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Edivaldo e Eliziane: a terceira força no grupo de Flávio Dino…

O prefeito de São Luís e a senadora maranhense têm condições de polarizar a hegemonia política na base governista, desde que assumam papel de protagonistas, evitando estar a reboque de outras forças

 

Eliziane tem estado cada vez mais próxima do prefeito Edivaldo Júnior, que também se faz presente de maneira mais intensa em São Luís

Por qualquer ótica que se veja, a senadora Eliziane Gama (Cidadania) e o prefeito de São Luís Edivaldo Júnior (PDT) têm condições de assumir papel de destaque no grupo do governador Flávio Dino (PCdoB), tanto no cenário municipal quanto no estadual.

Eliziane aparece como melhor posicionada entre os membros da base dinista em qualquer pesquisa relacionada às eleições estaduais. Edivaldo, por sua vez, é quase unanimidade na base, por seu carisma – e ampliará seu cacife se deixar um legado ao término do mandato em São Luís.

Mas é preciso que ambos assumam papel de protagonista já agora nas eleições municipais, ao menos como apoiadores de candidaturas de fato competitivas, e não aventuras de últimas hora.

Tanto Eliziane quanto Edivaldo passaram 2019 distante do cenário, razão pela qual acabaram por ficar alheios ao debate sobre a sucessão.

Mas têm ainda cacife para influenciar as eleições.

Para isso, precisam sair das sombras de outras lideranças e assumir postura independente, capazes de demarcar o próprio território.

Hoje, o grupo Flávio Dino está dividido em dois subgrupos principais, liderado, de um lado, pelo senador Weverton Rocha (PDT) e, de outro, pelo vice-governador Carlos Brandão (PRB).

E os dois já polarizam a disputa pelo Governo do Estado.

Ao lado de Weverton estão o presidente da Assembleia Legislativa, Othelino Neto (PCdoB); o presidente da Famem, Erlânio Xavier (PDT); ao menos cinco deputados, vários deputados estaduais e vários prefeitos no interior.

Com Brandão devem seguir os secretários de Articulação Política, Marcelo Tavares, da Casa Civil Rodrigo Lago, de Projetos Especiais, Luís Fernando Silva, além de deputados e prefeitos – alguns oriundos de grupos formados pelo ex-governador José Reinaldo e por remanescentes do grupo Sarney.

As duas lideranças têm recebido forte estímulo do deputado federal Márcio Jerry, ele também em busca de protagonismo para se preparar para os anos vindouros

De qualquer lado que se posicionarem, tanto Edivaldo quanto Eliziane irão a reboque dessas forças, como meros coadjuvantes.

É de se respeitar, portanto, o movimento que os dois estão fazendo, desde último fim de semana, em busca do próprio protagonismo no debate interno do dinismo.

E não admira que o deputado federal Márcio Jerry (PCdoB) – ele próprio com risco de ser alijado do processo sucessório – esteja estimulando essa interlocução do prefeito e da senadora.

Os movimentos de hoje significam a busca pela própria sobrevivência política amanhã.

É simples assim…

Marco Aurélio D'Eça

3 Comments

  1. Rapaz o Sonrisal de Holandinha já tá dissolvendo todo, aí já gosta de um asfalto vagabundo.

  2. Mesmo se dividindo em três acredito que sai dai o próximo governador, com vantagem para Brandão que deve está no governo, pois a oposição está fraca e desorganizada, salvo se Braide for o prefeito e assumir essa liderança.

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