Marco Aurélio D'Eça

Dino no hospital; bastava Marcos Pacheco

O governador Flávio Dino (PCdoB) cometeu hoje à tarde mais um erro grave da sua ainda incipiente gestão no comando do Estado.

Ele se deixou fotografar em visita a um policial ferido em ação.

O gesto, equivocado, acaba por estimular policiais – boa parte despreparada pela falta de treinamento adequado –  a agir por vingança contra marginais.

O militante dos Direitos Humanos Antonio Pedrosa já questionou em sua página no Facebook  a suspeita de que grupos de extermínio estão agindo na PM.

No início de execuções de bandidos, tudo ação flores. mas quando começam a tombar gente sem poder de reação, aí a casa cai.

E o policial que recebe licença para matar, depois, acha que pode estar cima de qualquer lei.

E isso costuma sempre acontecer nestes casos.

A Polícia Militar deve ser respeitada e tem todo  direito de agir contra marginais fortemente armados. E este blog apoia as ações contra marginais comprovadamente perigosos e audaciosos.

Mas o açodamento do inexperiente governador pode transformar o Estado numa praça de guerra.

Ele não podia cometer este erro…

Melo: seguro de sua passagem pelo governo

Nada como o conhecimento de causa para desmascarar as farsas criadas pelos que vivem eternamente em palanque.

E o que o presidente da assembleia Legislativa e ex-governador Arnaldo Melo (PMDB) fez ontem com os auxiliares do governo Flávio Dino (PCdoB) foi exatamente desmascarar uma destas farsas.

Menos de três horas após a coletiva de imprensa protagonizada pelo chefe da Casa Civil dinista Marcelo Tavares (PSB) – em que tentavam criar um clima de rombo no Estado – Melo desmontou ponto por ponto os argumentos. Veja abaixo:

1 – Consignações de servidores

Valor: R$ 82 milhões

O que diz Marcelo Tavares: Além das consignações de servidores, o chefe da Casa Civil incluiu nesta rubrica os “restos a pagar” de 2014.

O que diz Arnaldo Melo: Segundo o ex-governador, o estado tem tempo para pagar as consignações e não o fez logo em dezembro por que houve queda no repasse do FPE

2 –  Restos a pagar

Valor: R$ 423 milhões

O que diz Tavares: O auxiliar de Flávio Dino diz que ainda há débitos “não identificados pela equipe do novo governo”

O que diz Melo: A maioria dos restos a pagar diz respeito a convênios com prefeituras, que o próprio governo já sustou no banco

3 – Precatórios

Valor: R$ 545 milhões

O que diz Tavares: O secretário tentou criar clima alegando que esta rubrica soma mais da metade do valor da dívida

O que diz Melo: Segundo o presidente da Assembleia, não há precatórios do seu o do governo de Roseana. “São precatórios de até 30 anos”, afirmou.

Tido como sumidade em termo de conhecimento de gestão e de leis, o governador comunista mostra despreparo e desconhecimento da legislação ao pregar a venda de um imóvel  público, sem se informar se pode ou não fazê-lo

O governador Flávio Dino (PCdoB) passou a campanha inteira fazendo anúncios da venda da casa de veraneio do Governo do Estado, inclusive com gravações de vídeos em f rente ao imóvel.

Dizia que, com o dinheiro da venda – que logo foi estipulado, sabe-se lá por quem, em R$ 20 milhões – iria construir o Hospital do Câncer no Maranhão.

Logo que assumiu, o governador baixou decreto criando comissão para analisar a venda do imóvel, uma de sus medidas emergenciais.

Ocorre que, segundo o blog de Aquiles Emir, o imóvel não pode ser demolido, por estar em área de preservação ambiental. (Leia aqui)

Quem se interessou pelo imóvel, tinha a ideia de construir ali um condomínio de luxo, um hotel ou algo do gênero, o que fica inviabilizado pela legislação.

A informação, ignorada pelo açodado Dino, só foi descoberta, segundo Emir, pela comissão criada para avaliar a venda.

Para alguém que se anuncia como o mais preparado gestor que o Maranhão já viu, Flávio Dino cometeu uma derrapada de desinformação que deve gerar mais um desgaste no início de seu governo.

A menos que ele, agora, resolva mudar a legislação, para não ficar desmoralizado.

Mas esta é uma outra história…

Afinal, o que mesmo quis dizer o agente penitenciário Cézar Bombeiro (PT), nas entrelinhas das declarações abaixo?

Não entendeu? Entenda aqui, aqui e também aqui…

A entrevista convocada como espetáculo pelo chefe da Casa Civil Marcelo Tavares serviu apenas para o governo Dino reconhecer que o governo Roseana não deixou dívidas; o que há, segundo eles próprios mostraram, é um resto a pagar – previsto em lei –  que representa menos de 8% do orçamento do estado 

Tavares: obrigado a pagar mico, ficou sem saber como explicar gastos

Passou ridículo, hoje, na entrevista coletiva convocada como teatro o chefe da Casa Civil do governo Flávio Dino, Marcelo Tavares (PSB).

Se a ideia era tentar mostrar um rombo nas contas do estado deixados pela governadora Roseana Sarney (PSB), a montanha pariu um rato.

O próprio Tavares, auxiliado pelos técnicos emudecidos dop governo Dino, reconheceu que há um “Restos a pagar” de apenas R$ 82 milhões – ou algo em torno de 8% do orçamento.

E isso por que o próprio Marcel0 Tavares incluiu na conta das entradas e saídas do governo para o mês de janeiro o pagamento obrigatório da folha d e pessoal.

No final das contas, com o a informação chinfrim em mãos, foi Marcelo Tavares quem pagou mico, já que não soube explicar como um governo que diz estar arrombado fará pra custear uma série de gastos anunciados pelo seu chefe.

Mas ficará uma pergunta após a patacoada dos dinistas:

Afinal, por que eles tanto insistem em querer mostrar um rombo no governo?