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Roberto Rocha vai cobrar do Ministério Público dados sobre propina a Flávio Dino…

Senador tentou obter respostas do delator Ricardo Saud, da JBS, que optou pelo silêncio e disse que as informações “estão nos autos do processo”

 

16º NOME. Roberto Rocha reafirmou todas as declarações que fez na CPI do BNDES

O senador maranhense Roberto Rocha (PSDB), vai encaminhar, via CPMI da JBS, Ofício à Procuradoria-Geral da República cobrando informações sobre a operação de propina paga pela empresa a 16 governadores na eleição de 2016.

Rocha está convencido que o 16º nome da lista – mantido em segredo na delação premiada da JBS ao Ministério Público – é o do governador Flávio Dino (PCdoB). Para o senador, Dino foi protegido no acordo de delação por ser irmão do procurador Nicolao Dino, que o tucano chama de “alma de Rodrigo Janot”.

– Sou obrigado a buscar informações com a PGR. O Saud deixou claro que não iria falar; é preciso esclarecer esta informação – disse o senador, em conversa telefônica com o o titular deste blog, na noite de ontem.

SORVETE. Orlando Silva era o operador do PCdoB na arrecadação das empresas envolvidas na Lava Jato

Roberto Rocha vê um dado fundamental que leva à conclusão de que Flávio Dino recebeu dinheiro da JBS: o fato de o próprio delator da empresa confirmar ter pago R$ 13 milhões ao PCdoB.

– É claro que num bolo de R$ 13 milhões, o governador não ficou apenas com R$ 200 mil; é preciso lembrar que ele era a prioridade do PCdoB em 2014 – lembrou Rocha, citando informação já postada neste blog. (Relembre aqui e aqui)

Reação comunista

A postura de Roberto Rocha na CPI da BNDES gerou reação dos comunistas maranhenses.

O presidente da legenda, jornalista Márcio Jerry, o classificou de degenerado. O próprio partido usou as declarações de Jerry em uma nota própria, distribuída no início da noite.

Mas nenhum dos aliados do governador conseguiu explicar por que o delator da JBS preferiu ficar em silêncio a simplesmente negar que Dino tenha sido um dos 16 governadores propineiros nas eleições de 2014.

Isso, caberá agora à PGR esclarecer…

Marco Aurélio D'Eça

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