O major Diógenes Azevedo revelou, quarta-feira, em seu depoimento ao juiz Márcio Brandão, que preside o processo do caso Décio Sá, um estranho encontro entre o secretário de Segurança Pública, Aluísio Mendes, e o capitão Fábio Aurélio Saraiva, o Capita, preso como um dos envolvidos na morte do jornalista.
Diógenes contou que, entre um e dois meses da prisão dos envolvidos (ele não lembrou a data específica), foi procurado pelo motorista de Aluísio Mendes – identificado por sargento Silvestre – informando que o secretário queria conversar com Fábio Capita.
Mas o sargento fez uma ressalva: o encontro não poderia aparentar ter partido de Aluísio Mendes.
– O sargento orientou para que Fábio Capita fizesse um ofício pedindo ao comandante da Polícia o encontro com Aluísio. Assim foi feito e eu mesmo, como seu superior, levei o capitão à presença do secretário – contou, em linhas gerais, o major PM.
Ainda de acordo com o depoimento do major Diógenes Azevedo, na sala do encontro estavam Aluísio Mendes, seu adjunto Láercio Costa, e outras pessoas que ele não identificou.
– Não fiquei na sala. Fiquei aguardando em outro lugar – contou.
Após a conversa com Aluísio Mendes, Fábio Capita foi levado de volta ao Manelão, como é chamado o presídio militar, no Comando Geral da PM.
Após deixar o subordinado na cela, o policial recebeu um telefonema de Laércio Costa.
– Ele pediu para eu intervir já que o capitão não estava querendo colaborar – revelou o major Diógenes Azevedo ao juiz do caso Décio.
Nada mais disse e ou lhe foi perguntado sobre o assunto.
Simples assim…