Marco Aurélio D'Eça

O Dino e suas propostas; mas elas não valem ainda?

O chefão comunista Flávio Dino lançou semana passada o que ele chamou de “propostas para mudar o Maranhão” – um compêndio de conceitos que ele pretende transformar em plano de governo – e que foram duramente criticadas pela falta de consistência. (leia aqui e aqui)

Na ocasião, Dino disse ter se inspirado nas sugestões colhidas durante os tais “Diálogos pelo Maranhão”, espécie de campanha eleitoral fora-de-época que ele protagoniza há mais de dois anos.

Mas o chefão comunista continua a agendar os tais diálogos.

E para discutir o quê? Exatamente as propostas do seu plano de governo.

Ora, se as ideias do plano de governo foram colhidas nos diálogos, e agora Flávio Dino vai continuar com os diálogos para colher ideias para o plano de governo, então para que servem os diálogos? E por que lançar agora o Plano de Governo?

São fatos que mostram a inconsistência dos que pregam a mudança no Maranhão…

Nem aí para a campanha eleitoral no Maranhão, o pai do prefeito Edivaldo Júnior (PTC), que está em Teresina desde sexta-feira, ignorou solenemente o evento do chefão comunista Flávio Dino em Timon. E hoje, optou por passear em shopping e visitar lojas de brinquedos. Em tempo: o PTC maranhense não vai coligar com o PCdoB de Flávio Dino

Holandão em loja de brinquedo: nem aí para a campanha

O ex-deputado estadual e presidente do PTC maranhense, Edivaldo Holanda, pai do prefeito homônimo de São Luís, está desde sexta-feira em Teresina (PI).

Mesmo assim, foi mais um dos aliados do chefão comunista Flávio Dino – a exemplo de membros do PDT e do PSDB – a ignorar o evento com o qual o candidato recebeu o aliado Eduardo Campos (PSB-PE).

Timon fica exatamente ao lado de Teresina.

Mas Holandão preferiu permanecer na cidade piauiense a acompanhar o evento de Dino, organizado também pelo grupo do prefeito de Timon, Luciano Leitoa (PSB).

Hoje à tarde, por exemplo, o pai do prefeito de São Luís passeou em um dos shoppings da cidade, e chegou a entrar na loja de brinquedos que tem o sugestivo nome de Dinolândia.

O que mostra sua pouca preocupação com os rumos da campanha eleitoral maranhense…

A imagem do blog, captada às 21h05, quando Flávio Dino falava no evento: centenas de cadeiras vazias…

Causou forte repercussão a foto exclusiva – e em tempo real – publicada ontem neste blog, com imagens do evento em que o grupo do chefão comunista Flávio Dino recebeu, em Timon, um dos seus candidatos a presidente, Eduardo Campos (PSB), adversário da presidente Dilma e do Bolsa-Família.

Desde então, os aliados de Dino na blogosfera e na Internet, tentam desqualificar a imagem do blog.

Já publicaram diversas fotos, no Facebook, no Twitter e no WhatsApp, com ângulos diversos, para tentar provar que deu gente no evento.

É como aqueles shows sem gente, em que o artista chama a plateia para próximo do palco, para dar volume às imagens. Nenhuma delas, no entanto, tem o mesmo ângulo da imagem publicada no blog – feita no auge do evento, quando o próprio Dino falava.

Aliás, a assessoria do prefeito Luciano Leitoa mandou dezenas de fotos para contrapor o blog, todas batidas do palco para a plateia, escondendo os buracos.

…E uma das tentativas dos dinistas de desmentir o fato: as imagens falam por si

O titular pediu, simplesmente, que fosse encaminhada apenas uma foto, mas com o mesmo ângulo da foto publicada.

Até hoje ele espera.

Para provar a autenticidade e o horário da imagem, a equipe do blog se preocupou, inclusive, em captar o áudio da fala do chefão comunista  naquele exato momento.  Leia abaixo:

– Hoje você foi saudado, carinhosamente, orgulhosamente. Vitória, sempre! – ressaltou Dino, às 20h47, poucos minutos antes da fotografia.

Ou seja, a imagem do blog foi feita exatamente quando o encontro alcançava seu ápice, com a fala do candidato a governador, antes da fala do presidente.

E a imagem captada é esta do blog, que mostra o vazio da parte detrás do evento.

Este blog é um dos mais influentes da blogosfera maranhense por que acredita no que faz.

E tem argumentos para mostrar e analisar fatos. Todos incontestáveis.

É simples assim…

Não é o blog que está dizendo, é a população que repara e comenta:

Quem acompanha percebe que, para Flávio Dino, há uma grande diferença entre prometer e cumprir.

E como disse o leitor, se já é assim com promessas entre aliados, o que dirá das promessas de campanha…

Aécio em São Luís: no Maranhão, Castelo é a prioridade

A pressão do ex-prefeito João Castelo funcionou: o PSDB vai por em stand by o projeto de aliança com o chefe comunista Flávio Dino.

Antes de tomar a decisão de se coligar ao PCdoB, o senador Aécio Neves (MG), candidato a presidente pelo partido, quer avaliar as reais chances de Castelo na disputa pelo Senado.

Ao PSDB – independentemente do resultado das eleições presidenciais – importa formação de bancada consistente no Congresso Nacional, sobretudo no Senado.

E Aécio Neves entende que não faz sentido ao partido trocar um virtual senador por uma vaga de vice no Maranhão.

Na verdade, essa postura de Aécio Neves foi comunicada ao próprio Flávio Dino durante o encontro em Brasília, como já revelou este blog.

E Dino aceitou, por que achava que poderia ter os tucanos na vice e no Senado.

Mas não conseguiu se livrar – como queria – nem do PDT na vice, nem de Rodrigo Rocha para o Senado.

Por isso, Aécio Neves mandou o recado direto: se Castelo tiver chances reais de se eleger ao Senado, a prioridade é ele.

Simples assim…

O chefe comunista Flávio Dino mantém silencio em relação à doação de R$ 500 mil que recebeu de um grupo escravagista.

A única resposta que deu até agora é que a doação da Alcana Destilaria de Nanuque, ligada ao grupo Infinity Bio-Energy, de R$ 500 mil, foi legal, o que não se questionou em momento algum.

Sete sócios da Bio-Enery – e consequentemente controladores da Alcana Destilaria, patrocinadora de Flávio Dino – tiveram denúncia recebida por um juiz do tribunal Regional federal do Espírito Santo, segundo revelou o jornal O EstadoMaranhão.

O que se questiona – e Dino precisa explicar – é o por que de a empresa tê-lo escolhido dentre tantos candidatos ao governo no país para receber uma bolada, de uma única vez, faltando dez dias para a eleição.

A cada matéria sobre a história do grupo escravagista que doou a Flávio Dino, sua assessoria emite notas e mais notas, com explicações apenas no que se refere à doação de campanha.

Mas o que o chefe comunista precisa explicar é: qual sua ligação com a Alcana? Por que ela doou os R$ 500 mil apenas a ele? E por que a doação se deu apenas a dez dias do pleito?

Essas perguntas deverão perseguir o candidato do PCdoB durante toda a campanha eleitoral.

Exigindo respostas honestas e claras…