flávio Dino (PSB).

– Importante consignar, ademais, que a tentativa de introdução da embarcação José Humberto na travessia de ferryboat remonta ao dia 14/10/2021, quando foi dado início ao Proc. MOB nº 0202590/2021, que culminou com a Portaria nº 088/2022-MOB, de 30 de março de 2022 – diz a Ação em tramitação na Justiça.

O José Humberto foi anunciado como de “alto padrão” pelo governador Carlos Brandão (PSB) em 1º de junho de 2022; mas foi apresentada pela empresa Rodofluvial Banav LTDA. sem qualquer procedimento de autorização da MOB e sem as autorizações para navegar em águas maranhenses.

Anteriores ao anúncio de Brandão, em plena campanha eleitoral, houve outras duas tentativas de fazer o José Humberto operar na Ba´[ia de São Marcos.

Em 30 de março de 2022, a MOB emitiu a Portaria nº 088/2022, autorizando a empresa Navegação Confiança – Nacom LTDA. a operar a embarcação em águas maranhenses; esta portaria foi derrubada por ação do Ministério Público; em Maio de 2022, a MOB tentou fazer novamente o ferry velho de Brandão navegar, autorizando a Rodofluvial Banav LTDA. a operá-lo.

Tanto a Nacon quanto a Banav pertencem ao mesmo dono, o empresário Carlos Roberto Bannach.

Além das questões contra a barca José Humberto, a Ação do MP trata do serviço de ferry boat como um todo, e do caos que se transformou a travessia da baía de São Marcos desde a intervenção do governo Flávio Dino nas empresas que atuam no setor.

E enquanto o processo adormece na Vara de Interesses Difusos e Coletivos os usuários põem a vida em risco na travessia entre São Luís e Cujupe…