6

Dutra exige rapidez e transparência na apuração da morte de Décio Sá…

Dutra vai acompanhar investigação do caso Décio

Presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara Federal, Deputado Federal maranhense Domingos Dutra (PT) exigiu  “investigações rápidas e transparentes” do caso.

Em São Luís para acompanhar o andamentos das investigações, Dutra entende que só com o acompanhamento independente da imprensa e a participação dos Ministérios Públicos Federal e Estadual e da Polícia Federal vai evitar queima de arquivos ou métodos que desvie as responsabilidades dos principais executores e mandantes do crime.

Para a Comissão de Direitos Humanos, a execução do jornalista Decio Sá, por pistoleiros, tem todos os ingredientes utilizados em ações do crime organizado que se mantém e se sustenta através da corrupção de recursos públicos.

Dutra solicitou providências aos órgãos de segurança estadual e federal e acompanhará passo a passo as investigações.

Para que haja condenação da pistolagem e do mandante do assassinato…

2

Quebra do sigilo telefônico pode elucidar morte de Décio Sá…

Décio Sá: quse sempre ao telefone, como mostra imagem da Mirante

As ligações feitas e recebidas pelo jornalista Décio Sá no dia do seu assassinato – e nos dias anteriores ao crime – podem levar a polícia a desvendar o que o levou para a morte.

Como fontes em todo o Maranhão, Décio passava boa parrte do tempo de trabalho ao telefone, sempre colhendo informações ou trocando impressões com políticos, autoridades e outros jornalistas.

Em uma destas ligações pode estar a chave, ou pelo menos um indício, do que pode ter levado ao seu assassinato.

No dia do crime, Décio Sá chegou à redação do jornal O EstadoMaranhão por volta das 19 horas.  Em duas ocasiões, ele falou com alguém sobre alguma coisa  sobre uma mulher da qual tinha uma matéria a fazer. Perguntou se o interlocutor era ou não ligado a esta mulher.

Também falou com alguém que parecia querer sua presença. Ele respondeu que falaria “por telefone mesmo”.

O jornalista foi o último repórter da equipe de Política a deixar a redação, por volta das 22 horas – e usando o telefone, como mostram as imagens do sistema de segurança da empresa.

Sabe-se hoje que Décio conversou com três pessoas no intervalo entre a saída da redação e sua morte. 

O jornalista Luís Cardoso o convidou para um jantar no Restaurante Dona Maria, mas ele informou estar indo para o restaurante Estrela do Mar, onde se encontratria com alguém.

Já no local, foi alcançado pelo suplente de vereador Fábio Câmara, que o convidou para comer macarrão no Sushibar. Ele optou pela caranguejada do local onde estava.

O último a falar com Décio foi o vice-prefeito de Barra do Corda, Aristides Milhomem (PSD), exatamente na hora em que ele estava sendo alvejado.

– Eu estava falando com ele, quando ouvi zoada e ele parou de falar. Como não sabia o que ocorrera, liguei várias vezes, sem sucesso. Então liguei para Fábio Câmara e disse a ele que alguma coisa tinha acontecido com Décio – contou Aristides, ao titular deste blog, ainda na madrugada do crime.

É possível que Décio tenha falado com várias outras pessoas desde a saída da Mirante até o local do crime.

Estas conversas podem revelar muita coisa…

 

9

Deputados já pensam em CPI da Pistolagem…

Um debate ainda incipiente começa a ganhar corpo na Assembleia Legislativa: a criação de uma CPI para apurar os crimes de pistolagtem no Maranhão.

Apesar de setores do governo negarem a existência deste tipo de organização criminosa no Maranhão, os fatos recentes evidenciam a prática.

Por isso, deputados já pensam na criação de uma comissão de investigação.

Policiais periciam área onde foi encontrado o empresário marggion

O assassinato do jornalista Décio Sá é um exemplo deste tipo de crime, mas não é isolado.

Antes dele, foram mortos o sem-terra Miguelzinho, na região central do Estado; os prefeitos Ita Alves e Raimundo Bartolomeu, o Bertin; os dois empresários da BR-135; um egenheiro da região tocantina e o empresário Margion Andrade, no Araçagy.

Todos crimes insolúveis ou com os mandantes ainda soltos.

Só estes fatos já justificam a criação de uma comissão. Mas há muitos outros, envolvendo gente menos importante.

Gostem ou não aqueles que preferem viver em “contos de fadas”…