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Mical critica resolução que reconhece casas religiosas de matriz africana como complementares ao SUS

Em sessão plenária nesta terça-feira, 22, deputada lamentou a aprovação da Resolução nº 715, de 20 de julho de 2023, do Conselho Nacional de Saúde, que define terreiros, barracões e casas de religião africana como equipamentos promotores de saúde e cura complementar

 

A deputada Mical Damasceno (PSD) criticou, na sessão plenária desta terça-feira, 22, uma resolução do Conselho Nacional de Saúde que reconhece os espaços religiosos de matriz africana como equipamentos promotores de saúde e cura complementar do Sistema Único de Saúde (SUS). 

Segundo a parlamentar, a Resolução nº 715, de 20 de julho de 2023, traz um entendimento de que espaços como terreiros, barracões e casas de religião africana são considerados como a primeira porta de entrada para os que mais precisam dos atendimentos em saúde.

“Como é que pode o SUS dizer que a única porta de espaço de cura para o desequilíbrio mental, psíquico, social e alimentar, é somente a religião afro? Me causa espanto para um governo que sempre criticou posturas e posicionamentos cristocêntricos, que sempre quis demonstrar e defender a laicidade estatal, possuindo, na verdade, posturas laicistas e anticristãs, trazendo uma única religião como complementar ao SUS”, questionou.

Mical Damasceno ressaltou que, em todo o Brasil, igrejas católicas e evangélicas também atuam em instituições de recuperação de dependentes químicos e penitenciárias, por exemplo, levando um trabalho social e espiritual para a recuperação de milhares de pessoas. 

“A igreja ressocializa muito mais que o Estado. A igreja arranca do mundo das drogas aquele de quem o Estado já desistiu. A igreja tira armas das mãos daqueles que nasceram dentro do crime. A igreja vai até os doentes acamados e despachados pelos médicos e, pelo poder do nome de Jesus, sai de lá mais vivo do que nunca, quando nós oramos. E, assim, Deus faz um milagre por meio desses trabalhos evangelísticos”, completou.

Por fim, a deputada disse que existem 29 tipos de formas complementares à saúde do SUS, em que a atuação dos terreiros é incluída, mas que não há sequer uma citação à massiva atuação do trabalho das igrejas evangélicas.

“É revoltante o que estamos vendo. É entristecedor saber que uma minoria religiosa tem sido reconhecida por esse governo, quando quem está no batalhão de frente, na nossa nação, é ignorado e menosprezado”, lamentou Mical Damasceno.

Da Agência Assembleia

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Brandão abriga em secretaria pastora bolsomínion intolerante religiosa…

Ao emitir Nota de Solidariedade em favor de um pastor-agressor amigo, titular da Secretaria de Relações Institucionais, pastora Sílvia Carla Ferreira, agride a Casa Fanti-Ashanti, vítima de ataques de grupos evangélicos igualmente intolerantes

 

A nota da pastora, com chancela da pasta e do governo Brandão

Ligado historicamente aos valores da extrema-direita reacionária, o governador-tampão Carlos Brandão (PSB) acabou por abrigar em seu govenro uma secretária bolsomínion abertamente intolerante religiosa e sectária.

Trata-se de Sílvia Carla Ferreira, titular da Secretaria de Relações Institucionais.

Em sua primeira chamada pública a um posicionamento, a secretária, que é pastora evangélica, acabou por reforçar a intolerância religiosa cometida por evangélicos contra a Casa Fanti-Ashanti, tradicional espaço de candomblé no Maranhão.

No dia 24 de abril, membros da Igreja Ministério Gideões Casa de Oração, liderados pelo pastor Charles Douglas Santos, foram para a frente da Casa Fanti-Ashanti promover um culto  com provocações e agressões aos membros da religião africana.

E o que fez a secretária-pastora Sílvia Carla Ferreira? emitiu nota em nome de sua secretaria no governo Brandão para defender, não o terreiro atacado, mas o pastor agressor.

A pastora-secretária e o marido com o pastor José Coutinho: intolerância religiosa com carimbo oficial do governo Brandão

A nota repercutiu negativamente em todo o Maranhão, o que levou Sílvia Carla a apagá-la.

A pastora-secretária herdou do marido o posto no governo, o também pastor Enos Ferreira.

Depois da nota intolerante, ela se calou sobre o assunto… 

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Vida e morte de Bita do Barão…

Principal babalorixá do Brasil deve voltar para casa com a família após ter sua recuperação descartada pelos médicos; e seus últimos momentos, no caso dele, podem durar bem mais do que o padrão

 

BITA DO BARÃO MARCOU A ESPIRITUALIDADE BRASILEIRA POR MAIS DE UM SÉCULO, e se tornou um ícone da religião no país

Desde a tarde de ontem, quando o blog do Marco Silva informou a decisão da família de retirá-lo da UTI de um hospital em Teresina (PI), explodiram boatos e fake news sobre a morte do pai de santo Bita do Barão, de Codó.

Mas há apenas duas verdades no que já foi noticiado: os médicos consideraram irreversível a situação do líder espiritual e a família decidiu levá-lo para casa. 

Principal representante das religiões de matriz afro no Brasil, Wilson Nonato de Souza, que adotou o nome de Bita do Barão de Guaré, ganhou fama a partir das histórias de visita de líderes políticos em busca de suas intervenções espirituais no jogo de poder.

A história do pai de santo é cercada de mistérios e histórias fantásticas, o que torna difícil até mesmo saber sua idade, que alguns definem em torno dos 108 anos.

Quis o destino que toda esta movimentação em torno de Bita em seus últimos momentos ocorressem, coincidentemente (?), em plena época de comemoração da semana santa.

As histórias fantásticas perpassam sua vida e morte, e fazem com que até mesmo os últimos momentos de sua passagem na terra sejam motivo de atenção do Brasil.

E para quem conhece Bita do Barão, esses últimos momentos ainda podem durar bastante.

Sempre de forma intensa…